Via blog do Noblat
24.02.2013
Paxeo é o 7º integrante de grupo que já teve 2 mil índios, foi removido
por hidrelétrica e hoje vive quase na miséria
Danilo Fariello, O Globo
Os olhos apertados e amendoados de Paxeo, de 1 ano, refletem o resquício de
uma etnia que já foi composta por mais de duas mil almas, no cerrado brasileiro,
onde era conhecida como “a tribo invisível”, por sua capacidade de se esconder
nas árvores.
Já os olhos de Matxa, de 73 anos, a matriarca da aldeia, não podem mais ver
esse sopro de esperança de perpetuação da comunidade que salvou do extermínio.
Mas, mesmo que não estivesse cega por um glaucoma que resistiu a duas operações,
sua percepção da vida permaneceria turva pela situação de miséria e impotência
de sua aldeia nos últimos 20 anos, cerceada pela burocracia e lentidão da
máquina pública, que deveria tornar viável a expansão daqueles sobreviventes,
não só física, mas também cultural.
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