terça-feira, 31 de julho de 2012

Marca de camisinha retira do ar publicidade que faz apologia a estupro

Via Agência Patrícia Galvão
30.07.2012

(UOL Notícias) Uma peça publicitária da marca de preservativos Prudence causou enorme polêmica no Facebook e foi excluída após permanecer cerca de três semanas no ar. Em formato de tabela calórica, o viral intitulado "Dieta do Sexo" dizia que tirar a roupa de uma mulher queima 10 calorias, enquanto fazer o mesmo sem o consentimento da parceira consome 190 calorias.

Entenda o caso: Marca de camisinha faz apologia ao estupro em publicidade

A maior parte dos mais de 1.000 internautas que postaram comentários na página da Prudence do Facebook interpretaram o viral como um incentivo à violência sexual contra a mulher. Até a manhã da segunda-feira (30), a peça publicitária já havia sido compartilhada por mais de 2.500 pessoas.

Após toda a polêmica, a DKT Internacional, detentora da marca Prudence, retirou a peça publicitária da página no Facebook e pediu desculpas aos consumidores. Apesar disso, o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar) informou ao UOL que já abriu um processo ético contra propaganda.

“Nunca mais compro, nunca mais uso”, comentava uma das internautas enquanto a peça estava no ar. “Me sinto enojado, mais que isso, enquanto homem que tem mãe, irmã e queridas amigas e que sonha com uma sociedade mais igualitária”, dizia outra pessoa. “Propaganda ridícula. Boicote a marca já. Sexo sem consentimento é estupro” era outro comentário encontrado na página.

Para a minoria das pessoas que postaram opiniões, tudo não passava de “brincadeira”. “Estuprador não usa camisinha”, afirmava um internauta. Para outro, não se tratava de apologia, nem de brincadeira; apenas publicidade: "Técnica manjada de criar polêmica para vender mais. E pior que dá certo".

"Retrocesso"
Para a superintendente de Direitos das Mulheres da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (RJ), Ângela Fontes, a peça publicitária incentiva a violência sexual contra a mulher. Para Fontes, a peça publicitária da Prudence é um “retrocesso’.

"Certamente há um incentivo explícito para o uso da violência contra a mulher no momento da relação sexual. A peça publicitária é um retrocesso no que diz respeito ao comportamento dos homens em suas relações afetivas.

Relação sexual sem o consentimento da mulher é estupro. A associação de atos violentos ao suposto "benefício para a saúde masculina" nos causa indignação. Desta forma, a Superintendência dos Direitos das Mulheres se manifesta veementemente contra a indução de todas as formas de violência, e neste caso, em especial, a violência sexual contra as mulheres", disse Ângela Fontes, também presidenta do Conselho Estadual de Direitos da Mulher (CEDIM).

Coordenadora da ONG Cepia, que atua em defesa dos direitos humanos da mulher, a advogada Leila Linhares achou a peça “lamentável”. “Isso [a propaganda] é uma indução para que haja uma violência sexual. É a mulher perdendo a autonomia se quer decidir sobre o ato sexual e o incentivo à pratica de violência sexual. Uma fábrica de preservativos deveria fazer propaganda mais instrutiva”, declarou.

A advogada declarou ainda que espera atitude contra a peça publicitária. “É lamentável que no momento em que as mulheres estão galgando sua cidadania, sendo reconhecidas pela capacidade profissional, seja veiculada uma propaganda como essa”, concluiu.

“Mau gosto”
Com atuação em casos de violência contra a mulher, o promotor de Justiça Sauvei Lai acredita que os criadores da campanha da Prudence não agiram com a intenção de fazer apologia ao estupro, mas acabaram criando uma peça publicitária de mau gosto. “Esses publicitários menosprezaram um fato gravíssimo na sociedade brasileira que é a violência sexual contra a mulher, que muitas vezes acontece dentro da própria casa cometido por maridos, tios, padrastos. Não dá para dizer que é um crime de apologia porque não foi essa a intenção dos criadores da propaganda, mas foi sem dúvida uma brincadeira de muito mau gosto”, declarou.

Outro lado
Procurada pela reportagem do UOL, a DKT Internacional, detentora da marca Prudence, informou que o conteúdo da peça divulgada não é de autoria da empresa e vem sendo publicado de forma viral desde 2007. Segundo a nota, a companhia apenas utilizou o material propagado e desenvolveu a arte, veiculando-a no Facebook.

"Apesar de não ser a criadora do texto, a DKT afirma não se isentar da responsabilidade de avaliar os conteúdos publicados em sua página na rede social, e por isso lamenta a não percepção de possíveis ofensas originadas pelo material", diz a empresa.

Ainda de acordo com a nota, a intenção da peça era remeter a uma “brincadeira entre casais”, retratando uma “insistência inofensiva do parceiro” sem qualquer alusão a qualquer forma de violência. A DKT disse não ter percebido, “lamentavelmente”, a dupla interpretação que o anúncio poderia conter.

Leia matéria completa: Propaganda de camisinha que incentiva violência contra mulher causa polêmica no Facebook (Uol notícias - 30/07/2012)


Veja, na íntegra, a nota da Prudence:
A Prudence, marca de preservativos da DKT do Brasil, comunica que retirou do ar o conteúdo postado na página do seu Facebook, em 16 de julho, intitulado “Dieta do Sexo”.

O conteúdo publicado não é de autoria da Prudence e vem sendo divulgado de forma viral na rede desde 2007. A empresa utilizou o material divulgado e desenvolveu a arte com base no conteúdo, veiculando-a no Facebook. Apesar de não ser a criadora do texto, a empresa não se isenta da responsabilidade de avaliar os conteúdos publicados em sua página na rede social, e por isso lamenta a não percepção de possíveis ofensas originadas pelo material.

A marca reforça que a intenção era contar, de forma divertida, quantas calorias um casal pode perder durante a relação sexual e preliminares, sem jamais fazer alusão a qualquer forma de violência. As frases que foram consideradas ofensivas remetiam a uma brincadeira entre casais, e deveriam retratar uma insistência inofensiva do parceiro. Lamentavelmente, esses trechos permitiam dupla interpretação, o que não foi previamente percebido pela empresa.

De forma alguma a Prudence estimularia qualquer tipo de abuso, principalmente sendo a marca de preservativos ligada à DKT do Brasil, subsidiária da DKT Internacional, empresa sem fins lucrativos e que atua em diversos países em desenvolvimento com o objetivo de combater a disseminação de DST’s (doenças sexualmente transmissíveis) e estimular o planejamento familiar. A atuação mundial da entidade permite a aquisição de preservativos a preços mais acessíveis e, no Brasil, fornece produtos, gratuitamente, para diversas ONG’s de combate à AIDS.

A empresa lamenta o ocorrido e reforça seu compromisso em defesa da saúde pública e do desenvolvimento social.

Leia mais:

Propaganda faz apologia a estupro (Band.com - 30/07/2012)

Nota de repúdio à publicidade sexista da Prudence da Marcha Mundial das Mulheres


Comentário básico:
Não adianta pedir desculpas.
O que vocês fizeram foi
e continua sendo imperdoável!!!!

Adelidia Chiarelli


Marca de camisinha faz apologia ao estupro em publiicidade

Via Agência Patrícia Galvão
30.12.2012

Marca de camisinha faz apologia ao estupro em publiicidade

(Agência pulsar) Uma peça publicitária da marca de camisinha Prudence, que vende preservativos, foi denunciada ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) por fazer apologia ao estupro e esteriótipos machistas.

A integrante do Levante Popular da juventude, Lira Alli, responsável pela denúncia, reforçou que além de machista, a peça publicitária trata o estupro “de forma corriqueira”. VEJA A MATÉRIA COMPLETA!

Programas de prevenção e tratamento da Aids devem focar nas mulheres

Via Agência Patrícia Galvão
26.07.2012

(Agência Brasil) Na 19ª Conferência Internacional sobre Aids, em Washington, nos Estados Unidos, especialistas alertaram que as mulheres estão mais vulneráveis à doença. Segundo eles, é necessário ampliar a rede de programas para além das grávidas e lactantes. Só em 2011, 1,2 milhão de mulheres, incluindo adolescentes e jovens, foram infectadas, a maioria nos países em desenvolvimento.

A infeção pelo vírus HIV é a principal causa de mortalidade entre as mulheres em idade fértil, dizem os especialistas. De acordo com os dados apresentados na conferência, os casos de infecção entre as mulheres jovens, de 15 a 24 anos, são duas vezes maiores aos dos homens da mesma faixa etária. Pelo menos 63% das mulheres jovens contaminadas vivem com o vírus.

"Não podemos sequer começar a falar em pôr fim à aids enquanto uma parte tão importante do impacto da epidemia continuar a afetar tão fortemente as mulheres", disse a professora de medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e copresidente da conferência de Washington, Diane Havlir. A conferência reúne cerca de 20 mil delegados de 190 países.

Para a professora de medicina, é necessário adotar novas abordagens de prevenção utilizando antirretrovirais e microbicidas (substâncias aplicadas no órgão genital que diminuem infecções por doenças sexualmente transmissíveis, como em forma de creme e gel, por exemplo). Diane Havlir lembrou que o hábito de sexo sem preservativo ainda é frequente. Segundo ela, em vários países, a cultura da relação sexual sem proteção é a comum, assim como os abusos sexuais.

Leia em pdf: Programas de prevenção e tratamento da aids devem focar nas mulheres, advertem especialistas (Agência Brasil - 26/07/2012)

Relembre o surgimento e a evolução do mensalão

Jornal Nacional
30.07.2012

Esquema foi revelado pela imprensa há sete anos. Políticos e partidos aliados do governo do presidente Lula foram acusados de receber dinheiro em troca de apoio no Congresso.

Começa nesta semana, no Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais julgamentos da vida política do Brasil: o escândalo conhecido como mensalão. Ele foi revelado pela imprensa há sete anos. Motivou investigações pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo Congresso. A acusação do procurador-geral da República é de que políticos e partidos aliados ao governo do presidente Lula receberam dinheiro em troca de apoio no Congresso Nacional. Nesta segunda (30) e nesta terça (31), o Jornal Nacional vai relembrar o surgimento e a evolução do caso. Os fatos que ajudam a entender tanto as acusações quanto os argumentos dos advogados de defesa dos 36 réus.

A história se desenrolou no subterrâneo do mundo da política. O ano era 2005 e a acusação era de que deputados vendiam apoio político ao governo do presidente Lula em troca de uma mesada. Veja a matéria completa. Veja o vídeo.



NO ESTADÃO (31.07.2012):

Ex-advogado do PT, Toffoli ignora pressão e decide julgar mensalão
Presidente do Supremo diz que ministro deve participar do julgamento, já que tomou decisões no processo


Técnicos do ICMBio protestam contra usinas no Tapajós


JC e-mail 4550, de 30 de Julho de 2012.
Técnicos do ICMBio protestam contra usinas no Tapajós


Os técnicos e analistas ambientais responsáveis pela gestão das principais unidades de conservação da floresta amazônica, na bacia do Tapajós, decidiram manifestar sua contrariedade com a decisão do governo de reduzir as áreas protegidas para viabilizar a construção de usinas hidrelétricas nessa região do Pará.

O Valor teve acesso a uma carta aberta que os especialistas pretendem divulgar. No documento, carimbado e assinado por 12 técnicos ambientais ligados ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), os especialistas afirmam que, como servidores públicos, é "grave o fato de não haver qualquer estudo que embase a desafetação (redução das florestas), relacionando os impactos diretos e indiretos do empreendimento às características socioambientais" da região.

"Entendemos que a compreensão dos impactos, bem como o licenciamento do empreendimento, não pode ser tratada de forma fragmentária, negligenciando as dimensões reais das consequências da viabilização de todo o complexo", afirma o texto. Os registros ambientais feitos até agora, alegam os especialistas, apontam "altíssima biodiversidade, com considerável taxa de endemismo e grande representatividade de espécies ameaçadas de extinção". CONTINUA!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

MELÔ DA CARMINHA E DA NINA
ME SERVE,VADIA, ME SERVE!









MENSALÃO



NO ESTADÃO:

Defesa de José Dirceu dirá ao STF que Roberto Jefferson inventou mensalão
Genoino nega comando das finanças petistas
ESPECIAL: saiba tudo sobre o caso do mensalão


NA FOLHA:

 



Carta de despedida da sobrinha de Ricardo Prudente de Aquino

Via QUERO MAIS, QUERO PAZ





FOTOS IBIRAPUERA

VISITE O SITE



Jovens que agrediram rapaz que defendeu mendigo não vão a júri popular

Via blog do Noblat
30.07.2012

Juiz decide que caso em que jovem sofreu 20 fraturas no crânio na Ilha do Governador não foi tentativa de homicídio

O Globo

Os jovens que espancaram Vitor Suarez Cunha na Ilha do Governador em fevereiro deste ano quando ele defendia um mendigo não vão a júri popular, decidiu o Tribunal de Justiça do Rio na última sexta-feira.

Segundo o juiz Murilo Kieling, da 3ª Vara Criminal da capital, as provas apresentadas nos autos não comprovam que Tadeu Assad Farelli Ferreira, William Bonfim Nobre Freitas, Fellipe de Melo Santos, Edson Luis dos Santos Junior e Rafael Zanini Maiolino tinham intenção de matar quando agrediram Cunha.

O magistrado decidiu devolver o caso para uma vara criminal comum, que agora vai analisar novamente a denúncia e as provas. Para ele, a violência das lesões não necessariamente torna a agressão uma tentativa de homicídio, que só seria comprovada com a intenção de matar.

Leia mais em Jovens que espancaram rapaz que defendia mendigo não vão a júri popular

Incômodo de Dilma com Marina vira tema oficial

UOL
29.07.2012






Via blog do Josias de Souza

domingo, 29 de julho de 2012

Marina diz que governo brasileiro tentou 'apequenar' sua participação na cerimônia olímpica

Via Estadão
Por Adriana Carranca
28.07.2012

Ex-ministra ofuscou a participação de Dilma e chorou ao saber da reação da presidente

LONDRES - Em entrevista ao Estado, em Londres, Marina Silva disse que o governo brasileiro tentou "apequenar" a sua participação na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos 2012, ontem, "em uma disputa política". A ex-ministra chorou ao saber sobre a reação da presidente Dilma Rousseff e de ministros e disse que a equipe de Dilma "não sabe separar as coisas."

A convite do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres (Locog), Marina entrou carregando a bandeira olímpica na festa de abertura do evento, ao lado de nomes como Haile Gebrselassie, Ban Ki Moon, Shami Chakrabarti e Muhammad Ali. Ela é reconhecida internacionalmente por sua luta em defesa do meio ambiente. A situação gerou constrangimento, porque Marina é adversária política de Dilma, cuja presença como presidente do país que será a próxima sede dos Jogos Olímpicos foi ofuscada pela ex-ministra. CONTINUA!

Leia também:
Londres: brilho de Marina cega a turma de Dilma

sábado, 28 de julho de 2012

El descubrimiento del bosón de Higgs se proyecta en la metafísica y en la filosofía // El diálogo interreligioso enriquece la espiritualidad humana

Via Tendencias 21



AQUI!                         AQUI!


Contaminação na produção compromete qualidade do leite

Via Agência USP de Notícias
Por Bruna Romão - bruna.romao.silva@usp.br
25.07.2012

Pesquisa realizada com cinco laticínios do interior do Estado de São Paulo demonstra que ao longo da cadeia de produção do leite pasteurizado ainda existem pontos críticos de contaminação por microrganismos patogênicos, apesar de uma série de normas e cuidados para higienização e qualidade. O estudo apresenta uma visão geral da qualidade do leite, levando em conta normas e programas de qualidade adotados no Brasil, em especial a Instrução Normativa (IN) nº 62, em vigor desde o fim de 2011 e que exige a redução gradual da contaminação do leite, para chegar a níveis internacionais em 2014.

O estudo Rastreabilidade de micro-organismos patogênicos ao longo da produção de leite pasteurizado: ferramenta potencial para a segurança alimentar, da pesquisadora Natali Knorr Valadão, foi apresentado na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, em Pirassununga, em fevereiro de 2012. , A pesquisa teve orientação do professor Carlos Augusto Fernandes de Oliveira e auxílio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O objetivo da pesquisa, coordenada pela professora Marta Mitsui Kushida e financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi verificar em diversos pontos da cadeia produtiva do leite a ocorrência de patógenos causadores de doenças, como a Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Listeria sp. e Staphylococcus aureus, e outros microrganismos indicadores de contaminação, entre eles as bactérias mesófilas aeróbias. CONTINUA!

Violência contra homossexuais

Via Jornal da Gazeta
27.07.2012





O que pode levar a uma cidade sustentável?, por Washington Novaes

Via Estadão
Por Washington Novaes
27.07.2012

Pois não é que, enquanto o eleitor se pergunta, aflito, em quem votar para resolver os dramáticos problemas das nossas insustentáveis grandes cidades, um pequeno país de 450 mil habitantes - a África Equatorial - anuncia (Estado, 10/6) que até 2025 terá construído uma nova capital "inteiramente sustentável" de 40 mil casas para 140 mil habitantes, toda ela só com "energias renováveis", principalmente a fotovoltaica? Mas como afastar as dúvidas do eleitor brasileiro que pergunta por que se vai eliminar uma "florestal equatorial" - tão útil nestes tempos de problemas climáticos - e substituí-la por áreas urbanas?

Bem ou mal, o tema das "cidades sustentáveis" entra na nossa pauta. Com Pernambuco, por exemplo, planejando todo um bairro exemplar em matéria de água, esgotos, lixo, energia, telecomunicações, em torno do estádio onde haverá jogos da Copa de 2014, inspirado em Yokohama (Valor, 24/6), conhecida como "a primeira cidade inteligente do Japão". E até já se noticia (12/7) que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de "construções sustentáveis" no mundo, depois de Estados Unidos, China e Emirados Árabes - já temos 52 certificadas e 474 "em busca do selo", por gastarem 30% menos de energia, 50% menos de água (com reutilização), reduzirem e reciclarem resíduos, além de só utilizarem madeira certificada e empregarem aquecedores solares.

"As cidades também morrem", afirma o professor da USP João Sette Whitaker Ferreira (Eco 21, junho de 2012), ressaltando que, enquanto há 50 anos se alardeava que "São Paulo não pode parar", hoje se afirma que a cidade "não pode morrer" - mas tudo se faz para a "morte anunciada", ao mesmo tempo que o modelo se reproduz pelo País todo. Abrem-se na capital paulista mais pistas para 800 novos automóveis por dia, quem depende de coletivos gasta quatro horas diárias nos deslocamentos, os bairros desfiguram-se, shoppings e condomínios fechados avançam nos poucos espaços ainda disponíveis, 4 milhões de pessoas moram em favelas na região metropolitana.

Não é um problema só brasileiro. Em 1800, 3% da população mundial vivia em cidades, hoje estamos perto de 500 cidades com mais de 1 milhão de pessoas cada uma, quase 1 bilhão vive em favelas. Aqui, com perto de 85% da população em áreas urbanas, 50,5 milhões, segundo o IBGE, vivem em moradias sem árvores no entorno (26/5), seis em dez residências estão em quarteirões sem bueiros, esgotos correm na porta das casas de 18,6 milhões de pessoas. Quase metade do solo da cidade de São Paulo está impermeabilizada, as variações de temperatura entre uma região e outra da cidade podem ser superiores a 10 graus (26/3).

Estamos muito atrasados. Na Europa, 186 cidades proibiram o trânsito ou criaram áreas de restrição a veículos com alto teor de emissão (26/2), com destaque para a Alemanha. Ali, em um ano o nível de poluição do ar baixou 12%. Londres, Estocolmo, Roma, Amsterdam seguem no mesmo rumo, criando limite de 50 microgramas de material particulado por metro cúbico de ar, obedecendo à proposta da Organização Mundial de Saúde. No Brasil o limite é três vezes maior.

E há novos problemas claros ou no horizonte, contra os quais já tomaram posição cidades como Pyongyang, que não permite a ocupação de espaços públicos urbanos por cartazes, grafites, propaganda na fachada de lojas, anúncios em néon (New Scientist, 19/5). É uma nova e imensa ameaça nos grandes centros urbanos, atopetados por informações gráficas e digitais projetadas. Quem as deterá? Com que armas, se as maiores fabricantes de equipamentos digitais lançam a cada dia novos geradores de "realidade ampliada", a partir de fotos, vídeos e teatralizações projetados? O próprio interior das casas começa a ser tomado por telas gigantescas.

Um bom ponto de partida para discussões sobre as áreas urbanas e seus problemas pode ser o recém-editado livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes" (Brookman, 2012), em que o professor Carlos Leite (USP, Universidade Presbiteriana Mackenzie) e a professora Juliana Marques Awad argumentam que "a cidade sustentável é possível", pode ser reinventada. Mas seria "ingênuo pensar que as inovações tecnológicas do século 21 propiciarão maior inclusão social e cidades mais democráticas, por si sós". A s cidades - que se tornaram "a maior pauta do planeta" - "terão de se reinventar", quando nada porque já respondem por dois terços do consumo de energia e 75% da geração de resíduos e contribuem decisivamente para o processo de esgotamento de recursos hídricos, com um consumo médio insustentável de 200 litros diários por habitante. "Cidades sustentáveis são cidades compactas", dizem os autores, que estudam vários casos, entre eles os de Montreal, Barcelona e São Francisco. E propõem vários caminhos, com intervenções que conduzam à regulação das cidades e à reestruturação produtiva, capazes de levar à sustentabilidade urbana.

Mas cabe repetir o que têm dito vários pensadores: é preciso mudar o olhar; nossas políticas urbanas se tornaram muito "grandes", distantes dos problemas do cotidiano do cidadão comum; ao mesmo tempo, muito circunscritas, são incapazes de formular macropolíticas coordenadas que enfrentem os megaproblemas. No caso paulistano, por exemplo, é preciso ter uma política ampla e coordenadora das questões que abranjam toda a região metropolitana; mas é preciso descentralizar a execução e colocá-la sob a guarda das comunidades regionais/locais. Não custa lembrar que há alguns anos um grupo de professores da Universidade de São Paulo preparou um plano para a capital paulista que previa a formação de conselhos regionais e subprefeituras, com a participação e decisão de conselhos da comunidade até sobre o orçamento; mas as discussões na Câmara Municipal levaram a esquecer o macroplano e ficar só com a criação de novos cargos.

Por aí não se vai a lugar nenhum - a não ser a problemas mais dramáticos.

* JORNALISTA
E-MAIL: WLRNOVAES@UOL.COM.BR

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Garimpo invade áreas de preservação no Pará


JC e-mail 4548, de 26 de Julho de 2012.
Garimpo invade áreas de preservação no Pará


Os riscos apontados para a bacia do Tapajós deixam claro que a região amazônica, apesar do aumento nos índices de queda no desmatamento, continua a ser tratada como o grande almoxarifado de recursos naturais do planeta.

As ações planejadas para a maior bacia hidrográfica do mundo não se restringem a planos de construção de uma sequência de usinas rios adentro. Bastou o governo informar que parte das terras que pertenciam às unidades de conservação da Amazônia havia sido desvinculada das áreas protegidas para que se tornassem alvo de ações de garimpo e extrativismo ilegal.

A pressão cresceu e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) tem procurado controlar a situação e deter a entrada de pessoas na região, mas seu poder de atuação ficou reduzido, porque está restrito às áreas legalmente protegidas. "Com a desafetação [redução] das áreas, muita gente está se mexendo para entrar nas terras. Recebemos pedidos de garimpeiros e de pesquisadores para acampar na região, também estamos recebendo ameaças de invasão. A situação está muito delicada", diz Maria Lucia Carvalho, chefe do Parque Nacional da Amazônia, ligada ao ICMBio.

Recentemente, o ICMBio autuou uma balsa que estava pronta para iniciar a garimpagem em área que, até dois meses atrás, pertencia à reserva. "Iam começar a tirar ouro da região. Quando informamos que não poderiam fazer aquilo, nos disseram que não tínhamos nada a ver com isso, que aquela área não pertencia mais ao parque e que iriam adiante", conta Maria Lucia. CONTINUA!

TSE alerta eleitores sobre e-mail falso com vírus

Via blog do Josias de Souza
26.07.2012

O Tribunal Superior Eleitoral recebeu nesta quinta (26) uma quantidade inusual de telefonemas de eleitores. As ligações foram motivadas por um e-mail enviado em nome da Central do Eleitor do tribunal. A mensagem informava sobre o cancelamento dos títulos eleitorais e pedia aos desafortunados que regularizassem a situação preenchendo um formulário que seguia em anexo.

O TSE informa: o e-mail é falso e deve conter vírus. Ou seja: quem pressionou o mouse no link que conduzia ao tal formulário, poder ter fornecido aos falsários a porta de entrada para as senhas disponíveis na máquina. Entre elas as senhas bancárias.

“O TSE reitera que não envia e-mails aos eleitores, nem mesmo para comunicar pendências ou cancelamento de títulos”, anotou o tribunal em nota veiculada no seu portal. “…A única exceção são e-mails em resposta a dúvidas encaminhadas ao TSE.”

Assim, se você não enviou nenhuma mensagem ao TSE, fique esperto. Chegando-lhe um e-mail comunicando que seu título eleitoral expirou, mande-o à lixeira. Não cometa o despropósito de abrir formulários anexos. Se já cometeu, convém alterar suas senhas antes que seja tarde.

fonte

quinta-feira, 26 de julho de 2012

MOVIMENTO QUERO MAIS, QUERO PAZ

Via MOVIMENTO QUERO MAIS, QUERO PAZ
CAMINHADA NO PARQUE DO IBIRAPUERA




O Movimento QUERO MAIS, QUERO PAZ luta pela valorização da vida e pelo direito de ir e vir em segurança. Mais do que uma causa é uma necessidade básica e urgente!

Essa Campanha foi idealizada a partir de um fato dramático: em 18/7/2012 policiais militares cometeram um erro brutal matando Ricardo P. Aquino, publicitário de 39 anos que tentava chegar em casa após visitar um amigo em Alphaville.

Menos de 24 horas após a morte de Ricardo morria Bruno Viana, estudante de 19 anos, também pelas mãos de policiais militares.

Baseado na história de Ricardo, Bruno e de outros inocentes que enfrentaram esse destino, o Movimento, uma manifestação pacífica, exige menos violência e uma polícia na qual se possa confiar.

Participe dessa Campanha e ajude a transformar São Paulo e o nosso país em lugares mais seguros para se viver.


Por favor, divulgue!


Homicídios crescem 21% na cidade de São Paulo, diz SSP

Via blog do Noblat
26.07.2012

Leonardo Guandeline, O Globo

Estatísticas divulgadas nesta quarta-feira pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mostram que o número de homicídios na capital paulista cresceu 21,57% na comparação do primeiro semestre deste ano com o mesmo período do ano passado.

Foram 586 casos registrados na cidade em 2012, ante 482 no ano anterior. Também na capital, o mesmo tipo de ocorrência subiu de 101 em maio para 122 em junho deste ano, crescimento de 20,79%, o que justifica a chamada ‘escalada de violência’. Na cidade, no segundo trimestre deste ano, 76 pessoas foram mortas em confronto com a PM, ante 64 no primeiro trimestre.

Leia mais em Homicídios crescem 21% na cidade de São Paulo, diz SSP

Mortes e casos de gripe suína em SP mais que dobram em 18 dias

Via Estadão
Por Chico Siqueira
25.07.2012

Número de mortos no estado já é maior que os 27 óbitos registrados em todo o País no ano passado

Números da Secretaria de Saúde mostram que as mortes pela gripe suína e os casos graves da doença mais que dobraram no Estado de São Paulo entre os dias 25 de junho e 13 de julho. Num primeiro levantamento, em 25 de junho, a Secretaria divulgou que 14 pessoas tinham morrido e 66 haviam sido internadas pela doença em todo Estado em 2012.

Nova parcial, divulgada nesta terça-feira, 25, mostra que 29 pessoas morreram e 146 foram internadas pela doença entre 1º de janeiro e 13 de julho deste ano no Estado.

O número representa mais 15 mortes e 80 novos casos da doença no período, de 18 dias. Ele também demonstra que o número de mortos em São Paulo já é maior que os 27 óbitos registrados em todo o País no ano passado. Em 2011, o Estado de São Paulo registrou 26 casos graves e cinco mortes pela H1N1, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado. CONTINUA!

Para romper com o analfabetismo funcional, artigo de Priscila Cruz


JC e-mail 4547, de 25 de Julho de 2012.
Para romper com o analfabetismo funcional, artigo de Priscila Cruz


Priscila Cruz é diretora executiva do Movimento Todos pela Educação. Artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo de hoje (25).

A recente divulgação dos dados da oitava edição do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa, com apoio do Ibope, oferece um painel extenso e consistente dos níveis de alfabetismo de jovens e adultos brasileiros nos últimos dez anos.

Diferentemente das estatísticas fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se baseiam em dados autodeclarados, o Inaf é realizado por meio de uma entrevista e um teste, avaliando efetivamente as habilidades de leitura, escrita e Matemática de brasileiros entre 15 e 64 anos de idade, classificando-os em quatro níveis de alfabetização: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar - estes dois considerados como analfabetos funcionais -, alfabetizados em nível básico e alfabetizados em nível pleno - considerados juntos como alfabetizados funcionalmente. É este último nível, o pleno, que precisamos universalizar, pois é a condição necessária para a inserção digna e autônoma na atual sociedade, crescentemente complexa.

Os dados revelam que o Brasil parece ainda não se ter dado conta da urgência e da gravidade dos problemas que enfrenta no campo da educação. Ainda que se tenha reduzido a proporção de analfabetos funcionais e aumentado os que estão no nível básico, é preciso mais, bem mais. Nossas atenções devem estar voltadas para o nível pleno de alfabetismo - e aqui houve retrocessos preocupantes. Entre 2001 e 2011, o domínio pleno da leitura caiu de 22% para 15% entre os que concluíram o Ensino Fundamental II, e de 49% para 35% entre os que fizeram o ensino médio. Com ensino superior, 38% não chegam ao nível pleno.

Como referência, no nível pleno estão as pessoas que conseguem ler e compreender um artigo de jornal, comparar suas informações com as de outros textos e fazer uma síntese dele. Em Matemática, as que resolvem problemas envolvendo porcentuais e proporção, além de fazerem a interpretação de tabelas e gráficos simples.

Não conseguimos avançar do básico para o pleno, nível estagnado há dez anos. Mesmo que o Inaf não seja um indicador escolar, pesquisando até mesmo pessoas que nunca tiveram acesso à escola, podemos atribuir parte desses resultados, justamente, à falta de acesso e à insuficiente aprendizagem dos alunos ao longo da educação básica. Ainda hoje não conseguimos garantir que todas as crianças e todos os jovens estejam na escola e adquiram as habilidades esperadas em cada série em disciplinas básicas como Português e Matemática.

Tal situação evidencia a urgência de um investimento eficiente, consistente e focado nos anos iniciais. É neles que todo o problema começa, mas também é neles que a solução deve nascer. Portanto, como sociedade, precisamos exigir que todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas até os 8 anos de idade. Sem se perder em discussões ideológicas estéreis, sem concessões de espécie alguma. É um direito de nossas crianças, que precisa ser assegurado.

Esse é o primeiro passo, e ainda estamos muito longe de considerá-lo um patamar vencido. A Prova ABC - a primeira avaliação externa da alfabetização das crianças de 8 anos realizada em 2011 pelo movimento Todos Pela Educação, pelo Instituto Paulo Montenegro/Ibope, pela Fundação Cesgranrio e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - mostrou que pouco mais de metade das crianças avaliadas apresentara aprendizado adequado em leitura e escrita no final do terceiro ano do ensino fundamental, e essa proporção cai para pouco mais de 40% em Matemática. As que não conseguem alfabetizar-se nessa etapa passam a acumular lacunas cada vez maiores, o que dificulta ou até mesmo impossibilita a sua aprendizagem nas etapas posteriores.

Dessa maneira, os dados revelados pelo Inaf 2012, somados aos indicadores produzidos pela Prova ABC, expõem o grande desafio educacional deste início do século 21: garantir a todos a alfabetização plena, pré-requisito para a garantia do aprendizado ao longo de toda a vida escolar de crianças e jovens.

Para mudar esse cenário é fundamental avançarmos rapidamente na agenda que deveria ter sido cumprida no século passado e romper com o descaso histórico com a qualidade da educação, direcionando muito mais esforços para assegurar que todos os alunos atinjam a competência em leitura, escrita e Matemática. E para isso é necessário começar pela base, desde a Educação Infantil.

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) - a avaliação bianual realizada pelo Inep para monitorar a aprendizagem no final de cada ciclo - comprova essa tese. A pontuação média em Língua Portuguesa dos alunos do terceiro ano do ensino fundamental que não cursaram a Educação Infantil é de 169, enquanto a dos que a cursaram é de 187. Se a Educação Infantil tivesse uma qualidade muito boa no Brasil, esse impacto seria ainda maior.

Todas as evidências científicas apontam para a qualidade dos professores como fator determinante. Um bom professor é um ótimo começo. Assim, é preciso atrair os melhores professores para essa etapa do ensino, os mais experientes e mais bem preparados para trabalhar com as crianças que cursam os anos iniciais. As faculdades de Educação precisam ser reformuladas, colocando o foco na aprendizagem dos futuros alunos de seus alunos.

É vergonhoso que o país que tem o sexto produto interno bruto (PIB) do mundo esteja entre os piores em educação. Não obstante o Brasil conseguir acumular riquezas, não consegue distribuí-las de forma justa, e a má distribuição de renda é reflexo da educação de baixa qualidade. Mais do que garantir escola para todos, é preciso universalizar a aprendizagem.

* A equipe do Jornal da Ciência esclarece que o conteúdo e opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do jornal.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A dois minutos de casa, Ricardo Prudente de Aquino, publicitário, morre por erro policial

No Fantástico
22.07.2012

Ricardo Prudente, 39 anos, voltava para casa com pressa para ver um jogo do Corinthians, quando teve o carro cercado pela polícia e morreu com dois tiros na cabeça.




Um erro que custou uma vida: a perseguição e morte de um publicitário pela Polícia Militar de São Paulo.

Foi uma abordagem rápida, os policiais atiraram sem dar chance de defesa à vítima, que estava só a três quarteirões de casa.

Todos os detalhes da perseguição, até o desfecho desastroso, foram gravados por câmeras de segurança.

Um carro cercado pela polícia no meio da escuridão. Dentro dele, à esquerda da imagem, o publicitário Ricardo Prudente de Aquino, 39 anos.

“Ele foi executado por policiais sem o menor motivo”, disse a esposa da vítima Lélia Pace de Aquino.

“Erro grotesco que a polícia cometeu”, disse o amigo da vítima Guilherme Brammer.

Naquela noite, Ricardo tinha pressa pra chegar em casa. “Louco pra ver o jogo do Corinthians, que era um corintiano roxo”, disse Brammer.

A última pessoa com quem Ricardo esteve foi um amigo de infância, que mora num condomínio em Santana de Parnaíba, na grande São Paulo. Ele saiu do local pouco antes das 22h da última quarta-feira (18) e iria direto pra casa. VEJA A MATÈRIA COMPLETA. VEJA O VÌDEO.

Monsenhor é sentenciado por encobrir casos de pedofilia nos EUA

Via blog do Noblat
25.07.2012

O Globo

O monsenhor William Lynn, clérigo de mais alto cargo a ser condenado no escândalo que envolve a Igreja Católica nos EUA, foi sentenciado nesta terça-feira a uma pena de três a seis anos de prisão por encobrir casos envolvendo o abuso sexual de crianças na Filadélfia. Ao anunciar o veredicto, a juíza M. Teresa Sarmina disse que Lynn estava sendo punido por proteger “monstros com roupas de clérigos que molestaram crianças”.

Os advogados do religioso informaram que vão apelar da decisão. Lynn foi absolvido do crime de abuso sexual. Como ex-secretário para o clero na Arquidiocese da Filadélfia, Lynn, de 61 anos, era responsável por 800 padres. Ele foi condenado no mês passado por encobrir denúncias de pedofilia, transferindo sacerdotes suspeitos para outras paróquias entre 1992 e 2004.

Leia mais em Monsenhor é sentenciado por encobrir casos de pedofilia nos EUA

Leia também Mordomo pede desculpas ao papa por vazamento

MG: 80% dos casos de racismo no estado ficam sem punição

Via blog do Noblat
25.07.2012

Brasil 247

A filha de quatro anos do casal Ailton e Fátima Adriana de Souza, ao dançar quadrilha em uma festa na escola, foi chamada de “preta horrorosa” pela avó de um colega branco. O caso foi em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte e ganhou destaque na imprensa nacional. O episódio com a criança é emblemático para ilustrar um problema gravíssimo e que ainda é incurável. 80% dos casos de racismo em Minas Gerais passam impunes.

A Organização Não Governamental (ONG) SOS Racismo, referência no estado em assistência psicológica e judiciária à vitimas do preconceito é quem faz o alerta, e vai além: a grande maioria dos casos não chegam à Justiça pelo silêncio das vítimas. A maioria dos crimes ocorrem em escolas e contra crianças, que, ameaçadas ou envergonhadas, não denunciam os autores.

Leia mais em Racismo: câncer de Minas Gerais

Balanço de hotel cai e mata menina no interior de SP

A Tarde É Sua
24.07.2012





Sem reduzir as desigualdades, o Brasil não resolverá o problema das doenças tropicais


JC e-mail 4546, de 24 de Julho de 2012.
Sem reduzir as desigualdades, o Brasil não resolverá o problema das doenças tropicais


Enquanto o Brasil não reduzir as desigualdades econômicas e sociais de sua população não conseguirá superar os problemas causados pelas doenças tropicais. A afirmação é do farmacêutico bioquímico Sinval Pinto Brandão Filho, do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Recife.

Ele ministrou ontem (23) pela manhã a conferência 'Medicina tropical no século XXI', durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada durante esta semana, em São Luís, no Maranhão.

De acordo com Brandão Filho, o mundo vive hoje uma transição epidemiológica de muitas doenças tropicais, que estão deixando as áreas rurais e se urbanizando. É o caso da malária, da leishmaniose visceral e tegumentar, da doença de Chagas e da febre amarela, por exemplo, que já chegaram à periferia e até mesmo ao centro de grandes cidades brasileiras. Ali, principalmente nas favelas, elas encontram terreno fértil para se expandirem. "A fragilidade das habitações, a falta de serviços urbanos [assistência à saúde, segurança, política habitacional], a poluição e a ausência de saneamento básico levam ao aumento da incidência de doenças infecciosas e parasitárias", disse. "Elas são decorrentes da realidade social e não só do clima tropical."

Além dessas doenças de origem rural, há aquelas que sempre foram comuns nas cidades tropicais, mas também tem sua incidência aumentada por causa da precariedade das condições sociais. É o caso das doenças de transmissão respiratória, como a tuberculose e a influenza (gripe); as sexualmente transmissíveis, com destaque para a Aids; e as de contaminação oral, nas quais se incluem a diarreia, a cólera e a leptospirose. "Há ainda as doenças tropicais urbanas não infecciosas", acrescentou Brandão. "Entre elas está a novíssima epidemia de lesões e mortes por acidentes de motocicleta. Existem ainda os problemas psicológicos causados pelo medo da violência e do tráfico de drogas; e os males causados pela poluição e pelas catástrofes, como deslizamentos e inundações."

Diante desse quadro, Brandão Filho disse que a missão da nova medicina tropical é adotar a saúde das cidades e de suas favelas como campo de atuação prioritário. Além disso, deve incluir as doenças tropicais de causas externas na sua lista de preocupações e considerar a Aids, a tuberculose, a malária e a cólera como suas principais doenças infecciosas. "Também é preciso dar atenção às parasitoses endêmicas tradicionais e às doenças tropicais negligenciadas", disse. "Para fazer frente a esses desafios, a nova medicina tropical tem ainda de se consolidar como disciplina científica e como campo de atuação multidisciplinar e liderar a mobilização para priorização dos problemas dos trópicos na agenda global."

(Evanildo da Silveira para o Jornal da Ciência)

sábado, 21 de julho de 2012

Guia do HPV já está disponível na internet

Via Agência FAPESP
20/07/2012




AQUI!



Processo de reavaliação de agrotóxicos é iniciado no Ibama


JC e-mail 4544, de 20 de Julho de 2012.
Processo de reavaliação de agrotóxicos é iniciado no Ibama


Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (19) um comunicado do Ibama que dá início formal ao processo de reavaliação de agrotóxicos associados a efeitos nocivos às abelhas.

Quatro ingredientes ativos que compõem esses agrotóxicos serão reavaliados: Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil. O primeiro a passar pelo processo de reavaliação será o Imidacloprido, que é a mais comercializada destas quatro substâncias. Só em 2010, empresas declararam ao Ibama a comercialização de 1.934 toneladas de Imidacloprido, cerca de 60% do total comercializado destes quatro ingredientes.

Esta iniciativa do Ibama segue diretrizes de políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) voltadas para a proteção de polinizadores. As diretrizes do MMA acompanham a preocupação mundial sobre a manutenção de populações de polinizadores naturais, como as abelhas. A decisão do Ibama se baseou em pesquisas científicas e em decisões adotadas por outros países.

Estudos científicos recentes indicam que o uso destas substâncias é prejudicial para insetos polinizadores, em especial para as abelhas, podendo causar a morte ou alterações no comportamento destes insetos. As abelhas são consideradas os principais polinizadores em ambientes naturais e agrícolas, e contribuem para o aumento da produtividade agrícola, além de serem diretamente responsáveis pela produção de mel.

Como medida preventiva, o Ibama proibiu provisoriamente a aplicação por aviões de agrotóxicos à base de Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil em qualquer tipo de cultura. O uso de inseticidas que contem esses ingredientes ativos por meio de aplicação aérea tem sido associado a morte de abelhas em diferentes regiões do país, o que motivou a proibição.

No prazo de três meses as empresas produtoras de agrotóxicos devem incluir uma frase de alerta para o consumidor nas bulas e embalagens de produtos que contenham um ou mais dos compostos químicos destacados na portaria. A mensagem padrão informará que a aplicação aérea não é mais permitida e que o produto é tóxico para abelhas. Além disso, constará da mensagem que o uso é proibido em épocas de floração ou quando observada a visitação de abelhas na lavoura.

Segundo o coordenador-geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, Márcio de Freitas, " as medidas adotadas pelo Ibama visam proteger este importante serviço ambiental de polinização, que comprovadamente aumenta a produtividade agrícola. O intuito da reavaliação é contribuir para agricultura e apicultura brasileiras." Cerca de 70 % das espécies agrícolas cultivadas no mundo são polinizadas por abelhas, e estas culturas representam 90% da base de alimento mundial, completou o coordenador-geral.

Ao final do processo de reavaliação, o Ibama poderá manter a decisão de suspensão da aplicação por aviões destes produtos, ou revê-la. Caso o resultado dos estudos indiquem, o instituto poderá adotar outras medidas de restrição ou controle destas substâncias.
Mais detalhes em www.ibama.gov.br.
(Ascom do Ibama)





Não deixe de ver:



sexta-feira, 20 de julho de 2012

Mais chuva, mais seca, muito mais preocupação

Via Estadão
Por Washington Novaes
20.07.2012

Enquanto estas linhas são escritas, chove há quatro dias em Goiânia - quando há 30 anos as chuvas no período de estiagem (de abril a setembro) eram tão raras que até nome tinham as duas habituais: "chuva das flores" e "chuva do caju". Algo parecido com o que se verificava também no Cerrado paulista antes que, a partir da década de 1950, a remoção da vegetação nativa e a entrada da cana-de-açúcar e da soja, principalmente, mudassem tudo e tudo fosse possível em qualquer época - chuva e estiagem, frio e calor até no mesmo dia. E hoje tudo acontece ainda no momento em que a calamidade é a rotina em mais de mil municípios nordestinos, com a pior seca em décadas. Mas nem a cidade de São Paulo escapa aos dramas, tendo chovido em oito dias do início de junho mais de 100 milímetros, o que não acontecia em década e meia (Agência Estado, 9/6).

Seminário da Unesp e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em Pernambuco avalia (remaatlantico, 12/7) que o Nordeste é a região que mais sofre e sofrerá com as "mudanças do clima", seguido do Centro-Oeste. Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Manaus e Curitiba serão as cidades maiores com mais problemas. O Nordeste, já com mais 29 mil quilômetros quadrados sujeitos a problemas mais graves, apresenta manchas de "hiperaridez", que podem transformar-se em desertos. Outro estudo, da Universidade Federal de Alagoas, adverte que a média de chuvas na região - 800 milímetros anuais - é muito inferior à evapotranspiração, de 3 mil milímetros anuais.

O Relatório de Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas, com aval da Coppe-RJ e de 128 cientistas, prevê um Brasil mais vulnerável às consequências do aumento da temperatura (O Globo, 11/6), com secas mais severas na Amazônia e na Caatinga; temperaturas mais altas nas grandes cidades do Sudeste (devidas às "ilhas de calor"); a Caatinga podendo chegar a 50% menos de chuvas em 2050; mas também com alterações sérias no Pantanal, no Cerrado e em parte da Mata Atlântica; até o fim do século, as chuvas na Amazônia poderão reduzir-se em 45%, com aumento de 5 a 6 graus Celsius na temperatura; a Caatinga poderá perder 50% até 2100.

Nossos custos (Estado, 14/6) chegam a US$ 6,9 bilhões em 20 anos, com 20,6 milhões de pessoas afetadas e mais de 3 mil mortas - somos o 13.º país em enchentes e 18.º em prejuízos, segundo a ONU. Mas o Serviço Geológico brasileiro (Agência Brasil, 3/7) afirma que temos 680 mil pessoas em áreas de alto risco, só nos 140 de 821 municípios já mapeados - a maioria no Nordeste. Na América Latina, segundo o Banco Mundial e outras instituições, os prejuízos com esses fenômenos chegam a US$ 100 bilhões anuais (Estado, 5/6). E seria necessário investir US$ 110 bilhões anuais, de modo a reduzir as emissões para duas toneladas anuais de dióxido de carbono (CO2) por pessoa (no Brasil, segundo o cientista britânico Nicholas Stern, elas estão acima de dez toneladas anuais per capita).

Ainda nesta semana, o Comitê de Segurança Alimentar da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) pediu a todos os países estratégias de enfrentamento das mudanças e dos riscos de perda de colheitas, que afetarão principalmente os países mais pobres. Os custos dos desastres no mundo a partir de 1992 chegaram a US$ 2 trilhões. E nos "eventos extremos" morreu 1,3 milhão de pessoas, entre os 4,4 bilhões de afetadas por enchentes (2,4 bilhões) e tempestades (720 milhões), principalmente (Estado, 14/6). China e Índia lideram o indesejável ranking. 2010 e 2011 já foram anos dramáticos.

A elevação do nível dos oceanos agrava as preocupações dos cientistas. Estudo da Natural Climate Change (6/7) afirma que mesmo com cortes profundos nas emissões de gases poluentes e baixa nas temperaturas médias até 2050 o aumento do nível dos oceanos será "inevitável" até o fim do século. No Ártico, a concentração de CO2 já chegou a 400 partes por milhão. Até a extração e o uso de águas subterrâneas agrava os problemas no mar.

O ano de 2012 está sendo o mais quente na História dos Estados Unidos desde 1895 (Reuters, 8/6), 2,9 graus acima da média do século 20. China, Bangladesh, Japão estão de novo às voltas com fenômenos extremos, milhões de pessoas atingidas. A Rússia investiga se administradores relapsos contribuíram para as piores inundações e o maior número de mortes em décadas, com o volume de chuvas em uma hora superando o que era habitual em dois meses, em algumas regiões.

É nesse quadro que se reuniram esta semana em Berlim os representantes de 35 países, na tentativa de um acordo que possa levar a compromissos de redução de poluentes na Convenção do Clima, em novembro, no Qatar. Aí, a primeira-ministra Angela Merkel, da Alemanha, disse que enfrentamos "grande perigo" e que as intenções dos países poluidores até aqui não bastam para enfrentar a questão. Mesmo contendo o aumento da temperatura planetária para até 2 graus em meados do século, o problema não estará resolvido Mas persiste o velho confronto: os países do Brics, o Brasil incluído, dizem que a obrigação é dos países industrializados, que emitem desde o início da revolução industrial e até há pouco emitiam mais que o resto do mundo; os países mais desenvolvidos retrucam que sem as nações em desenvolvimento, que hoje poluem mais, nada adiantará. E pedem que haja novo período de vigência do Protocolo de Kyoto. Com o mundo ainda subsidiando com US$ 1 trilhão anuais o uso de petróleo e de outros combustíveis fósseis. A ONU é contra e quer criar uma taxa sobre esse consumo. O Fundo Monetário Internacional (FMI) apoia e tem até proposta de punição para os poluidores.

Reunidos na State of the Planet Declaration, 2.800 cientistas dizem que "o sistema Terra está em perigo". O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas pede planos setoriais de mitigação de emissões aos setores mais poluentes. Mas ainda emitimos quase 2% do total mundial de poluentes. E os acordos estão difíceis internamente.

E chove, chove, onde deveria ser estiagem. E piora a seca na Caatinga.

* JORNALISTA E-MAIL: WLRNOVAES@UOL.COM.BR

Bênçãos traduzidas em consumo

Via Jornal da USP
Por SYLVIA MIGUEL
18.07.2012

Professores da USP comentam dados divulgados em junho pelo IBGE, que confirmam a queda do número de católicos e o crescimento dos evangélicos no Brasil

Nenhuma religião é estática. Ao passo que o catolicismo das Comunidades Eclesiais de Base se preocupava com questões sociais como direitos humanos e direito do trabalho, a Renovação Carismática foca o indivíduo e questões de foro íntimo, como liberdade sexual e direitos reprodutivos. Baseado na premissa de que as religiões se transformam de acordo com as demandas sociais em curso, não se pode pensar que a mudança do perfil religioso que se espera ocorrer no Brasil nas próximas décadas de fato resultará na extinção de algumas manifestações populares, tais como Carnaval, bumba-meu-boi, festas juninas e tantas outras que integram o calendário nacional há séculos.

As análises dos dados do Censo 2010 sobre religião, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 29 de junho, mostram que o novo perfil religioso que se delineia revela uma infidelidade religiosa maior do que a fidelidade religiosa, reflexo da busca por realização pessoal.

“As religiões mudam na mesma proporção das transformações sociais. Uma coisa é se tornar evangélico. Outra coisa é sabermos que tipo de evangelismo teremos nos próximos 20 anos. Todas as religiões mudam com o passar do tempo. Não dá para saber se as religiões predominantes no futuro irão ou não incorporar a cultura atual”, diz o professor José Reginaldo Prandi, do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. CONTINUA!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Retarde o envelhecimento comendo uma castanha por dia (castanha-do-pará)

Via Saúde Abril
Por DIOGO SPONCHIATO

Uma castanha por dia, não mais do que isso, garante as doses de selênio de que seu corpo precisa para preservar cada célula, botar para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais

Cabe na palma da sua mão, e ainda sobra um espaço e tanto, a arma que vai superproteger as unidades microscópicas do seu organismo. Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do-pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio. A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.

CONTINUA!

Estudo revela mecanismo que faz câncer se espalhar


JC e-mail 4542, de 18 de Julho de 2012.
Estudo revela mecanismo que faz câncer se espalhar


'Minicélulas' carregam substâncias que estimulam novos tumores no corpo. Estruturas preparam o caminho para avanço da doença, facilitando surgimento de artérias que alimentam câncer.

Uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo brasileiros do Hospital A.C. Camargo (SP), pode ter dado um passo importante para bloquear o insidioso processo por meio do qual o câncer se espalha pelo organismo. Eles mostraram que uma espécie de bolha microscópica, que lembra uma "minicélula", é capaz de carregar as sementes de um novo tumor para partes distantes do corpo, preparando essas áreas para receber a doença. Continua

Pesquisadores se manifestam sobre coleta de invertebrados no Código Penal


JC e-mail 4542, de 18 de Julho de 2012.
Pesquisadores se manifestam sobre coleta de invertebrados no Código Penal


"Exortamos o Congresso Nacional a reconhecer no novo Código Penal como lícita a coleta de invertebrados para fins científicos ou didáticos. É justo, necessário e urgente que a Lei preveja em seu bojo como atividade lícita (isenta de crime), a coleta para fins de estudo e pesquisa científica, em todos os níveis de ensino, tanto por profissionais, como por autônomos, em instituições públicas e privadas". Confira a íntegra do documento enviado ao JC Email pelos autores.

Proposta para o novo Código Penal: Descriminalização de Coleta de Invertebrados para Fins Científicos e/ou didáticos

Considerando a falta de dano ambiental na coleta de invertebrados (p. ex. insetos, vermes, etc.); a necessidade de incremento da pesquisa e ensino da nossa Biodiversidade e o precedente do parágrafo 8 do art. 24 do Decreto 6514/08, propõe-se a inclusão de um parágrafo no Art. 388 (Seção I "Dos Crimes contra a Fauna"), no futuro Código Penal, como segue:

"A coleta de invertebrados destinados a fins científicos e/ou didáticos não será considerada crime nos termos deste Artigo [ou desta Lei]."

OU:

"A coleta de invertebrados destinados a fins científicos e/ou didáticos somente é considerada infração, quando se caracterizar, pelo seu resultado, como danosa ao meio ambiente." Continua

Homens são 90% dos assassinados entre 0 a 19 anos

Via blog do Noblat
19.07.2012


Silvia Amorim, O Globo

Nove em cada dez assassinatos de crianças e adolescentes ocorridos no Brasil nos últimos 30 anos tiveram vítimas do sexo masculino. Estudiosos ouvidos nesta quarta-feira pelo GLOBO avaliaram que esse foi um dos dados mais preocupantes do Mapa da Violência 2012. Entre analistas, o fenômeno ganhou até nome: “homencídio”.

O Mapa da Violência, divulgado nesta semana, revelou uma espécie de epidemia de homicídios no país. De 1981 a 2010, o crescimento de mortes na faixa etária de 0 a 19 anos foi de 346,4%, totalizando 1.091.125 de vítimas.

Leia mais em Homens são 90% dos assassinados na faixa etária de 0 a 19 anos

Defesa admite dinheiro de Maluf em ilha

Via Estadão
Por Jamil Chade
18.07.2012

Advogados de offshore dizem que contas em Jersey são de familiares de ex-prefeito, mas negam que recursos tenham corrupção como origem

Advogados da offshore Durant admitiram em documentos entregues à Justiça de Jersey que a família de Paulo Maluf controlava contas na ilha britânica do Canal da Mancha. Admitiram ainda que o próprio Maluf recebeu "comissões" nessas contas. Os papéis foram anexados ao processo no qual a Prefeitura de São Paulo tenta recuperar US$ 22 milhões que diz terem sido desviados de obras da gestão Maluf, entre 1993 e 1996. Continua

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Darcy Ribeiro







No ensino superior, 38% dos alunos não sabem ler e escrever plenamente


JC e-mail 4541, de 17 de Julho de 2012.
No ensino superior, 38% dos alunos não sabem ler e escrever plenamente


Pesquisa feita pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa avaliou os níveis de alfabetização da população de 15 a 64 anos no País. Para especialistas, indicador reflete o rápido crescimento de universidades de baixa qualidade.

Entre os estudantes do ensino superior, 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa. O indicador reflete o expressivo crescimento de universidades de baixa qualidade.

Criado em 2001, o Inaf é realizado por meio de entrevista e teste cognitivo aplicado em uma amostra nacional de duas mil pessoas entre 15 e 64 anos. Elas respondem a 38 perguntas relacionadas ao cotidiano, como, por exemplo, sobre o itinerário de um ônibus ou o cálculo do desconto de um produto.

O indicador classifica os avaliados em quatro níveis diferentes de alfabetização: plena, básica, rudimentar e analfabetismo. Aqueles que não atingem o nível pleno são considerados analfabetos funcionais, ou seja, são capazes de ler e escrever, mas não conseguem interpretar e associar informações.

Segundo a diretora executiva do IPM, Ana Lúcia Lima, os dados da pesquisa reforçam a necessidade de investimentos na qualidade do ensino, pois o aumento da escolarização não foi suficiente para assegurar aos alunos o domínio de habilidades básicas de leitura e escrita. "A primeira preocupação foi com a quantidade, com a inclusão de mais alunos nas escolas", diz Ana Lúcia. "Porém, o relatório mostra que já passou da hora de se investir em qualidade."

Segundo dados do IBGE e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca de 30 milhões de estudantes ingressaram nos ensinos médio e superior entre 2000 e 2009. Para a diretora do IPM, o aumento foi bom, pois possibilitou a difusão da educação em vários estratos da sociedade. No entanto, a qualidade do ensino caiu por conta do crescimento acelerado. "Algumas universidades só pegam a nata e as outras se adaptaram ao público menos qualificado por uma questão de sobrevivência", comenta. "Se houvesse demanda por conteúdos mais sofisticados, elas se adaptariam da mesma forma."

Para a coordenadora geral da Ação Educativa, Vera Masagão, o indicativo reflete a "popularização" do ensino superior sem qualidade. "No mundo ideal, qualquer pessoa com uma boa 8ª série deveria ser capaz de ler e entender um texto ou fazer problemas com porcentagem, mas no Brasil ainda estamos longe disso."

Segundo Vera, o número de analfabetos só vai diminuir quando houver programas que estimulem a educação como trampolim para uma maior geração de renda e crescimento profissional. "Existem muitos empregos em que o adulto passa a maior parte da vida sem ler nem escrever, e isso prejudica a procura pela alfabetização", afirma.

Jovens e adultos - Entre as pessoas de 50 a 64 anos, o índice de analfabetismo funcional é ainda maior, atingindo 52%. De acordo com o cientista social Bruno Santa Clara Novelli, consultor da organização Alfabetização Solidária (AlfaSol), isso ocorre porque, quando essas pessoas estavam em idade escolar, a oferta de ensino era ainda menor. "Essa faixa etária não esteve na escola e, depois, a oportunidade e o estímulo para voltar e completar escolaridade não ocorreram na amplitude necessária", diz o especialista.

Ele observa que a solução para esse grupo, que seria a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ainda tem uma oferta baixa no País. Ele cita que, levando em conta os 60 milhões de brasileiros que deixaram de completar o ensino fundamental de acordo com dados do Censo 2010, a oferta de vagas em EJA não chega a 5% da necessidade nacional.

"A EJA tem papel fundamental. É uma modalidade de ensino que precisa ser garantida na medida em que os indicadores revelam essa necessidade", diz Novelli. Ele destaca que o investimento deve ser não só na ampliação das vagas, mas no estímulo para que esse público volte a estudar. Segundo ele, atualmente só as pessoas "que querem muito e têm muita força de vontade" acabam retornando para a escola.

Ele cita como conquista da EJA nos últimos dez anos o fato de ela ter passado a ser reconhecida e financiada pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). "Considerar que a EJA está contemplada no fundo que compõe o orçamento para a educação é uma grande conquista."

(O Estado de São Paulo)

terça-feira, 17 de julho de 2012

Georges Méliès, o mágico do cinema - No MIS - São Paulo

Via Museu da Imagem e do Som



 
O MIS apresenta a exposição Georges Méliès, o mágico do cinema. Inédita no Brasil, a mostra remonta, através de seis diferentes seções, a trajetória do artista e suas invenções revolucionárias na Sétima Arte. Produzida pela Cinemateca Francesa, a exposição exibe uma coleção única no mundo proveniente de duas fontes: a reunida desde 1936, na própria Cinemateca; e a herdada por sua neta, Madeleine Malthête-Méliès, que foi adquirida em 2004 pelo Centro Nacional de Filme, com o apoio do Fundo Patrimônio do Ministério da Cultura.

Conhecido como o pai dos efeitos especiais, Georges Méliès (1861-1938), atuava como mágico, diretor teatral, cenógrafo, ator, técnico e produtor. Durante sua trajetória profissional, também foi distribuidor de mais de 500 filmes entre os anos de 1896 e 1912. Na mostra do MIS, sua vida e carreira revisitadas, com objetos, cartazes, desenhos, figurinos, fotografias e documentos originais do artista.

Através das seções Méliès mágico; Méliès mágico e cineasta; O estúdio Méliès; O universo fantástico de Méliès; A Viagem à Lua; e Fim a mostra apresenta a vida e carreira do cineasta, reunindo objetos, cartazes, desenhos, figurinos, fotografias e documentos originais do artista. Georges Méliès, o mágico do cinema ainda conta com uma instalação exclusiva onde será possível criar filmes em stop motion com cenários baseados nas obras do cineasta.

Completando a exposição, o Museu ainda realizará projeções de onze de seus filmes em algumas das paredes. A obra-prima de Georges Méliès, Viagem à Lua (1902), será exibida dentro de uma nave espacial inspirada no filme, criada com exclusividade pelo MIS. Continua

Governo estuda reduzir área da maior Floresta Nacional em até 1/3

Via Estadão
Por Marta Salomon
15.07.2012

Na busca de solução para disputa de terras na região, a presidente Dilma Rousseff pode tirar um pedaço da Flona do Jamanxim de até três vezes o tamanho da cidade de São Paulo

BRASÍLIA - No início de 2006, um decreto do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou a Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, a maior de um conjunto de unidades de conservação no sul do Pará que ajudaria a conter o avanço das motosserras na Amazônia. Pouco mais de seis anos depois, o governo de Dilma Rousseff estuda tirar um pedaço da Flona de até três vezes o tamanho da cidade de São Paulo para resolver a disputa de terras na região.

A decisão tem tudo para se tornar histórica. Mais do que a terça parte da maior Floresta Nacional do País, de pouco mais de 1,3 milhão de hectares, está em jogo o destino da política de combate ao desmatamento na Amazônia. Ambientalistas certamente verão nela o início do desmanche das unidades de conservação, cujo ritmo de criação despencou desde o início do governo Dilma. Continua

domingo, 15 de julho de 2012

Solano Ribeiro e a nova música do Brasil

Via Cultura Brasil
02.06.2012


AQUI!


Mais uma lei que não pegou? Artigo de Washington Novaes


JC e-mail 4539, de 13 de Julho de 2012.
Mais uma lei que não pegou? Artigo de Washington Novaes


Washington Novaes é jornalista. Artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo de hoje (13).

Teremos mais uma "lei que não pegou", a que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/10)? Aprovada pelo Congresso Nacional, a lei deu prazo até o próximo dia 2 de agosto para que todos os 5.565 municípios apresentem ao governo federal planos e ações para essa área, consolidados em cada um no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, sem o qual não poderão receber transferências voluntárias de recursos da União. Quantos municípios o terão apresentado? Certamente, uma minoria ínfima. Porque os planos deverão determinar o fim dos "lixões" (que são mais de 2.900 em 2.810 municípios), a logística reversa (para recolhimento de embalagens pelos geradores), planos de coleta seletiva em todos os municípios (só 18% deles os têm para pequenas partes do lixo, menos de 1,5% vai para usinas públicas; a Holanda recicla 80%), possíveis consórcios intermunicipais. Isso quando se afirma que o País gera por dia mais de um quilo de lixo domiciliar por pessoa, mais de 200 mil toneladas/dia, mais de 60 milhões de toneladas/ano.

Diz o Ministério do Meio Ambiente que não prorrogará o prazo. Mas, na verdade, a lei começou a não ser cumprida ainda no Congresso, quando o relator do projeto aprovado na Câmara dos Deputados, senador Demóstenes Torres, em combinação com outros senadores, suprimiu do projeto o dispositivo que só permitia incineração do lixo se não houvesse outra possibilidade - reaproveitamento, reciclagem, aterramento - e não o devolveu à Câmara, como manda a legislação; mandou direto para o então presidente Lula, que o sancionou. Ante os protestos de cooperativas de recolhimento e reciclagem, prometeu mudar na regulamentação da lei - mas não o fez. Continua

Cai pela metade n° de analfabetos, mas desempenho de alunos piora

Jornal Nacional
14.07.2012

É o que revela um estudo sobre a
educação brasileira na última década.


Um estudo sobre a educação brasileira na última década concluiu que o número de analfabetos caiu pela metade, mas o desempenho dos alunos piorou, mesmo daqueles que já estão na faculdade.

Época de férias escolares, mas para alguns alunos os estudos continuam, porque eles já perderam muito tempo.

“Meu pai não deixava estudar porque dizia que mulher não precisava estudar”, lembra dona Balbina. Dona Balbina e o ajudante de limpeza João da Silva cresceram longe da sala de aula. “Eu fui criado lá no interior da Bahia, e lá não tinha escola. Aí que eu vim para São Paulo e agora eu comecei a estudar”, conta seu João.

A infância sem escola é praticamente coisa do passado no Brasil. Na última década, o total de analfabetos caiu pela metade no país: consequência das políticas públicas que ampliaram o acesso dos brasileiros à escola.

Os números são do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), que é um estudo realizado pelo Ibope. Mas a pesquisa também traz um dado ruim. O país não está conseguindo avançar no nível pleno de alfabetismo. Só 26% da população adulta é capaz de ler, entender e interpretar textos longos e também de resolver problemas matemáticos mais elaborados. Leia a materia completa. Veja o video.

sábado, 14 de julho de 2012

Ecos do Velho Testamento

Via Jornal da USP
01.07.2012


Indígenas da Amazônia têm narrativas similares às da Bíblia, demonstra tese de doutorado

ANTONIO CARLOS QUINTO
Agência USP de Notícias

A convivência com povos amazônicos, indígenas da região do Nhamundá-Mapuera e do Alto Rio Guamá, por mais de quatro anos, permitiu ao linguista e narratólogo Álvaro Fernando Rodrigues da Cunha identificar semelhanças “inesperadas” entre as narrativas dos índios e histórias bíblicas do Velho Testamento. A partir dessa constatação, Cunha realizou cruzamentos entre as narrativas, utilizando-se de uma ferramenta que ele denominou “teoria em cruzamento para oralidade e escrituralidade”. “Estamos diante de uma nova teoria para estudos na área de ciências humanas e sociais”, garante o pesquisador.

“Depois de aprender a língua daqueles povos, percebi similaridades, inclusive temporais, com 17 narrativas bíblicas. Tratando-se de povos isolados e que não possuem escrita como a Bíblia, é algo, no mínimo, intrigante”, considera o linguista, que defendeu sua tese de doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, sobre o tema em questão.

Ele ressalta que, no período em que conviveu com os índios, entre 2002 e 2005, eles viviam praticamente isolados da civilização. “Não tenho receio em dizer que as semelhanças podem ser atribuídas a um ‘elo perdido’”, acredita. Segundo Cunha, as narrativas desses povos que habitam a Amazônia têm muitas coincidências com as narrativas bíblicas. “Os relatos estão apenas ‘maquiados’ por outras versões existentes noutras culturas”, relata.

Num período do ano de 2004, Cunha conviveu com os teneteháras, que habitam o Alto do Rio Guamá, no ramo ocidental da Amazônia. Lá também foram encontradas semelhanças com as mesmas narrativas do Velho Testamento. “Já entre os mawayanas, com quem vivi por cerca de seis meses, pude constatar 14 narrativas semelhantes”, narra o linguista. Continua

Metade dos mortos por gripe A em Santa Catarina teve tratamento tardio, diz ministério

Via Agência Brasil
Por Fernando César Oliveira
13.07.2012

Curitiba – Dos primeiros 28 pacientes que morreram este ano em Santa Catarina após contrair a influenza A (H1N1) – gripe suína, 14 tiveram acesso tardio ao medicamento antiviral oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu. Eles tomaram o remédio mais de cinco dias após o início dos sintomas. A conclusão faz parte de um estudo divulgado hoje (13) pelo Ministério da Saúde. Os técnicos do ministério analisaram as primeiras 28 das 52 mortes causadas pela doença no estado.

A eficácia do antiviral é maior nas primeiras 48 horas desde o surgimentos dos sintomas. "Se antes tínhamos indícios, agora temos informações concretas de que o tratamento, no momento adequado, ainda não está sendo adotado em todos os serviços", disse o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. "Consideramos de fundamental importância que os profissionais prescrevam e forneçam, o mais rápido possível, o antiviral", alertou. Continua

Leia também:

Pesquisa mostra que 60% dos homens só vão ao médico com a doença já em fase avançada

Brasil vai inaugurar na África fábrica de remédios contra aids

FIFA ADMITE “PRECONCEITO” DE SEUS ADVOGADOS E PEDE “DESCULPAS”

Via Estadão
Por Jamil Chade
13.07.2012

A Fifa admitiu que seus advogados foram “preconceituosos” ao declararem ao tribunal de Zug que a “maioria da população” de países da América do Sul e África recebe subornos como parte de seus salários. A entidade, em nota divulgada hoje, pediu “desculpas”, mais de dois anos depois do incidente e só depois que o caso foi exposto pela imprensa.

As declarações foram reveladas por este blog na última quinta-feira. Nos documentos da Justiça suíça que revelaram o pagamento de subornos a Ricardo Teixeira e João Havelange no valor de R$ 45 milhões, advogados da Fifa abertamente defendiam os dois brasileiros. Num esforço de justificar que seria difíci receber o dinheiro de volta, os advogados explicaram ao juiz que, na América do Sul, todos recebem subornos. [PARA A FIFA, SOMOS TODOS CORRUPTOS]

Hoje, já tentando abafar o caso antes que se transformasse em outro ponto de polêmica com o Brasil, a Fifa se apressou em explicar que o argumento foi apresentado por seus advogados externos, contratados por ela. Mas tentando se distanciar dos fatos. Continua

PF apura esquema na validação de diploma médico


JC e-mail 4539, de 13 de Julho de 2012.
PF apura esquema na validação de diploma médico


Apesar da existência de programa federal de validação de certificados obtidos no exterior, estudantes de medicina têm optado pagar mais caro para obter o registro em universidades não cadastradas. A Polícia Federal suspeita de esquema de corrupção.

O programa Revalida, criado em 2010 pelo Ministério da Educação (MEC) para unificar o sistema de reconhecimento do diploma universitário de medicina obtido no exterior, não tem servido como porta de entrada para médicos no mercado de trabalho brasileiro. Dos 1.184 que se inscreveram na prova nos últimos dois anos, apenas 67 foram aprovados. Apesar de a inscrição para o teste federal custar R$ 400, levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que os formados fora preferem pagar até R$ 6 mil para validar o diploma em universidades brasileiras, nas quais não há regras unificadas para que o certificado passe a valer. Somente São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso validaram 968 diplomas entre 2009 e o ano passado, mais da metade vindos da Bolívia. A movimentação chamou a atenção da Polícia Federal, que investiga o caso.

De acordo com o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital, há a desconfiança sobre um esquema paralelo que atua na facilitação da convalidação de diplomas. O inquérito da PF foi aberto em um estado e, com o avanço das investigações, verificou-se que havia outras universidades com situações semelhantes. Em dois estados as suspeitas são mais sólidas. "As acusações vieram subsidiadas com comprovações importantes, mas não podemos divulgar porque seria prejudicial. Sabemos que há escolas que estão sendo investigadas de maneira muito certa", explicou Vital. Segundo ele, a PF, em função das suposições, está apurando para verificar se houve fraude ou conduta criminal nos processos.

Para subsidiar as investigações, a PF pediu ao CFM um levantamento dos registros emitidos nos últimos três anos nos conselhos regionais a partir de diplomas estrangeiros. O material mostrou que o número de aprovações é muito maior em alguns estados. Além de São Paulo, Minas, Bahia e Mato Grosso, o Paraná também convalidou diplomas expedidos no exterior acima da média nacional. Enquanto em lugares como o Amapá, Roraima e Alagoas a média dos registros ficou entre nove e 14, nessas unidades da Federação foram 653 emitidos somente na Bolívia. "Até brinco que isso até parece uma revolução bolivariana", comenta Vital. Além da Bolívia, Cuba e Argentina se destacam nos números. Continua