segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

400 estrellas con posibles planetas terrestres

No El País
M.R.E. - Madrid - 31/01/2011


La NASA hará pública mañana la lista secreta de las observaciones del telescopio 'Kepler'



Ilustración del telescopio espacial Kepler y un sistema planetario
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AQUI!


Código Florestal: Entenda o que está em jogo com a reforma de nossa legislação ambiental

Via WWF Brasil
28.01.2011


O coletivo de organizações não-governamentais ambientalistas SOS Florestas lançou esta semana em janeiro de 2011 a cartilha Código Florestal: Entenda o que está em jogo com a reforma de nossa legislação ambiental. A publicação busca explicar, com argumentos técnicos, científicos e históricos, as principais consequências das mudanças propostas pelos deputados ruralistas ao Código Florestal.

Com o documento, o SOS Florestas procura levar para parlamentares, imprensa e cidadãos brasileiros um debate que vem ocorrendo em portas fechadas, de forma tendenciosa sem ouvir o movimento social, especialistas e academia. A cartilha será distribuída para parlamentares e tem sua versão eletrônica disponibilizada na íntegra no site do WWF-Brasil.

A cartilha é amparada por diversos estudos científicos que foram ignorados na elaboração do projeto de mudanças no Código Florestal apoiado pelos ruralistas. Demonstra que as mudanças causariam devastação da cobertura florestal às margens de cursos d’água, contribuindo para o assoreamento do leito dos rios, aumentando a velocidade de escoamento das águas, provocando erosões e enxurradas.

Fazem parte da frente SOS Florestas as ONGs Apremavi, Greenpeace, Imaflora, Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Instituto Socioambiental (ISA) e WWF-Brasil.

Baixe aqui a cartilha "Código Florestal: Entenda o que está em jogo com a reforma de nossa legislação ambiental". (Clique com o botão direito e selecione a opção Salvar como...)

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A contestação de Belo Monte

Editorial do Estadão
31.01.2011


A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal do Pará para anular a licença concedida pelo Ibama para a construção do canteiro de obras e realização de obras de melhoria nas estradas de acesso à futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, é mais um questionamento de um projeto polêmico e de viabilidade econômica e técnica discutível, mas que o governo quer tornar irreversível. Na sua pressa, que beira a irresponsabilidade, o governo - de Lula e agora o de Dilma - vem forçando o Ibama a aprovar as licenças necessárias, o que já provocou várias substituições de dirigentes do órgão.

A troca mais recente aconteceu há pouco. Na primeira semana de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para discutir o andamento do projeto e decidiram que o Ibama deveria acelerar o licenciamento da instalação do canteiro de obras. Pouco depois, o presidente do Ibama, Abelardo Bayma, pediu demissão. Foi seu substituto interino, Américo Ribeiro Tunes, quem assinou, na quarta-feira passada, a licença prévia para a montagem da área de trabalho para a construção da usina.

O governo tinha pressa porque, se o canteiro não for instalado até março, isso só será possível no ano que vem, por causa do regime de chuvas da região. O adiamento implicaria atraso de um ano no cronograma da obra e, consequentemente, no início de operação da usina - que teria de ser adiado de 2015 para 2016.

Oficialmente, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, o Ibama precisa emitir três licenças, em diferentes etapas do projeto de Belo Monte. A primeira, a licença prévia, foi concedida no primeiro semestre do ano e permitiu a realização do leilão no qual foi escolhido o consórcio responsável pela construção e operação da usina. A segunda, chamada licença de instalação e aguardada para os próximos dias, de acordo com o ministro de Minas e Energia, permitirá o início das obras. A terceira, a licença de operação, antecederá o início da produção comercial de energia em Belo Monte, daqui a alguns anos.

A que acaba de ser concedida não é nenhuma dessas. Trata-se de uma "licença de instalação específica", cuja emissão, segundo declarou o presidente do Ibama ao jornal O Globo, teve o parecer favorável do departamento jurídico do órgão e da Advocacia-Geral da União (AGU). O Ministério Público Federal considera, porém, que a legislação não prevê a licença de instalação parcial, razão pela qual decidiu contestar na Justiça sua concessão. Além disso, lembram os procuradores, ao conceder a licença prévia de Belo Monte, o Ibama a vinculou ao cumprimento, pelo consórcio vencedor, de 40 condicionantes para a execução das obras. Nenhuma delas foi cumprida até agora.

Deve-se destacar que este é apenas um dos muitos questionamentos da usina no Rio Xingu. Empresas especializadas têm dúvidas sobre o real custo da obra, estimado em R$ 19 bilhões pelo governo, mas calculado em pelo menos R$ 30 bilhões por empresas privadas do setor. Como há dúvidas sobre o preço da obra, há também sobre o custo da energia que ali será produzida.

Apresentada pelo governo como a terceira maior usina do mundo - atrás apenas da chinesa Três Gargantas e da binacional Itaipu -, com capacidade total instalada de 11.233,1 megawatts (MW), a usina de Belo Monte, no entanto, raramente produzirá no limite da capacidade. Por operar no sistema chamado de fio d"água, a usina terá sua produção condicionada ao regime do Xingu. Por isso, sua capacidade assegurada é de 4.571 MW médios, bem menor do que a máxima.

Embora mais de uma dezena de empresas privadas participem do capital da sociedade que se responsabilizará pela obra e pela operação da usina, é esmagadoramente majoritária a participação de capital estatal nela. Cerca de dois terços do capital provêm de órgãos ou empresas públicas. O envolvimento de dinheiro público e o interesse político do governo poderão até levar à conclusão da usina de Belo Monte, mas o desconhecido custo de sua construção e da energia que ela vai produzir certamente será pago pela sociedade.


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Voluntários tentam salvar animais abandonados após desastre no RJ

Domingo Espetacular
30.01.2011








Galáxia de 13 bilhões de anos

Agência FAPESP
27.01.2011


Com a ajuda do Hubble, astrônomos
 identificam possível galáxia que se
 formou quando o Universo tinha
apenas 4% da idade atual
 (divulgação)
Agência FAPESP – Um grupo de astrônomos identificou, com a ajuda do Hubble, uma possível galáxia que, se for confirmada, é a mais antiga de que se tem notícia. A descoberta está em artigo publicado nesta quinta-feira (27/1) na revista Nature.

A galáxia está a cerca de 13,2 bilhões de anos-luz da Terra, o que implica que foi formada em um momento em que o Universo tinha apenas 480 milhões de anos, ou 4% de sua idade atual.

Mesmo em fim de carreira – com o seu sucessor, o James Webb previsto para entrar em operação em 2015 –, o Hubble, que entrou em operação em 1980, continua fornecendo contribuições extremamente valiosas para o estudo do espaço.

A instalação em 2009 de novos equipamentos no telescópio espacial deu nova vida ao equipamento. A nova descoberta foi possível graças a um desses novos dispositivos, a Câmera de Campo Amplo 3 (WFC3).

“Estamos chegando cada vez mais próximo das primeiras galáxias, que estimamos tenham sido formadas entre 200 milhões e 300 milhões de anos após o Big Bang”, disse Garth Illingworth, professor de astronomia e astrofísica na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, um dos líderes do estudo.

Os cientistas conseguiram analisar uma faixa de tempo entre 480 milhões e 650 milhões de anos após a grande explosão que deu origem ao Universo. Segundo a pesquisa, a taxa de nascimento de estrelas aumentou dez vezes no período.

“Foi um aumento impressionante em um período curto, de apenas 1% da idade atual do Universo”, disse Illingworth. Continua

Homem saiu da África antes do imaginado

JC e-mail 4188, de 28 de Janeiro de 2011.
Homem saiu da África antes do imaginado


Machados e outras ferramentas de 125 mil anos foram encontradas em sítio arqueológico nos Emirados Árabes

O que é que esta gente estava fazendo lá? Essa é a pergunta que arqueólogos pelo mundo inteiro estão se fazendo agora, com a publicação de um trabalho na "Science" que vai mudar o mapa da ocupação do planeta pela espécie humana.

O que aconteceu foi que arqueólogos encontraram artefatos humanos fora da África muito antes de... bom, muito antes de os humanos terem saído da África -eles não precisaram se esforçar muito para perceber que isso não fazia muito sentido.

É consenso há décadas que o Homo sapiens surgiu na África há 200 mil anos -a noção de "mama África" une os arqueólogos a Chico César- e saiu do continente para ocupar todos os cantos do mundo há 60 mil anos.

Mas as ferramentas humanas de cortar, furar e raspar (especialmente machados) encontradas nos Emirados Árabes têm 125 mil anos, segundo uma técnica chamada datação por luminescência -grosso modo, o solo vai alterando as propriedades químicas originais do material. Quando mais "alteradas", então, mais antigas.

Os donos dos machados poderiam, de fato, ter atravessado o mar Vermelho com certa facilidade, molhando apenas as canelas. O mar estava, dizem os climatologistas, bem mais seco na época, tendo várias regiões rasas.

Os livros didáticos, então, terão de ser alterados agora. "O estudo levanta muito mais perguntas que respostas", diz Jeffrey Rose, arqueólogo da Universidade de Birmingham (Reino Unido).

Ele fala isso porque ninguém sabe se essa expedição humana pioneira teve sucesso (e então seria razoável imaginar que eles acabaram chegando a regiões como a Índia e até a Austrália) ou se estamos falando apenas de uma meia dúzia de perdidos que se afastaram da África e acabaram morrendo, sem deixar descendentes.

Se a última hipótese for a verdadeira, a resposta para a pergunta que inicia este texto é simples: estavam, sim, desbravando a região, mas acabaram fracassando e não são nossos ancestrais, honra que fica reservada mesmo para grupos que saíram da África milhares de anos depois, como já se imaginava.

Mas é difícil cravar essa conclusão. Ao contrário do mar Vermelho, então mais seco, o clima da península Arábica, na época, era bem úmido: esses pioneiros devem ter encontrado grandes savanas, repletas de grandes animais como gazelas.

Se a carne era farta, por que eles teriam morrido fácil? A hipótese de guerra também não convence muito: os neandertais, por exemplo, que talvez pudessem oferecer riscos, viviam bem longe, perto da Europa.

Justamente por ser uma região úmida, é difícil que fósseis humanos da época possam ser encontrados hoje na região, trazendo mais informações sobre o que aconteceu com esse grupo. A umidade do solo não favorece a conservação dos ossos -por isso é difícil encontrar fósseis na Amazônia, por exemplo.

Existe uma chance, então, de simplesmente não ser possível saber qual foi o destino daquelas pessoas.

(Ricardo Mioto)

(Folha de SP, 28/1)

Leia também:
El atajo árabe del 'Homo sapiens' al salir de África

domingo, 30 de janeiro de 2011

Movimentos sociais divulgam nota de repúdio sobre licença para Belo Monte

Via Eco Debate
28.01.2011

Nota de repúdio: Licença de Belo Monte é brutalidade sem precedente contra o povo do Xingu

A liberação das obras de Belo Monte, assinada nessa quarta, 26, pelo Ibama, é o primeiro grande crime de responsabilidade do governo federal neste ano que nem bem começou.

Foi dado sinal verde para que um enorme predador se instale às margens do Xingu para devorar a mata, matar o rio e destruir nossas casas, plantações e vidas, atraindo centenas de milhares de iludidos, que este mesmo governo não consegue tirar da miséria. Em busca de trabalho, que poucos encontrarão, eles chegarão a uma região sem saneamento, saúde, segurança e escolas.

Denunciamos esta obra, que quer se esparramar sobre nossas propriedades, terras indígenas e a recém reconhecida área de índios isolados, como um projeto genocida. Denunciamos essa obra como um projeto de aceleração da miséria, do desmatamento, de doenças e da violação desmedida das leis que deveriam nos proteger. Denunciamos que toda essa miséria, violência e destruição será financiada com dinheiro público dos contribuintes, através do BNDES.

Denunciamos a liberação de Belo Monte como um ato ditatorial da pior espécie. O Ibama afirma que se reuniu com “organizações da sociedade civil da região”, mencionando nossos nomes. Nestas reuniões, deixamos claro o que pensamos da usina. Deixamos claro que não queremos seu lixo, seus tratores, sua poluição, sua violência, sua exploração, seu trabalho escravo, suas doenças, sua prostituição, suas poças de água podre e seu desmatamento nos nossos quintais (ou naquilo que nos restará de nossas terras e não nos for roubado pelo governo). Porque observamos perplexos, enojados e aterrorizados o que vem acontecendo nas obras de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira, em Rondônia.

De que adiantou falarmos? Não fomos ouvidos, e ainda transvestem nossos protestos em “diálogo” para legitimar uma aberração engendrada para retribuir favores a financiadores de campanha. Denunciamos como uma brutalidade sem precedentes a forma pela qual fomos atropelados e ignorados, e tivemos nossos direitos ridicularizados pelo governo.

Anunciamos que vamos continuar enfrentando este projeto com todas as nossas forças. Temos a lei do nosso lado, e cresce de maneira vertiginosa o apoio de milhares de brasileiros e cidadãos conscientes do mundo todo à nossa causa. E responsabilizamos desde já o Governo Brasileiro por qualquer gota de sangue que venha a ser derramada nesta luta.

Assinam:

Movimento Xingu Vivo para Sempre
Prelazia do Xingu
CIMI
Associação dos Povos Indígenas Juruna do Xingu km 17 – APIJUX KM 17
Associação do Povo Indígena Arara do Maia – ARIAM
Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Para – AITESAMPA
Comissão Pastoral da Terra – CPT
SOCALIFRA
SOS Vida
SINTEPP Regional
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Associação dos agricultores Ribeirinhos do PDS Itatá
Associação dos agricultores ribeirinhos do Arroz Cru
Movimento Negro Altamira e Região
Movimento de Mulheres Campo e Cidade – PA
Colônia de Pescadores de Porto de Moz Z-64
União da Juventude Organizada do Xingu – UJOX
MPA/Via Campesina
PJR/Via Campesina
Comissão de Justiça e Paz – CJP
AARPI
Associação Radio Comunitária de Altamira
Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade
Associação dos Agricultores Familiares do Canoé e Cutião
Fundação Tocaia
Comité de Desenvolvimento Sustentável de Porto Moz
Associação dos Agricultores da Volta Grande do Xingu
Associação dos Pequenos Produtores, Extrativistas e Pescadores da Região do Arroz Cru
Associação dos Produtores Orgânicos da Volta Grande do Xingu
Associação dos Pequenos Agricultores da Gleba Paquiçamba
Moradores da Comunidade Belo Monte
Aldeia Paquiçamba
Comitê em Defesa da Vida das Crianças Altamirenses
Movimento de Mulheres Trabalhadores de Placas
Movimento das Mulheres Campo e Cidade – Transamazônica e Xingu
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo para Sempre – Belém
Fórum da Amazônia Oriental – Rede FAOR
Associação Brasileira de Ongs – Regional Amazônia (ABONG/Regional Amazônia)
Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes – APACC
Frente em Defesa da Amazônia, Santarém
Rádio Rural de Santarém, PA
Aliança Tapajós Vivo

Leia também:
Belo Monte não é um problema ambiental. É técnico, político e jurídico.

O vexame das aposentadorias

Via blog do Noblat
Por Ruth de Aquino, ÉPOCA
29.01.2011

Causam asco as aposentadorias inconstitucionais, milionárias e vitalícias de ex-governadores e seus herdeiros. Esses benefícios são um roubo e desmoralizam a profissão de político. Em toda a sua vida ativa, o cidadão comum e assalariado é chamado de “contribuinte”. O nome é correto. Contribuímos ao pagar impostos. No Brasil, infelizmente, os impostos são escorchantes e não servem para seu fim mais nobre.

Em países civilizados, essa contribuição tem um sentido público claro. Medicina e educação costumam ter qualidade e ser gratuitas. Quantos de nós pagaríamos impostos com mais alegria se o dinheiro descontado mensalmente do salário financiasse serviços para os mais carentes e a classe média.

A aposentadoria máxima é de R$ 3.200 por mês para quem trabalha 35 anos. Mas os ex-governadores estão acima das regras. Mesmo que governem um Estado por apenas alguns dias, podem ganhar aposentadoria de R$ 10 mil a R$ 24 mil. Para sempre, até morrer. E, após a morte, as viúvas assumem integralmente o benefício.

O Supremo Tribunal Federal, em 2007, considerou inconstitucional a aposentadoria de Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul. Mas o STF é mais lento quando a ação se destina a derrubar a mesma lei no Maranhão. Essa ação “está tramitando” no Supremo. O alvo é o clã Sarney: José e a filha Roseana ganham pensão vitalícia de R$ 24 mil. São tantos os penduricalhos na conta do magnata da política José Sarney que, durante um ano, ele não percebeu que depositaram irregularmente o auxílio-moradia de R$ 3.800. Foram R$ 45 mil de “equívoco”, que depois ele afirma ter devolvido.

O senador, ex-presidente e ex-governador do Maranhão ganha subsídio de R$ 26 mil, verba para passagens, casa, gasolina, e ainda por cima uma pensão eterna. Como descobrir aquilo a que não tem direito? Sarney tem direito a tudo, mesmo que seu Maranhão tenha indicadores sociais lamentáveis. Como disse o ex-presidente Lula, Sarney “não pode ser julgado como um homem comum”.

Leia a íntegra do artigo em O vexame das aposentadorias

Acionada pelo Planalto, UnB ‘investiga’ trote sexista

Via blog do Josias de Souza
Foto: Luiz Filipe Barcelos/UnB Agência
20.01.2011



Há 19 dias, produziram-se nas dependências da UnB (Universidade de Brasília) cenas que resultaram num pedido de explicações da Presidência da República e na abertura de uma sindicância.

Alunos veterenos da Faculdade de Agronomia e Veterinária submeteram um grupo de calouras a um trote aviltante. Sucedeu o seguinte:

Presidente do Centro Acadêmico de Agronomia da UnB, Caio Batista comandou a “recepção” às alunas. Deu-se por volta das dez horas da manhã de 11 de janeiro.

Caio vestia trajes femininos. Recobria-lhe o torso um pedaço de pano assemelhado a uma faixa presidencial. Segurava uma lingüiça.

Despejava sobre a peça camadas de leite condensado. Formadas em fila, as calouras foram instadas a levar a lingüiça à boca, chupando-a.

Ao redor, cerca de 250 universitários se divertiam com a humilhação alheia. O trote não é original. Repete-se ano após ano.

Os veteranos alegam que a coisa é consentida. Só participa quem quer. Não haveria, portanto, o aviltamento que as imagens sugerem.

Dessa vez, porém, a ignomínia ganhou contornos de denúncia. Foi à Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República um relato do ocorrido.

O texto chegou ao Palácio do Planalto acompanhado de fotos como as que ilustram essa notícia. Imagens captadas pela própria agência noticiosa da UnB.

O material foi à mesa de Ana Paula Gonçalves, ouvidora da Secretaria de Políticas para Mulheres. Ela tomou duas providências.

Remeteu um ofício ao Ministério Público, requerendo providências. Endereçou uma segunda correspondência à reitoria da UnB. Cobrou explicações. Continua

Comentário básico:
Acabei de encontrar no blog do Noblat
um vídeo sobre o assunto. Absurdo!!!!


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Belo Monte não é um problema ambiental. É técnico, político e jurídico.

Via Ecopolítica
Por Sérgio Abranches
27.01.2011


Ao conceder “licença parcial” a Belo Monte, Ibama fere princípios elementares jurídicos e democráticos de formulação de políticas públicas. A licença parcial é uma forma de antecipar decisões não amadurecidas. Um artifício para transformar o mal feito em fato consumado.
O Ministério Público Federal do Pará já havia recomendado ao órgão que não fragmentasse o licenciamento para acelerar o processo, principalmente porque as exigências para a licença prévia não foram cumpridas. O Ibama está, portanto, dando sinal verde para um projeto inadimplente.

A nota do ministério público diz o seguinte:

A recomendação, emitida em novembro do ano passado, dizia ao então presidente do Instituto para se abster de “emitir qualquer licença, em especial a de Instalação, prévia ou definitiva, do empreendimento denominado AHE Belo Monte, enquanto as questões relativas às condicionantes da Licença Prévia 342/2010 não forem definitivamente resolvidas de acordo com o previsto”.

A nota informa também que

Após a recomendação, em dezembro, técnicos do MPF foram até o local onde deve ser construído o canteiro de obras e constataram que as condicionantes exigidas pela Licença Prévia não foram cumpridas. “Até agora, a maioria das condicionantes encontra-se, se não no marco zero, muito aquém do previsto”, disseram os procuradores.

Os procuradores dizem que 8 mil pessoas se deslocaram até agora para a região, que já sofre colapso de infra-estrutura. É uma prévia do que acontecerá mais adiante: incontrolável deslocamento de população atraída pelas obras, com sérios prejuízos sociais, econômicos e ambientais para a região.

A licença parcial, para desmatamento, causa danos irremediáveis antes mesmo do exame definitivo das condições para licenciamento da instalação de um projeto que já não cumpriu as exigências iniciais. Posteriormente, os gastos executados dessa forma improvisada viram argumento para continuar o processo. Já vi isto acontecer e depois as autoridades dizerem: “o que está feito, está feito”. Continua


Sugestão básica:
Se você ainda não viu, veja (em português ou inglês):
Defendendo os Rios da Amazônia - Defending the Rivers of the Amazon

Nova Friburgo: antes e depois

Via O ECO
Por Gustavo Faleiros
26.01.2011



Imagens de satélite cedidas pela GeoEye - Rua Tucuruvi - Nova Friburgo






Nesta montagem abaixo, Oton Barros, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, utilizou as mesmas imagens de satélite para mostrar em perspectiva 3D, os deslizamentos.




Publicidade do governo X prevenção de desastres

Via blog do Noblat
Marcio Allemand, O Globo
27.01.2011


O primeiro ano do governo da presidente Dilma Rousseff deverá gastar em publicidade quase o mesmo valor utilizado por seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, no último ano de mandato.

O montante aprovado para campanhas publicitárias institucionais do governo em 2011 é de R$ 622 milhões, contra R$ 650 milhões de Lula. O total equivale, para efeito de comparação, aos R$ 700 milhões liberados por meio de Medida Provisória ao Ministério de Integração Nacional para prevenção de tragédias como a ocorrida na Região Serrana do Rio.

Até ser efetivamente aplicada, a verba liberada pela presidente para prevenção de tragédiaas pode demorar um ano ou mais para chegar ao seu destino. Assim como aconteceu com a cidade de Angra do Reis, que, após um ano, ainda espera a ajuda de R$ 30 milhões prometida pelo governo.

Cálculo feito pela ONG Contas Abertas revela que, considerada a população de 190,7 milhões de habitantes, cada brasileiro está pagando R$ 3,27 para obter informações sobre os atos públicos do governo.

Além disso, com os R$ 622 milhões disponíveis, o governo poderia gastar até R$ 1,7 milhão por dia com publicidade, o que deve despertar a cobiça das mais variadas agências e produtoras do país.

Os R$ 622 milhões aprovados serão divididos entre 54 órgãos. Quem ficou com a maior fatia deste bolo foi a própria Presidência da República, que terá à sua disposição R$ 210,3 milhões para gastar em publicidade, cerca de R$ 21 milhões a mais do que foi gasto ano passado, quando a despesa superou R$ 185 milhões.

Leia mais em Publicidade do governo terá em 2011 quase mesma verba liberada para prevenção e resposta a desastres

MPF no Pará contesta autorização para Belo Monte

Via Estadão
Por Karina Ninni
27.01.2011

A autorização foi concedida nesta quarta-feira e já provocou uma reação contrária em cadeia na internet

O Ministério Público Federal no Pará entrou com ação civil pública contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), contestando a autorização, concedida na quarta-feira pelo órgão, para implantação dos canteiros de obras da Usina hidrelétrica de Belo Monte. A decisão do Ibama já provocou uma reação contrária em cadeia na internet - no twitter, um protesto com a tag "parebelomonte" começou a circular já nesta quinta-feira.

Na ação, o MPF pede a suspensão imediata da licença parcial ou fragmentada concedida ontem pelo Ibama para instalação dos canteiros de obras da hidrelétrica de Belo Monte. Também são citados o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e o Consórcio Norte Energia, que ganhou a licitação para construir a usina.

De acordo com o procurador Ubiratan Cazzeta, do MPF no Pará, o foco da ação é o fracionamento da licença concedida.

"São três as etapas de um licenciamento deste tipo: a licença prévia, que foi concedida ainda no ano passado, a licença de instalação e a licença de operação. A licença prévia concedida tinha como condição para o prosseguimento do processo o cumprimento de 40 condicionantes - ambientais, sociais e de infra-estrutura. Entendemos que não se pode conceder licença para instalação do canteiro de obras se ainda não se sabe sobre o cumprimento das condicionantes", explicou Cazzeta. Ele afirma, ainda, que não existe na legislação brasileira a possibilidade de concessão de licença de instalação em partes. "A licença de instalação é uma só. Não se pode conceder licença só para o canteiro de obras." Continua

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Das estrelas ao GPS

Via Ciência Hoje
Por Adilson de Oliveira
21.01.2011


Muitas pessoas aproveitam o mês de janeiro para tirar férias e viajar. Este é, portanto, um bom momento para refletir sobre as viagens e os avanços nas formas de orientá-las. Quem levanta o tema na 'CH On-line' é o colunista Adilson de Oliveira.


Uma das primeiras formas de orientação usadas pelos viajantes foi
a observação de estrelas. No centro da imagem, é possível distinguir as cinco
principais estrelas da constelação do Cruzeiro do Sul.
(foto: Wikimedia Commons)


Atualmente, é muito mais fácil viajar do que era no passado. As viagens foram facilitadas tanto pelo desenvolvimento de novas tecnologias como pelo aumento do próprio número de viagens, o que levou a seu barateamento e tornou-as mais acessíveis para grande parte da população.

Antes do advento dos aviões a jato, as viagens aéreas para grandes distâncias eram algo penoso, principalmente por conta da pequena autonomia das aeronaves. Em qualquer viagem, mesmo dentro do Brasil, era preciso fazer várias escalas para abastecê-las. Hoje, os aviões de passageiros são capazes de viajar mais de 10 mil km sem necessidade de abastecimento.

Uma das coisas mais importantes em qualquer viagem é conhecer bem a rota e saber se a está seguindo corretamente. Desde a antiguidade, o homem criou várias formas de se orientar e encontrar os caminhos certos em suas viagens, que antes de serem simplesmente para as férias de verão, carregavam a missão de descoberta e exploração. Continua


Se lei de desmatamento fosse respeitada, mortes teriam sido evitadas no Rio, diz Crea

Jornal da Record
26.01.2011







Ibama libera canteiro de obras da usina de Belo Monte

Via Estadão
Por Edna Simão
26.01.2011


Autorização vale por 360 dias e estabelece uma série de condições que deverão ser observadas pelos empreendedores, sob o risco de cancelamento da licença


SÃO PAULO - O Ibama autorizou nesta quarta-feira, 26, ao consórcio Norte Energia, responsável pela obra da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), a implantar a infraestrutura necessária para a instalação do canteiro de obras do empreendimento. A licença, chamada de "autorização de supressão de vegetação", foi assinada nesta quarta pelo presidente substituto do Ibama, Américo Ribeiro Tunes, e está disponível no site da instituição. Com ela, o consórcio poderá fazer todo o procedimento de acampamento, canteiro industrial e área de estoque de solo e madeira.

A licença permite a supressão de 238,1 hectares de vegetação. Deste total, 64,5 hectares estão em Área de Preservação Permanente (APP). A autorização vale por 360 dias, a partir de hoje, e estabelece uma série de condições que deverão ser observadas pelos empreendedores, sob o risco de cancelamento da licença. Continua

ÁFRICA DO SUL: PARE O "ESTUPRO CORRETIVO"

Trechos da mensagem que recebi por e-mail
da AVAAZ.ORG e já assinei:

Caros amigos,

Millicent Gaika [foto ao lado] foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não morreu.

Infelizmente Millicent não é a únca, este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.

De forma surpreendente, desde um abrigo secreto na Cidade do Cabo, algumas ativistas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent sirva para suscitar mudanças. O apelo lançado ao Ministério da Justiça teve forte repercussão, ultrapassando 140.000 assinaturas e forçando-o a responder ao caso em televisão nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas. [...]

[...] Porém, a Cidade do Cabo não é a única, a ONG local Luleki Sizwe registrou mais de um “estupro corretivo” por dia e o predomínio da impunidade.

O “estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”, mas este ato horrendo não é classificado como crime de discriminação na África do Sul. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até mesmo o estupro grupal e o assassinato da Eudy Simelane, heroína nacional e estrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, não mudou a situação. Na semana passada, o Ministro Radebe insistiu que o motivo de crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo”. [...]

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade. [...]

Assine a petição AQUI!!!

DIVULGUE!

Saúde inclui violência doméstica e sexual na lista de notificação obrigatória

Via Estadão
26.01.2011

Com esses novos casos, relação contará com 45 itens; dengue também foi contemplada

Agência Brasil

BRASÍLIA - A partir desta quarta-feira, 26, os profissionais de saúde e os estabelecimentos públicos de ensino estão obrigados a notificar as secretarias municipais ou estaduais da Saúde sobre qualquer caso de violência doméstica ou sexual que atenderem ou identificarem.

A obrigatoriedade consta da Portaria nº 104 do Ministério da Saúde, publicada nesta quarta no Diário Oficial da União, texto com o qual o ministério amplia a relação de doenças e agravos de notificação obrigatória.

Atualizada pela última vez em setembro de 2010, a Lista de Notificação Compulsória (LNC) é composta por doenças, agravos e eventos selecionados de acordo com critérios de magnitude, potencial de disseminação, transcendência, vulnerabilidade, disponibilidade de medidas de controle e compromissos internacionais com programas de erradicação, entre outros fatores.

Com a inclusão dos casos de violência doméstica, sexual e outras formas, a relação passa a contar com 45 itens. Embora não trate especificamente da violência contra as mulheres, o texto automaticamente remete a casos de estupro e agressão física, dos quais elas são as maiores vítimas. A Lei 10.778, de 2003, no entanto, já estabelecia a obrigatoriedade de notificação de casos de violência contra mulheres atendidas em serviços de saúde públicos ou privados.

Responsável pelas delegacias da Mulher de todo o Estado de São Paulo, a delegada Márcia Salgado acredita que a notificação obrigatória dos casos de violência, principalmente sexual, vai possibilitar o acesso das autoridades responsáveis a números mais realistas. De acordo com Márcia, os casos de agressão contra a mulher não tinham de ser obrigatoriamente notificados às autoridades policiais. Continua


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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Google apresenta sistema de acesso a arquivos do Museu do Holocausto

Via Estadão
26.01.2011

Mais de 130 mil imagens em alta resolução de vítimas do massacre nazista estão disponíveis no site


JERUSALÉM - O Google apresentou nesta quarta-feira, 26, em Tel Aviv, um novo sistema que facilita o acesso aos arquivos fotográficos e documentários do Museu do Holocausto, o Yad Vashem, em Jerusalém.

O novo sistema, chamado Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR, da sigla em inglês), foi apresentado pelo diretor do Museu do Holocausto, Avner Shalev, e o diretor executivo da Google em Israel, Yossi Matias.

Os dois reforçaram a importância da iniciativa, anunciada na véspera do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, para que seja lembrado o massacre de 6 milhões de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Em entrevista coletiva, Shalev explicou que um dos objetivos da instituição que preside "é a busca de formas inovadoras para que a enorme quantidade de informação de nossos arquivos esteja acessível a um público cada vez maior".

O diretor ainda afirmou que nesse empenho "o Google é um parceiro que vai nos ajudar a chegar às novas gerações, a um público jovem". "Trabalhamos para levar à rede a herança cultural e a história do mundo", comentou Matias.

Em uma primeira fase, o novo sistema permitirá o acesso em alta resolução de 130 mil fotografias de vítimas do massacre nazista, que podem ser localizadas através dos arquivos do Museu do Holocausto.

fonte

Estudo mostra que a violência sexual é mútua entre namorados

Via Agência Fiocruz de Notícias
Por Fabíola Tavares
24.01.2011


Na violência entre casais, frequentemente, a mulher é a vítima, é o que mostra os trabalhos realizados por instituições governamentais e outras entidades que se debruçam sobre o estudo do tema. Porém, quando essa violência é estratificada por idade, percebe-se que entre a faixa de jovens, de 15 a 19 anos, de ambos os sexos, desempenham o papel de agressor e de vítima ao mesmo tempo, como mostra pesquisa feita na Fiocruz Pernambuco. Diferente da maioria dos estudos existentes, no qual a violência é pesquisada apenas tendo um dos sexos como agressor ou vítima, o estudo Perpetração da violência sexual entre namorados adolescentes em Recife – PE: prevalência, padrão de direcionalidade e fator de associação abordou a mutualidade da violência entre casais de namorados.

O toque forçado caracteriza violência sexual (Foto: Fabíola Tavares)

A pesquisa considerou como violência sexual ações que vão desde a insinuação, passando eplo toque forçado, até o estrupo. A violência sexual foi um ato assumido por 67,3% dos 290 jovens namorados que participaram do estudo, como já cometido por ambos os parceiros. No entanto, quando as ações são praticadas apenas por um dos namorados, vê-se que, isoladamente, os rapazes agridem mais (23,7%) do que as garotas (9%). Continua

A gramática social da tragédia

Via Portal Terra
Por Edmilson Lopes Júnior
14.01.2011


Câmeras de TVs capturaram os diversos ângulos da tragédia que se abateu sobre a região serrana do Rio de Janeiro. As imagens do alto e de baixo mostravam cenas de destruição e pessoas desesperadas. Casas, vidas e projetos de futuro arrastados montanha abaixo pelas chuvas de janeiro. Chuvas que desde o final de semana passado traziam dor e sofrimento aos moradores mais pobres de municípios da Grande São Paulo.

As esperadas tragédias de janeiro, neste ano, ganharam uma dimensão diferente. Não ficaram circunscritas aos lugares distantes, lá nas periferias onde pobres constroem suas precárias habitações em várzeas e margens de rios. As águas derrubaram casas luxuosas em cenários nos quais se desenvolve uma indústria turística requintada, destinada ao consumo conspícuo da burguesia e da classe média alta. A lama que varreu do mapa as casas mais vulneráveis, mas também adentrou as pousadas e hotéis de luxo da região serrana fluminense. Às mortes dos que, destituídos de identidade, tornam-se números nas estatísticas oficiais, somaram-se àquelas de pessoas com nome, sobrenome e vinculação com empresas e instituições que formatam o poder no país.

Por um momento, na inenarrável dor da perda, parecemos mais próximos. O bolo amargo que teima em não descer pela garganta de cada um de nós, cada vez que revemos as cenas de destruição, pareceu germinar uma solidariedade para além das classes sociais. E isso não seria pouco em um país no qual, normalmente, como aponta-nos o sociólogo Jessé Sousa, o valor da vida humana é maior ou menor dependendo do estrato social a que o indivíduo pertence. Continua

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um museu de grandes novidades - Entrevista com Tadeu Chiarelli

Via Itaú Cultural
Janeiro de 2011
Por Marco Aurélio Fiochi
Foto André Seiti




O diretor do MAC/USP fala sobre as novas instalações do museu






O tempo não para, e depois de 48 anos o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), um dos mais importantes da capital paulista, está prestes a mudar de casa. Ele passa, ainda neste primeiro semestre, a ocupar o prédio do antigo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran), integrante do conjunto arquitetônico do Parque do Ibirapuera, porém apartado deste pela Avenida 23 de Maio. A mudança é audaciosa. Para tanto, o imponente edifício de 29,9 mil m2, projetado por Oscar Niemeyer num terreno de mais de 44,3 mil m2 e inaugurado em 1954, enfrentou mais de dois anos de reforma, bancada pela Secretaria de Estado da Cultura. Na nova sede, segundo o diretor da instituição, o crítico e historiador da arte Tadeu Chiarelli, será possível mostrar de forma permanente quase todo o acervo, que conta com cerca de 10 mil obras, de vários formatos, dos períodos moderno e contemporâneo no Brasil e no exterior. Curador de renome na arte brasileira e professor titular da universidade, Chiarelli fala, nesta entrevista, concedida no canteiro de obras, do futuro do museu e ressalta o aspecto simbólico da mudança: "Vamos devolver ao público aquilo que é público. O MAC hoje só mostra 1% de sua coleção. Serão seis andares de arte e um anexo, um espaço magnífico".

Por Marco Aurélio Fiochi | Fotos André Seiti

Para sua carreira, o que representa ser nomeado diretor do MAC? Como se deu esse processo?
Existe uma norma na USP na qual só podem ser diretores dos museus da universidade os professores titulares, profissionais que já teriam percorrido toda a trajetória universitária. Na época da nomeação [em abril de 2010, para um período de quatro anos] eu havia acabado de fazer o exame de titularidade. O profissional que segue a carreira acadêmica é fundamentalmente um servidor público e deve se preparar para assumir as atribuições que vão aparecendo. Assumir o MAC é a responsabilidade máxima de um professor ligado à história e à crítica da arte. Mesmo se tivesse outros planos, não poderia me furtar a aceitar. Ainda mais num momento tão crucial quanto este. Tenho a honra de ter colegas que desenvolvem seu trabalho há muitos anos, como as docentes Cristina Freire [vice-diretora], Helouise Costa [coordenadora da Divisão de Pesquisa em Arte - Teoria e Crítica] e Ana Magalhães [membro do Conselho Deliberativo], entre outros. É uma equipe de altíssima qualidade, o que aumenta meu compromisso. Tem sido importante conviver com esses profissionais e discutir os rumos do museu. Uma experiência que vai ter frutos significativos.

O MAC está dividido em três espaços [dois na USP e um na Fundação Bienal]. Com a mudança para o novo prédio, o que significa reunir esse museu fragmentado?

Com a vinda para a nova sede, espera-se que o museu possa, em primeiro lugar, mostrar o acervo que reúne. Na sede atual, só é possível mostrar 1% da coleção [que conta com cerca de 10 mil obras]. Não é possível apresentá-lo em sua totalidade nem com o potencial que ele tem para a interpretação da arte moderna e contemporânea. Termos um espaço definitivo e tão amplo é fundamental para que a instituição dê prosseguimento à sua missão: com foco no acervo, produzir exposições e desenvolver um trabalho consistente e duradouro com o público. De fato, a fragmentação prejudica muito seu cotidiano. Mas a mudança não significa que o MAC deixará a universidade. Não podemos perder a interlocução com o campus. Manteremos o edifício maior, em frente à reitoria, para aulas e exposições específicas. A outra sala no campus, de menor tamanho, será devolvida à administração, bem como o ambiente no prédio da Fundação Bienal. A sede na Cidade Universitária será o MAC acadêmico. As disciplinas de graduação e pós-graduação [oferecidas como optativas aos alunos da USP], além das atividades nitidamente pedagógicas, serão mantidas naquele lugar.

Como será o novo espaço?

Serão seis andares de arte [as áreas expositivas vão do segundo ao sétimo piso]. No primeiro andar, vai haver um auditório e a parte administrativa. No oitavo, um mirante e um restaurante. Quatro andares serão destinados à exposição permanente do acervo e dois a exposições temporárias. Uma parte, perto dos elevadores, abrigará salas especiais, para exposições monográficas de artistas bem representados na coleção, como Di Cavalcanti, Yolanda Mohalyi. Há outro edifício, o Anexo, também parte do projeto original [com 3.284 m2], um dos mais generosos que existem para a exibição de obras de arte contemporânea. Os artistas vão deitar e rolar! No Anexo, faremos exposições de artistas contemporâneos vivos, que vão produzir para o museu. Ou seja, o conjunto do espaço expositivo é magnífico [com mais de 11,1 mil m2].

O cronograma de exposições sofrerá alterações?

As obras do acervo ficarão no mínimo um ano expostas, com mudanças pontuais, devido a pesquisas dos curadores. É o que chamamos de exposição de longa duração. A ideia é que a coleção fique à disposição do público. Nos anos 1970, quando fui aluno de Walter Zanini, ele falava: "Todo cidadão de São Paulo tem o direito de entrar na Pinacoteca do Estado para ver o Caipira Picando Fumo [pintura de Almeida Júnior, de 1893] quando quiser, pois é um patrimônio público". O único autorretrato que Modigliani pintou é do MAC. Sei que há muitos cidadãos que adoram essa obra e a veem pouco. Quero voltar a fazer o que Zanini fazia na direção do MAC: o quadro do Modigliani tem de estar à disposição para que as pessoas o vejam quantas vezes desejarem. O museu tem de cumprir a função de devolver ao público o que é público. No tocante às exposições temporárias, elas não terão menos que seis meses. Não acredito que se consiga fazer um bom trabalho de formação de público em exposições que duram 40 dias. Como é um museu universitário, o foco na formação do público é visceral. A instituição não tem necessidade de acelerar exposições, não faz parte de seu perfil. Portanto, pode trabalhar a potencialidade das obras. Não vou expor um artista porque tenho espaço, mas, sim, aquele que o conselho do museu considerar importante, sobretudo, ao acervo.

Qual é sua percepção da reação de outras instituições culturais da cidade à ampliação do MAC?

Os colegas na direção de outras instituições paulistanas, que admiro profissionalmente, além de ser meus amigos, como Jorge Schwartz (do Museu Lasar Segall), Teixeira Coelho (do Masp) e Marcelo Araújo (da Pinacoteca), estão bastante entusiasmados. Faz-me muito bem contar com o apoio deles, pois todos, direta ou indiretamente, estão ou estiveram ligados ao MAC. Se pensarmos no circuito como um todo, as pessoas têm muita expectativa sobre o MAC, pois nos anos 1960 e 1970, com a direção do Zanini, o museu tinha uma presença muito significativa na cena cultural e artística da cidade. Artistas e curadores têm um grande carinho pelo museu e imaginam visitas ao acervo para rever obras que há tempos não são apresentadas. As pessoas em geral, quando são informadas de que o prédio do antigo Detran vai ser um museu, se admiram. É um espaço muito importante para a cidade e foi tão malcuidado. A população sente que é uma devolução, pelo poder público, de um patrimônio que estava vilipendiado.

Fale sobre a formação do acervo do MAC.

O acervo do MAC é brilhante, um dos melhores de arte moderna e contemporânea da América Latina. O núcleo original vem da coleção doada por Ciccillo Matarazzo e Yolanda Penteado [fundadores do MAM/SP, em 1948] e dos prêmios aquisição das edições da Bienal de São Paulo que foram realizadas até 1962. Nele, há obras extremamente significativas: uma das maiores coleções de arte italiana do período entreguerras, fora da Itália, está no MAC. A obra mais antiga é de Giacomo Balla, uma pintura de 1906, e há obras fundamentais de Modigliani, entre outros. A parte modernista internacional do acervo está muito bem representada, bem como a modernista nacional da primeira metade do século XX, com Tarsila, Di Cavalcanti e Portinari, que estabelecem um diálogo muito potente. Outra parte importante é a coleção de arte dos anos 1960 e 1970. Walter Zanini [diretor entre 1963 e 1978] foi fundamental ao museu, pois trabalhou as vertentes conceituais do acervo. Ele comprava ou ganhava obras que são disputadas por museus internacionais. Mas o público não conhece aprofundadamente esse núcleo, fundamental para entender a arte contemporânea. Temos outro segmento muito importante, de arte dos anos 1980, que foi configurado com Aracy Amaral [membro do Conselho Administrativo de 1980 a 1982]. Cada diretor do museu cuidou de diferentes aspectos dessa grande coleção. Outras bastante significativas, como parte da Cid Collection, a coleção do extinto Banco Santos, está sob a guarda do museu.

Como você vê esse acervo no futuro?

Eu e os curadores já começamos a mapear as lacunas e a projetar a expansão da vertente contemporânea. É um museu de arte contemporânea, então tem de dialogar intensamente com a produção atual. Na inauguração, junto com a exposição do acervo, faremos uma com artistas brasileiros muito jovens, para demonstrar que, além de trabalhar seu acervo, o museu não deixa de pensar nas obras mais recentes que quer adquirir. O museu não está aberto a ofertas. Vamos escolher aquilo que interessa para expandir e referenciar a coleção. Essa é a política de aquisições.

O que está sendo planejado para as áreas técnicas do museu?

O MAC sempre primou pela qualidade e sofisticação do trabalho que desenvolve na conservação e no restauro de suas obras. Na sede do campus há um laboratório em que trabalham especialistas. São salas projetadas para guarda, preservação, estudo e restauro das peças. Isso será reproduzido na nova sede. Além da reforma, está sendo construído um edifício defronte ao Anexo, para abrigar as áreas técnicas [que compreendem reservas e laboratórios de conservação, em um espaço de 3.983 m2] e manter a qualidade da sede atual. Apenas parte do mobiliário será transferida para esse prédio, pois cerca de 90% dos equipamentos serão comprados para manter o padrão e para que se trabalhe com tecnologia mais avançada. Na reserva técnica laboratorial será possível ministrar aulas, e os alunos dos cursos do MAC terão um contato mais próximo com as obras.

Há algum estudo para facilitar a chegada do público ao museu? A entrada passará a ser cobrada?

Manteremos a gratuidade da visita. Quanto à acessibilidade, ela já foi pensada. Há três entradas para o edifício. Quando inaugurado, o público poderá entrar pela passarela [Ciccillo Matarazzo, que atravessa a Avenida 23 de Maio, ligando o parque ao edifício], que será reformada. Nesse caso, a pessoa que estiver passeando no Ibirapuera poderá atravessar a passarela e visitar o museu. Será possível entrar e sair do espaço como se a pessoa estivesse num parque, numa praça pública. A ideia é integrar ao máximo o MAC ao Ibirapuera. Haverá um jardim de esculturas no entorno do prédio [com cerca de 16 mil m²] em que o visitante pode passear, descansar. O estacionamento [na Rua Dante Pazzanese] será outra entrada. A terceira entrada será pela Avenida 23 de Maio.

Como você vê a inserção do MAC no circuito dos grandes museus latino-americanos?

O edifício do novo MAC não foi pensado para ser museu [o Palácio da Agricultura foi construído para abrigar a secretaria estadual voltada a esse setor]. Ele está sendo adaptado. Mas não é qualquer construção. É um prédio projetado por Oscar Niemeyer no melhor momento de sua arquitetura e também da produção arquitetônica brasileira, o início da década de 1950. Isso é muito simbólico. A construção é um grande monumento. Esse é o primeiro diferencial do museu. Ele já vem imantado pela excelência do autor do projeto e pela qualidade do resultado. Dessa forma, uma das principais obras do MAC é o edifício em que será implantado. Acho que quando o novo MAC estiver operando se igualará a museus como o Malba, o Masp e a Pinacoteca do Estado. No tocante à coleção internacional, ele ombreia o Masp, embora este tenha mais obras e peças mais antigas. O Malba tem mais artistas latino-americanos, porém o MAC não está limitado a essa região. Ele está no mesmo patamar de qualidade dos museus do continente.


Informação básica:
Na página de onde foi retirada esta entrevista, tem um pequeno box que nos leva às fotos do novo Museu de Arte Contemporânea de São Paulo.


Adelidia Chiarelli




Ibama lança o primeiro relatório sobre comercialização de agrotóxicos no país

Via EcoDebate
25.01.2011


A partir de 2008 o Brasil assumiu o posto de maior mercado consumidor de agrotóxicos no mundo. As vendas do produto somaram U$$ 7, 125 bilhões, diante U$$6, 6 bilhões do segundo colocado, os Estados Unidos, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag). O uso de agrotóxicos é parte fundamental do modelo agrícola que apresenta elevados índices de produtividade. Seu impacto social e ambiental demanda constante preocupação por parte da sociedade, esclarece o texto do relatório sobre comercialização de agrotóxicos lançado recentemente pelo Ibama.

A publicação Produtos agrotóxicos e afins comercializados em 2009 no Brasil é um novo instrumento de gestão pública e de informação para a sociedade sobre quais são os produtos mais usados, onde estão sendo comercializados e os índices de toxicidade ao meio ambiente dos princípios ativos autorizados. Organizado pela Coordenação Geral de Avaliação de Substâncias Químicas da Diretoria de Qualidade Ambiental, o relatório é uma obrigatoriedade legal estabelecida no art. 41 do Decreto 4.074 de 2002.

A sistematização e divulgação dessas informações são fundamentais para o conhecimento do emprego dos agrotóxicos pela agricultura e pelo setor produtivo brasileiro. Os dados agora acessíveis vão auxiliar o governo nas decisões regulatórias, na fiscalização e na autorização de estudos para o registro de alternativas menos impactantes. O relatório também vai permitir uma melhor definição de prioridades na escolha das substâncias para avaliação de impactos ambientais, como contaminação das águas e efeitos adversos na fauna.

O Coordenador Geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, Márcio Freitas, atribui ao relatório dois aspectos fundamentais: “São informações que auxiliam tanto o usuário como o pesquisador e que vão permitir ao poder público uma maior capacidade de regulação sobre a indústria”. Continua

Livros para todos

JC e-mail 4184, de 24 de Janeiro de 2011.
Livros para todos


Novo presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, que também será responsável pela gestão de políticas de leitura, pretende estimular a produção de obras mais baratas e sonha com livrarias populares

Fazer do livro um artigo acessível a todos é a grande meta do jornalista e escritor Galeno Amorim. Confirmado na última sexta-feira como novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Amorim vai administrar a distribuição de obras para seis mil unidades públicas gerenciadas por prefeituras, além de traçar os rumos da oitava maior biblioteca do mundo em acervo.

Ex-secretário de Cultura de Ribeirão Preto e com passagens pelo governo Lula, inclusive na FBN, ele foi incumbido pela ministra Ana de Hollanda de preparar o terreno para a criação do Instituto Nacional de Livro e Leitura. Para isso, num primeiro momento ele vai acumular a gestão dos acervos das bibliotecas com as elaborações de políticas públicas para o setor.

Entre suas metas, Amorim pretende criar um mecanismo de incentivo para que as editoras apostem em livros populares, mais baratos, a fim de alcançar os consumidores das classes C, D e E.

Em entrevista ao Globo, ele expôs sua visão sobre direito autoral e acesso à leitura, e disse imaginar uma livraria popular nos moldes das farmácias populares.

- Quais serão as prioridades de sua gestão à frente da Biblioteca Nacional?

Eu gostaria de acelerar o processo de inserção da Biblioteca Nacional no cenário brasileiro e também no cenário internacional. E, em outra ponta, gostaria de fortalecer o Plano Nacional do Livro e Leitura, de forma a ampliar o acesso ao livro e aumentar o índice de leitura no Brasil, que hoje é de 4,7 obras lidas por habitante por ano.

- Como ampliar esse acesso?

É possível buscar com o setor privado a criação de um livro popular. Seria um livro mais barato, sobretudo para esse novo leitor que vem das classes C, D e E. A principal forma de acesso ao livro é via biblioteca pública. Mas, ao mesmo tempo, é preciso criar condições para as pessoas poderem comprar um livro mais barato. Isso é importante para o leitor, que aumenta suas possibilidades; para as editoras, que recuperam produtos fora de catálogo e podem criar subprodutos; para o autor, que pode ampliar a quantidade de exemplares; e também para as livrarias, que podem oferecer um produto diferenciado. Pode, por exemplo, haver uma livraria popular, como são as farmácias populares. Continua

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

As catástrofes (in)evitáveis e a responsabilidade do Estado

Via Portal Terra
Rizzatto Nunes, de São Paulo
24.01.2011


Os acontecimentos dos últimos dias envolvendo o drama das pessoas nos alagamentos em São Paulo, Minas Gerais e especialmente no Rio de Janeiro são o retrato de mais uma crônica de tragédia anunciada que, ao que tudo indica, infelizmente, se repetirá no ano que vem, assim como já aconteceu no ano passado, no anterior, no anterior etc. Um longo etecetera de catástrofes, que poderiam ter sido evitadas.

Como é que o agente público, tão eficiente para multar e cobrar, não consegue sequer prever a quantidade de chuvas que cairá? Como é que não obtém antecipadamente a medida da quantidade de água de uma represa e quanto ela ainda poderia suportar nos dias seguintes? Como é que não enxerga a ocupação desordenada de áreas de risco? Continua

Símbolo da Mata Atlântica, onça pintada corre risco de extinção

Via Jornal Nacional
22.01.2011






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Parque do Iguaçu é exemplo de preservação da Mata Atlântica // Mata Atlântica do Piauí é destruída para a produção de carvão



Região serrana fluminense poderá ter ‘epidemia’ de problemas mentais, alerta psicóloga

Via EcoDebate
Por Vladimir Platonow, da Agência Brasil
24.01.2011


Os municípios da região serrana do Rio atingidos pelas chuvas que já causaram mais de 790 mortes devem se preparar para enfrentar uma verdadeira “epidemia de problemas mentais”. A perda de parentes e amigos vai deixar marcas que levarão meses, até anos para, cicatrizar. O alerta é da psicóloga Katrina Pereira, que trabalha no Hospital Pedro Ernesto, no Rio. Desde os primeiros dias da catástrofe, ela se transferiu para Nova Friburgo, onde está atuando como voluntária no hospital de campanha da Marinha.

“A nossa cidade vai sofrer com a saúde mental durante muito tempo e vai precisar de um suporte. Os lutos patológicos vão ser grandes, porque muitas pessoas não conseguiram sequer enterrar seus familiares. Então, fica aquela esperança de que podem estar em algum hospital, que tenham sido socorridos. Outros conseguiram enterrar, mas foi de uma forma tão rápida que nem elaboraram ainda essa perda“, explicou a psicóloga.

Katrina Pereira alertou também para um possível aumento de casos de suicídio, que deve ser detectado com antecedência por uma rede de atendimento público. “Haverá aumento nos casos de depressão e riscos de suicídio e a cidade vai ter que acordar para isso. Perder filhos, mulher, perder tudo, acaba ficando sem sentido para a vida.”

Segundo ela, também haverá mais incidência de doenças físicas como pressão alta, diabetes e úlceras, decorrentes de problemas psicológicos. Outros buscarão nas drogas e no alcoolismo uma fuga para a dor das perdas.

Ela explica que cada indivíduo vai trabalhar de forma diferente essas perdas e que, nesse momento, é importante que se fortaleça a rede de relacionamentos em torno da pessoa atingida pela tragédia, seja de vizinhos, colegas de trabalho ou amigos. Só agora, alerta a psicóloga, passados mais de dez dias da tragédia é que as pessoas vão realmente acordar para o que aconteceu.

“Depois que ela [vítima] sair da fase aguda [da crise psicológica], é preciso fazer um trabalho para que se crie novamente esperança para reconstruir uma casa, para ir atrás de uma vida melhor, de um novo emprego, de uma nova família. Não vai apagar essa dor que ficou. A saudade vai se estender, mas existe vida pela frente. Cada um vai encontrar um motivo próprio para encarar e superar tudo isso”, assegurou a psicóloga com otimismo. Continua

Novas regras limitam a emissão de superpassaportes

Via blog do Josias de Souza
24.01.2011



Fábio Pozzebom/ABr
O chanceler Antonio Patriota (foto) deve entregar nesta segunda (24) a Dilma Rousseff proposta de reforma das regras para a emissão de passaportes diplomáticos.

São duas as principais alterações, informa a repórter Natuza Nery, na Folha. Ambas se referem à expedição de passaportes em “caráter excepcional”.

Numa prevê-se que, doravante, os beneficiários do mimo terão seus nomes veiculados no ‘Diário Oficial da União’. Algo que não ocorre hoje.

Noutra, limita-se a excepcionalidade aos casos de pessoas que tenham de viajar ao exterior em missão oficial do governo brasileiro.

O documento teria prazo de validade limitado ao tempo de duração da viagem. Se aceitas, as novidades vão a um decreto presidencial.

O Itamaraty faz por pressão o que deixou de fazer por obrigação. Foi arrancado da letargia por um lote de revelações incômodas. Continua

domingo, 23 de janeiro de 2011

Cuidar da fauna é um dos desafios da preservação da Mata Atlântica

Jornal Nacional
21.01.2011







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Burocracia ainda é um dos principais entraves à pesquisa científica no País

Via Estadão
Por Alexandre Gonçalves
23.01.2011

Falta de recursos financeiros deixa de ser a principal reclamação. Dificuldades para compra e importação de insumos obrigam cientistas a mudar definição inicial de projetos

Na quarta-feira, o biólogo brasileiro Stevens Rehen encontrou à venda na internet um meio de cultura para células-tronco. Por 73 libras esterlinas (cerca de R$ 195), qualquer internauta pode adquirir 500 mililitros do produto, licenciado por uma universidade americana e comercializado por uma firma inglesa.

Na embalagem, não há qualquer indicação de que o substrato custou três anos de pesquisa e vários dissabores para Rehen, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) responsável pela primeira linhagem brasileira de células de pluripotência induzida. Infelizmente, as vendas no site não renderão ao País um único centavo.

Sua história ilustra bem a frustração de muitos pesquisadores brasileiros. Satisfeitos com o aumento das verbas públicas destinadas à ciência, ainda se debatem com uma burocracia kafkiana - como a define Rehen - e uma imensa dificuldade para transformar descobertas de bancada em produtos. Continua

'Negar as mudanças climáticas é como negar a evolução das espécies'

Via Estadão
Por Ivan Marsiglia e Carolina Rossetti
22.01.2011

Alerta que vem da lama

Biogeógrafo americano Jared Diamond afirma que estamos
sob risco de suicídio ecológico, mas há saída



Dilúvio. Capela de Santo Antônio, em Nova Friburgo, dia 21: 'Precisamos estar preparados para um número cada vez maior de tragédias relacionadas a mudanças climáticas'

Rubbish! É a resposta - em bom inglês - do biogeógrafo americano Jared Diamond para a pergunta sacada com frequência pelos "céticos do clima" no afã de congelar o debate ambiental: o aumento da temperatura do planeta, ao qual se atribui a intensificação dos ciclos de calor e frio testemunhada hoje por toda a parte, pode ser o resultado de um ciclo natural da Terra? Rubbish - lixo, besteira. "A ideia de que as mudanças climáticas que estamos presenciando hoje são naturais é tão ridícula quanto a que nega a evolução das espécies", fustiga o autor de Colapso (Record, 2005), um tratado multidisciplinar de 685 páginas na edição brasileira que analisa as razões pelas quais grandes civilizações do passado entraram em crise e virtualmente desapareceram. E a questão assustadora que emerge de seu olhar sobre as ruínas maias, as estátuas desoladoras da Ilha de Páscoa ou os templos abandonados de Angkor Wat, no Camboja, é: será que o mesmo pode acontecer conosco?

A resposta de Diamond, infelizmente, é sim. Ganhador do Prêmio Pulitzer por sua obra anterior, Armas, Germes e Aço (Record, 1997), em que focaliza as guerras, epidemias e conflitos que dizimaram sociedades nativas das Américas, Austrália e África, o cientista americano há anos nos adverte sobre os cinco pontos que determinaram a extinção de civilizações inteiras. O primeiro, é a destruição de recursos naturais. O segundo, mudanças bruscas no clima. O terceiro, a relação com civilizações vizinhas amigas. O quarto, contatos com civilizações vizinhas hostis. E, o quinto, fatores políticos, econômicos e culturais que impedem as sociedades de resolver seus problemas ambientais. Salta aos olhos em sua obra, portanto, a centralidade que tem a ecologia na sobrevivência dos povos.

Foi na semana subsequente à pior catástrofe natural da história do País, na região serrana do Rio de Janeiro - a mesma em que um arrepiante tornado surgiu nos céus de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense -, que Jared Diamond falou por telefone ao Aliás. Às vésperas do lançamento no Brasil de um de seus primeiros livros, O Terceiro Chimpanzé (1992), o professor de fisiologia e geografia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, fala das providências cruciais que o ser humano deverá tomar nos próximos anos para garantir sua existência futura. Diz que as elites políticas, seja nos EUA, na Europa, nos países pobres e nos emergentes, tendem a tomar decisões pautadas pelo retorno em curto prazo - até um ponto em que pode não haver mais retorno. Avalia que o Brasil dos combustíveis verdes tem sido "uma inspiração para o mundo", mas também um "mau exemplo" na preservação de suas florestas tropicais. E fala da corrida travada hoje, cabeça a cabeça, entre "o cavalo das boas políticas e aquele das más", que vai determinar o colapso ou a redenção das nossas próximas gerações. Continua




Chuva deixa 5 mortos e 13 mil fora de casa em Santa Catarina

Jornal Nacional
22.01.2011






texto



Seu paaaadreee, ki ké isso????!!!!

Jornal da Record
22.01.2011

Igreja Católica sorteia carro carregado de cerveja em Ribeirão Preto (SP)







Perguntinha básica:
Seu padre, por que não água benta?

Adelidia Chiarelli


Jogos de computador simulam briga entre torcidas organizadas em GO

Jornal da Record
22.01.2011







Comentário  básico:
Absurdo!!!!!!


sábado, 22 de janeiro de 2011

Conheça o mangue onde moram 30 mil pessoas em palafitas precárias

Jornal da Record
21.01.2011







Itaipu é a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia

Jornal Nacional
20.01.2011








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Parque do Iguaçu é exemplo de preservação da Mata Atlântica // Mata Atlântica do Piauí é destruída para a produção de carvão



UnB hesita em punir estudantes por trotes violentos

Via blog do Josias de Souza
21.01.2011
Imagem: Luana Lleras/Ag.UnB




A foto acima exibe imagem captada nas dependências da UnB em julho de 2010. Depois de atravessar o stress do vestibular, os calouros foram submetidos ao trote. Deu-se num curral assentado atrás do Centro Acadêmico de Agronomia, sob o comando de estudantes veteranos.

Com as testas encostadas na extremidade superior de cabos de vassoura, os novatos rodaram até ficar tontos. Alguns levaram palmadas. Zonzos, meteram-se numa “piscina” em que se misturavam lama, restos de vegetais, folhas, galhos e lixo.

Foi apenas uma das passagens da temporada de trotes de 2010. Houve mais. As boas-vindas aos calouros oscilaram entre a humilhação e a homofobia. Desde então, a cúpula da UnB discute o que fazer para evitar a reiteração das práticas. Continua

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Repetição básica:
Para mim isso é conivência com a delinquência!

Adelidia Chiarelli


Clima: Há no Congresso 88 projetos ‘anti-desastres’

Via blog do Josias de Souza
21.01.2011

Escorre pelos escaninhos do Congresso Nacional uma enxurrada de projetos sobre desastres naturais. No Senado, há 48. Na Câmara, 40.

A torrente de projetos revela a repetição no Legislativo de uma tragédia comum ao Poder Executivo: a lamentação depois do fato.

Com uma diferença: no Legislativo a lamúria é mais inútil e irracional. Onde há 88 projetos anti-desastres não há nenhum.

A ação legislativa gira no ritmo do ciclo das chuvas. Começa-se a debater os efeitos das forças da natureza enquanto são contados os corpos do penúltimo desastre.

Depois, os protocolos das duas Casas do Parlamento são inundados de proposições. Algumas sugerem coisas definitivas sem definir muito bem as coisas.

Numa terceira fase, os projetos vão às comissões. Ali, dormitam nas gavetas até o surgimento da tragédia seguinte, que reaquece a atmosfera congressual.

O desastre da região serrana do Rio de Janeiro pegou o Congresso em pleno recesso. Decidiu-se não privar o noticiário da habitual reação pós-fato. Continua


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No primeiro conjunto do Minha Casa, Minha Vida, venda de imóveis e calote

Via Estadão
Por Edna Simão e Tiago Décimo
20.01.2011

FEIRA DE SANTANA, Bahia - Apenas seis meses depois de entregues as chaves, o primeiro empreendimento do Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias de baixa renda tornou-se uma espécie de assentamento urbano com comércio ilegal de apartamentos e abandono dos imóveis por falta de pagamento das prestações de R$ 50, colocando em xeque o programa xodó da presidente Dilma Rousseff. Continua

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Comprador de um dos apartamentos do Nova Conceição é proprietário de uma picape de luxo, último modelo
Via Estadão
Por Edna Simão e Tiago Décimo
21.01.2011

A debandada das famílias de baixa renda pressionadas pelas cobranças da Caixa Econômica Federal (CEF) começa a mudar o perfil do Residencial Nova Conceição. O cenário antes de apartamentos simples e de gente sem bens contrasta com a picape Nissan Frontier bege metálica, último modelo, estacionada na alameda A, à entrada do conjunto. O valor de mercado do veículo (modelo 2011) oscila entre R$ 90 mil e R$ 121 mil.

O proprietário do automóvel, um comerciante identificado apenas por "Cigano" no conjunto, que teria como principal negócio a venda de colchões, é pouco conhecido no condomínio. Segundo os relatos, ele não conversa com os vizinhos e prefere não ser abordado. Continua