Via blog do Noblat
28.07.2013
Enquanto projeto de criminalização não é aprovado, agressões a gays se
multiplicam no Rio
Rafael Galdo, O Globo
Num intervalo de sete meses no ano passado, o professor e performer Kleper
Reis, de 31 anos, foi vítima de duas agressões físicas motivadas pela homofobia,
que o levaram a crises de pânico e o forçaram até a mudar de endereço. Na
primeira, três amigos e ele foram espancados por cerca de 20 homens na Lapa.
Na segunda, Kleper e seu companheiro deixavam uma festa em Pedra de Guaratiba
quando foram abordados por dois homens, um deles com um pedaço de madeira na
mão.
Eles arrancaram a saia que o professor vestia, aos gritos de que ali homem
não andava daquele jeito. Em ambos os casos, os agressores ainda não foram
punidos.
Enquanto o projeto de lei 122/06, que criminaliza a homofobia, está emperrado
em polêmicas no Congresso Nacional, agressões como a sofrida pelo professor se
multiplicam.
Ele foi um dos 1.902 usuários (em 4.267 atendimentos) que procuraram um dos
quatro Centros de Cidadania LGBT do Programa Rio Sem Homofobia, do governo
estadual, no ano passado, a maioria deles (831, ou 39%) por ter sofrido algum
tipo de violência homofóbica.
Leia mis em Homofobia: ódio que cresce à sombra da impunidade