Via Jornal Nacional
22.08.2012
De cada quatro unidades particulares, três estão com estoques no fim ou já têm falta de algum remédio. Paralisação prejudica diagnósticos e tratamentos de pacientes com doenças graves.
As greves no serviço público federal começaram a produzir consequências na área da saúde, prejudicando o diagnóstico e o tratamento de doenças graves.
Almir Braz precisou tirar o esôfago e parte do estômago, mas a cura do câncer depende da quimioterapia, interrompida nesta quarta-feira (22). O hospital está sem o remédio de que ele precisa.
“A médica foi bem enfática, ‘você precisa tomar todos os ciclos’. Então a gente fica sem saída”, diz o paciente.
O estoque de outros dez medicamentos não dura uma semana. Outros pacientes do hospital podem ser prejudicados.
“O atraso na repetição significa você reduzir a quantidade de quimioterápicos que o paciente está sendo exposto. Então isso pode claramente reduzir a eficácia do tratamento”, explica o oncologista, Helano Freitas.
Os fabricantes dizem que a greve dos servidores públicos da Anvisa e da Receita Federal está retendo nas alfândegas os produtos químicos usados na indústria.
Por nota, a Anvisa informou que 70% dos funcionários de áreas essenciais já voltaram ao trabalho e lembrou que os servidores da Receita realizam operação padrão.
A Receita respondeu que libera todo medicamento com a urgência necessária.
"No âmbito da Receita Federal não existe retenção nem retardamento na liberação de medicamentos", alega o subsecretário de Aduana da Receita Federal, Ernani Checcucci.
De cada quatro hospitais particulares, três estão com os estoques no fim ou já têm falta de algum remédio. A informação é da associação que representa essas instituições. Outros hospitais e laboratórios do país também estão com problemas. VEJA A MATÉRIA COMPLETA. VEJA O VÍDEO!