Via blog do Noblat
19.05.2013
População recorre à terapia para lidar com queda no padrão de
vida
Priscila Guilayn, O Globo
Sem trabalho, com uma ordem de despejo, dois filhos para manter, as
consequências de uma separação para administrar e o temor de que o ex-marido
tente, novamente, o suicídio, Marta procurou uma psicanalista e pediu
socorro.
Como não tinha dinheiro para as sessões, contou seu drama e ofereceu, em
troca do tratamento, seu serviços de contadora, cuidando, entre outras coisas,
da declaração do Imposto de Renda da terapeuta.
Marta, assim como o ex-marido, arquiteto, que vem sendo atendido pelos
serviços de saúde pública, nunca tinha pensado na possibilidade de, um dia,
entrar no consultório de um psicólogo, que, até pouco tempo, era chamado pelos
espanhóis de loquero (“que trata loucos”).
Se consideravam, conta Marta, “gente com as ideias claras e com a vida
resolvida”. Mas o caso dela não é isolado. A mudança de perspectiva é geral.
Nestes cinco anos de crise econômica, os consultórios encheram.
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