Dolores, minha querida
Dodô,
você não imagina a emoção
que foi para mim
assistir a essa
entrevista. O que tenho para lhe dizer?
Que amei te reencontrar como uma Guardiã do Cerrado. Muito lindo o teu trabalho.
Força aí, minha muito querida amiga, dos idos tempos de Recife, agulha frita, Paturi, Rose Rouge, ciranda, frevo e maracatu.
Grande abraço,
muita saudade,
Didi
O parque citado no vídeo é o Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, Goiás.
Dolores Wandscheer, é formada na área da fisiologia e endocrinologia animal. Quando se reformou da sua carreira académica no Recife, escolheu viver no Cerrado, onde procurou reencontrar o equilíbrio com a natureza. Nesta entrevista Dolores descreve a complexa adaptação à vida numa zona remota, a construção sustentável da sua habitação, e a criação de uma Reserva Particular do Património Natural, para proteção das nascentes e biodiversidade local. O seu percurso é também marcada por um envolvimento ativo com a comunidade quilombola vizinha, promovendo oficinas de artesanato, valorização de saberes tradicionais e processos de consciencialização Dolores produziu filmes documentais que estimularam o reconhecimento identitário dos quilombolas. No plano político, Dolores denuncia as ameaças que por grandes proprietários e empresas de mineração representam à preservação do Cerrado, apontando as fragilidades institucionais e legislativas. Apesar dos obstáculos, Dolores mantém uma visão optimista ancorada na educação, na mobilização comunitária e na preservação intergeracional do território. (Texto YouTube)