Via Agência Brasil
10.05.2012
Christina Machado
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Diário Oficial da União publica hoje (10) portaria do Ministério da Cultura que homologa o
tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico dos bairros da
Cidade Velha e Campina, no centro histórico de Belém. A área tombada forma o
núcleo de povoamento inicial da cidade, capital do Pará.
A ocupação da região remonta à conquista da foz do Rio Amazonas, no início do
século 17. No apogeu do ciclo da borracha, entre 1890 e 1920, Belém foi uma das
cidades mais prósperas do mundo.
A área protegida alcança três mil edificações nos bairros de Cidade Velha e
Campina. O processo de tombamento foi elaborado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura.
De acordo com parecer do Departamento de Patrimônio Material do Iphan, os
dois bairros, protegidos por elementos naturais como baía, igarapé e alagadiços,
constituem, ainda hoje, um dos maiores e mais íntegros conjuntos urbanos do
país, segundo informa o site da instituição.
Para o tombamento, levou-se em conta, ainda, que o conjunto formado pela
trama da cidade consolidada entre os séculos 17 e 18 – com igrejas e suas
torres, largos e praças, coretos, mercados e feiras - em interação com a Baía de
Guajará, é suficientemente expressivo para retratar a história urbana de
Belém.
O centro histórico é um cenário que remonta ao ano de 1616, quando os
portugueses expulsaram, definitivamente, os franceses do território brasileiro e
a cidade de Belém tornou-se o elemento de ligação entre o Rio Amazonas e o mar,
possibilitando a posse de toda a Amazônia.
Graças à posição estratégica, a capital paraense foi transformada, à época,
no maior entreposto comercial das riquezas produzidas na região.
Edição: Davi Oliveira