Via Estadão
Por Luiz Alexandre Souza Ventura
11.09.2012
“A pessoa com deficiência, no Brasil, vive uma situação de não-cidadão”. Quem
afirma é Teresa Costa d’Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos
da Pessoa com Deficiência (IBDD). Segundo ela, o País não garante a
esta população os direitos básicos. Na análise da especialista, ir e vir,
possibilidade de locomoção, acesso à escola e ao trabalho são alguns itens como
os quais brasileiros com limitações físicas (ou intelectuais) não podem
contar.
Semelhante é a avaliação de Moisés Bauer, presidente do Conselho Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), instituição vinculada à Secretaria
Especial dos Direitos Humanos, que responde diretamente à Presidência da
República. “Na escala de prioridades do Estado brasileiro, o assunto está lá
embaixo. Os investimentos são pulverizados e as ações, maquiadas”. Bauer, de 42
anos, deficiente visual desde os 8, ocupa também o cargo de presidente da
Organização Nacional dos Cegos do Brasil. “A ausência de políticas públicas no
nosso País cria um cenário de vulnerabilidade e precariedade à pessoa com
deficiência”. CONTINUA!