Via blog do Noblat
30.05.2012
O Globo
Em resposta à morte de pelo menos 108 pessoas no massacre de sexta-feira na
cidade de Houla, atribuído pelas autoridades internacionais ao governo do
presidente Bashar al-Assad, o governo brasileiro não deve, pelo menos por
enquanto, expulsar diplomatas sírios do país, a exemplo do que fizeram diversas
nações ocidentais.
A informação é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Segundo
ele, esse tipo de atitude pode interromper qualquer tentativa de
entendimento.
EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Itália, Bulgária, Austrália e
Canadá expulsaram nesta terça-feira diplomatas sírios, incluindo os embaixadores
nos países.
O ministro das Relações Exteriores australiano, Bob Carr, disse esperar que
outros países façam o mesmo, enquanto uma resolução mais forte no Conselho de
Segurança da ONU continua enfrentando a resistência de aliados de Assad.
Segundo a ONU, menos de 20 das vítimas de Houla morreram no ataque de
artilharia: a maior parte foi executada sumariamente e quase metade delas eram
crianças.
Nos EUA, enquanto o chefe do Estado Maior Conjunto, Martin Dempsey, disse que
massacres como o de Houla tornam uma intervenção militar mais possível, a Casa
Branca se esforçou para se distanciar de tal opção — também não descartada ontem
pelo presidente francês, François Hollande.
Leia mais em Países expulsam diplomatas sírios em resposta ao massacre de
Houla
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Patriota