Via blog do Noblat
31.07.2013
Branca Nunes, Blog de Augusto Nunes
Em 21 de outubro de 2007, a menor L.A.B. foi presa em Abaetetuba, no Pará,
sob a acusação de tentar furtar um telefone celular. Tinha 15 anos, menos de 40
quilos e um metro e meio de altura.
Levada para a delegacia da cidade de 130 mil habitantes, a quase 100
quilômetros de Belém, passou os 26 dias seguintes numa cela ocupada por mais de
20 homens. Durante todo o tempo, o bando de machos serviu-se à vontade da única
fêmea disponível.
Estuprada incontáveis vezes, teve cigarros apagados em seu corpo e as plantas
dos pés queimadas enquanto procurava dormir. Alguns detentos, aflitos com as
cenas repulsivas, apelaram aos carcereiros para que interrompessem o
calvário.
Os policiais preferiram cortar o cabelo da adolescente com uma faca para
camuflar a aparência feminina. A rotina de cinco ou seis relações sexuais
diárias foi suspensa apenas nos três domingos reservados a visitas
conjugais.
O tormento só acabou com a intervenção do conselho tutelar, alertado por uma
denúncia anônima.
De tão escabroso, os fatos resumidos até aqui parecem extraídos de um filme
de ficção. Mas o episódio aconteceu. E a realidade foi um pouco pior.
Leia mais em Algozes da menina estuprada na cadeia estão livres. Ela
desapareceu.