sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

As 50 frases mais polêmicas de Lula

Via blog do Noblat
31.12.2010

Juliana Castro, O Globo

Nunca antes na história deste país um presidente pronunciou tantas frases marcantes e polêmicas quanto Luiz Inácio Lula da Silva. Em diversas solenidades, Lula jogou para escanteio os discursos produzidos pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, e partiu para o improviso.

Foi quando proferiu a maioria das frases que em poucos minutos foram parar nas manchetes dos sites e, no dia seguinte, ocuparam as principais páginas dos jornais. O site do GLOBO reuniu 50 frases do presidente, que se despede neste sábado do poder depois de oito anos.

Leia mais em Relembre as 50 frases mais polêmicas de Lula durante os oito anos de mandato



Atualização - 01.01.2011:
- Dilma desfilará de carro ao lado da filha
- Lula: ‘Se Dilma vacilar, eu saio correndo com a faixa’
- Historicida, Lula quer apagar da biografia o mensalão

Comentário básico:
Espero que Dilma continue a dizer não!



Posse de Dilma


- Pós-Lula inquieta PT e desafia Dilma
- Dilma no poder: novos gostos e costumes

- Posse - Globo News - Ao Vivo


Lula decide pela permanência de Cesare Battisti no Brasil

Via Estadão
Por Felipe Recondo
31.12.2010


Presidente acatou argumento da AGU, que usando um artigo do Tratado de Extradição entre Brasília e Itália, avaliou que extradição colocava a vida do ex-ativista em risco de perseguição e até de morte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de decidir, depois de uma reunião, nesta sexta-feira, 31, com o Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, que o ex-ativista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos na década de 70, vai continuar no País, não sendo, portanto, extraditado para a Itália.

Em seu último dia no cargo, Lula acatou o argumento da AGU, que, usando um artigo do Tratado de Extradição entre Brasília e Itália, avaliou que a extradição de Battisti colocava a vida do ex-ativista em risco de perseguição e até de morte.

Battisti foi condenado a prisão perpétua na Itália em 1987 por quatro assassinatos promovidos pela organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Preso na Penitenciária da Papuda desde março de 2007, aguardava uma decisão do presidente sobre sua extradição. Lula não queria deixar o caso para ser resolvido pela futura presidente Dilma Rousseff.

Lula recebeu na última quinta-feira, 30, a recomendação expressa da Advocacia-Geral da União (AGU) para que negasse a extradição do ex-ativista para a Itália. A AGU alegou que o tratado de extradição entre o Brasil e a Itália dá espaço para o presidente manter Battisti no País, independentemente da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a extradição de Battisti. Continua


Leia também:
- Itália chama embaixador para consultas no caso Battisti
- Lula niega la extradición de Césare Battisti a Italia
- Battisti, Lula dice no all'estradizione


Lula diz que não perdeu nada por não ler jornais no seu governo

Via Folha.com
30.12.2010


Em entrevista à TV Brasil, na noite desta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não perdeu nada por deixar de ler jornais e revistas durante seu mandato. Ele voltou a afirmar que a leitura matinal dos jornais lhe dá azia. Em entrevista no ano passado à revista Piauí, Lula disse que não lia notícias para não ter problemas no fígado.

"Tomei a atitude de não ficar com a raiva que eles [imprensa] pensam que eu vou ficar (...). Pensam que eu vou ler, vou ficar com azia, disse ao [ministro da Comunicação], Franklin [Martins] 'vou parar de lê-los, não vou ficar com azia. E não perdi nada", disse o presidente à TV Brasil.

Lula disse que a mídia "exagera" e que faz denúncias muitas vezes sem provas. Por isso, afirmou, acha necessária a criação de mecanismos de controle da imprensa.

"Se for ver algumas manchetes dos jornais, esse governo não existiu (...). A imprensa se acha onipotente e que pode criticar todo mundo e eu não posso dizer que está errado (...) Responsabilidade vale para o presidente, jornalista e dono de jornal. Não posso dizer coisas sem ter que provar nada", disse.

Lula reclamou das cobranças da imprensa pela demissão de ministros e diretores de estatais ligados a escândalos de corrupção. Disse que é preciso dar chance de defesa.

"Quando tem denúncia, querem que eu mande embora logo. Sou contra a pena de morte, tem que esperar se explicar. Como alguém aceitaria trabalhar comigo se eu demitisse na primeira denuncia? É um jeito humano de me comportar, não sou hipócrita. A pessoa que cometeu erro tem chance de se recuperar. Agora, quando implica em criar confusão...", disse.

fonte


Leia também:
- Rousseff hará honor a su pasado como guerrillera en su investidura


Itália faz advertência ao Brasil no caso Battisti

Via blog do Noblat
30.12.2010

Reuters

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse na quinta-feira que seria inaceitável se o ex-ativista italiano Cesare Battisti não for extraditado pelo Brasil.

A imprensa brasileira informou na quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia decidido não extraditar Battisti, condenado à revelia por assassinatos em seu país. O governo ainda não se pronunciou sobre o caso.

O gabinete de Berlusconi destacou em nota que a possível preocupação com a deterioração do bem-estar de Battisti se ele fosse extraditado para a Itália deve ter influenciado a decisão de Lula, que ele pretende declarar como "incompreensível e inaceitável".

"O presidente Lula terá de explicar a decisão, não apenas ao governo italiano, mas a todos os italianos e em particular às famílias das vítimas", acrescentou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou no ano passado que Battisti deveria ser extraditado após ser condenado em seu país por assassinatos cometidos na Itália na década de 1970, quando grupos radicais de extrema esquerda promoveram uma campanha de violência.

Mas a decisão final cabe a Lula, que concedeu a Battisti o status de refugiado em 2009 e encerra seu segundo mandato na Presidência em 1o de janeiro. No começo da semana Lula disse que tomaria uma decisão até sexta-feira. Seus assessores afirmaram na quarta-feira que não havia ainda nenhuma decisão formal.

Mais cedo na quinta-feira, o ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, declarou que as relações do país com o Brasil ficariam seriamente abaladas se Battisti não for extraditado.

"Ninguém deveria imaginar que um 'não' à extradição de Cesare Battisti não teria conseqüências", disse La Russa ao diário Corriere della Sera, em entrevista publicada na quinta-feira. Continua


Leia também
- Battisti: indignação italiana vai da direita à esquerda
- Lula decidirá mañana si concede el estatus de refugiado al activista italiano Battisti

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Justiça libera exploração em Abrolhos

Via O ECO
Foto de Marcello Lourenço
28.12.2010




O Tribunal Regional Federal da 1a Região determinou a suspensão dos efeitos da liminar que impedia a exploração de blocos de petróleo nas proximidades do Parque Nacional de Abrolhos. Com isso, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) poderá não apenas autorizar a utilização de concessões já realizadas, como fazer novas rodadas de licitação dos blocos na região.

O julgamento, realizado pelo desembargador Olindo Menezes sustenta que a suspensão a exploração prejudica "sobremaneira a política energética do País". A decisão de primeira instância pela justiça federal na Bahia, que havia sido emitida após ação civil do Ministério Público, estipulava uma faixa de 50km onde não deveria ocorrer concessões. Em seu argumento, o MPF aponta riscos de que vazamentos na região afetariam de forma singular os recifes de coral e toda a biodiversidade da unidade de conservação. Continua





Jornal Nacional - 27.12.2010


Asfaltamento da BR-135 ameaça patrimônio da natureza




Petrobras: Lula da jazida é molusco, não presidente

Via blog do Josias de Souza
30.12.2010





A Petrobras recorreu a uma portaria editada sob FHC para justificar a troca do nome do campo petrolífero de Tupi para Lula.

Trata-se da portaria número 90 da ANP (Agência Nacional de Petróleo). Foi editada em 31 de maio de 2000 (aqui, a íntegra).

Traz a assinatura de David Zylbersztajn, o ex-genro de Fernando Henrique Cardoso que presidiu a agência petroleira na era tucana.

Em seu artigo 3º, a portaria anota:

“No ato da declaração de comercialidade, o concessionário denominará o campo utilizando-se de nomes de aves brasileiras, quando se tratar de descobertas em terra, e nomes ligados à fauna marinha, quando se tratar de descobertas no mar”.

Assim, alega a Petrobras, o Lula que passou a dar nome ao campo de Tupi seria o molusco, não o presidente da República. Continua


Leia também:
- DEM move ação contra rebatismo de Tupi, agora Lula
- Lula: 'foi gostoso' ver EUA, Europa e Japão ‘em crise’
- Empresário paga aluguel de R$ 12 mil de filho de Lula


Um novo ano e uma nova educação, artigo de Isaac Roitman

JC e-mail 4167, de 29 de Dezembro de 2010.
Um novo ano e uma nova educação, artigo de Isaac Roitman


"Não teremos o país que almejamos se não tivermos educação de qualidade para todos os jovens, alicerce de uma democracia"

Isaac Roitman é professor aposentado da Universidade de Brasília e coordenador do Grupo de Trabalho de Educação da SBPC. Artigo publicado no "Correio Braziliense":

Um novo ano e um novo governo inspiram novos sonhos e expectativas. O maior dos sonhos, o de o Brasil se tornar um país justo e soberano. Podemos até ter uma conjuntura econômica favorável, construída nos últimos anos. No entanto, não teremos o país que almejamos se não tivermos educação de qualidade para todos os jovens, alicerce de uma democracia. Avaliações nacionais e internacionais revelam uma lamentável realidade, principalmente na educação básica.

Em julho, ainda candidata, Dilma Roussef participou de debate na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Após discursar, foi feita a ela a seguinte pergunta: "Se eleita, fará o possível e o impossível para que até 2014 o piso salarial do professor de ensino básico seja de R$ 4 mil?" Ela respondeu: "Não posso fazer promessas com números, pois, se não conseguir cumprir, estarei fazendo falsas promessas. No entanto, tentarei fazer o possível e o impossível para termos o piso proposto, que acho adequado". Continua


Veja também:
- Sala de aula
- A família no fogo cruzado da educação contemporânea - Julio Groppa Aquino
- Educação moral e tédio (Do Tédio ao Respeito de Si: Educação Moral e Formação Ética) – Yves de La Taille
- Filhos… melhor não tê-los?


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Arpoador, Rio de Janeiro

21.12.2010






Estudo divulgado pelo Ipea revela que nove em cada dez brasileiros têm medo de assassinato

Via Portal EcoDebate
29.12.2010

Pesquisa do Ipea traz ainda percepção dos brasileiros sobre confiança na polícia e sobre serviços prestados pelos policiais

Estudo divulgado pelo Ipea revela que cerca de noventa por cento dos brasileiros têm medo de sofrer crimes como homicídio, assalto a mão armada e arrombamento de residência e o medo de agressão física chega a 70%. Os números são do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 2, em Brasília.

O medo da violência, em geral, é maior na região Nordeste, onde o percentual de entrevistados com muito medo de assassinato é de 85,8%, contra 78,4% no Norte e no Sudeste, 75% no Centro-Oeste e 69,9% no Sul. Segundo o técnico de Planejamento e Pesquisa Almir de Oliveira Junior, responsável pelo estudo, os números refletem as taxas de homicídios, que são menores no Sul.

Segundo Almir, o medo de homicídio também é maior entre as mulheres e entre aqueles que não foram vítimas de algum tipo de crime nos últimos 12 meses. Quanto ao medo arrombamento de residência, os valores são menores na classe média. “O medo é maior entre a população de renda mais baixa, que tem condições mais precárias de moradia, e de renda mais alta, que mora em locais mais visados”, explicou.

Confiança
Os dados mostram que a Polícia Federal conta com maior confiança da população: cerca de 85% confiam ao menos um pouco nessa polícia. As Polícias Civil e Militar têm cerca de 74% e 72% de confiança, enquanto as guardas municipais registram 68%. “Esses números variam muito pouco por sexo, escolaridade e renda. A variação mais significativa é por idade: os mais jovens confiam menos nas organizações de segurança pública”, afirmou Almir. Continua

Brasília sofre com abandono e acúmulo de lixo nos canteiros

Jornal Nacional - 28.12.2010





O aquecimento por trás do frio

JC e-mail 4166, de 28 de Dezembro de 2010.
O aquecimento por trás do frio


Invernos rigorosos no Hemisfério Norte estão diretamente ligados a mudanças climáticas

O que as nevascas que assolam o Hemisfério Norte têm a ver com o aquecimento global? Tudo, de acordo com estudo publicado na "Journal of Geophysical Research", da União Geofísica Americana.

De acordo com pesquisadores do Instituto Potsdam, da Alemanha, invernos rigorosos (e eventos extremos relacionados a eles) podem ter a frequência triplicada na Europa e no norte da Ásia. O estudo foi focado nesta região, mas seus resultados podem ser extrapolados para os EUA, que também enfrentam uma forte onda de frio.

A conclusão do estudo parece estranha, dada a projeção de que a temperatura global pode subir quase 6 graus Celsius até o fim do século.

Mas, ao percorrer regiões livres de gelo do Oceano Ártico, cientistas descobriram que o calor causado pelo aquecimento global, responsável pelo degelo de calotas polares, paradoxalmente, aumenta a ocorrência de invernos severos na Europa e nos EUA.

O aumento da temperatura global reduziu a cobertura de gelo do Ártico em 20% nos últimos 30 anos. Existe o risco de que ela desapareça totalmente ainda este século, nos períodos de verão. Sem a cobertura de gelo, o calor deixa de ser refletido para a atmosfera, e a água, mais escura, passa a absorver o calor, ficando mais quente que o normal.

A água relativamente quente escapa para a atmosfera, cuja temperatura chega a 30 graus Celsius negativos.

- O oceano está muito mais quente que o ar ambiente nesta zona polar no inverno - explica Stefan Rahmstorf, pesquisador do Instituto Potsdam.

- Um fluxo quente, então, sobe para a atmosfera, o que não acontece
quando tudo está coberto de gelo. É uma mudança extraordinária.

Forma-se, assim, um sistema de alta pressão. Os ventos gelados dali são empurrados da região polar para a Europa - que antes era contemplada apenas por leves correntes de ar oriundas do oeste.

- Isso não é algo que se esperava - admite Vladimir Petoukhov, outro pesquisador envolvido no estudo. - Quem pensava que o encolhimento da capa de gelo a uma longa distância não nos incomodaria está errado. Há conexões complexas no sistema climático. Continua


Veja também:
Costa leste dos EUA sofre com a pior nevasca dos últimos quatro anos


Jornal Nacional - 28.12.2010


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Um passeio pela Liverpool dos Beatles

No El Mundo




AQUI!



Belo Monte: um mega-projeto com mega-riscos para a sociedade brasileira, artigo de Telma Monteiro

Via Portal EcoDebate
28.12.2010


O relatório “Mega-projeto, Mega-riscos” vem em bom momento, como um alerta inequívoco de que Belo Monte é ainda um mega-projeto que pode se transformar em mega-obra com mega-riscos para a sociedade.

Uma publicação lançada no dia 23 de dezembro analisa os principais riscos financeiros, legais e de reputação para os investidores e a sociedade como um todo, se for construido o Complexo Hidrelétrico Belo Monte, no rio Xingu, Pará. Na forma de relatório estão descritas as incertezas sociais, ambientais, tecnológicas, econômicas e jurídicas que caracterizam o empreendimento.

Os riscos financeiros são inerentes a qualquer projeto e devem ser estimados para minimizar a possibilidade de que erros de cálculo possam resultar em irreparáveis perdas para a sociedade. O relatório “Mega-projeto, Mega-riscos” mostra os cuidados que devem cercar projetos como o Complexo Belo Monte, que envolvem dinheiro público garantido pela emissão de títulos do Tesouro Nacional, além de vultosos investimentos de fundos de pensão.

A análise foi feita tendo como referência um extenso material baseado em riscos financeiros, legais e de reputação. Os autores[1] adotaram uma metodologia semelhante à das agências de rating, que permite enxergar como os riscos de um projeto como o de Belo Monte podem recair sobre a parte mais vulnerável: as populações tradicionais locais, povos indígenas e a biodiversidade.

Os principais fatores de risco financeiro identificados no relatório incluem aqueles associados às incertezas sobre os custos e quantitativos para a construção do empreendimento - fatores geológicos e topológicos, de engenharia e de instabilidade, em valores de mercado; aqueles relacionados à incógnita que é a capacidade de geração de energia – devido à sazonalidade do rio Xingu (que se agravará com as mudanças climáticas) e à baixa retenção esperada dos reservatórios, se confirmada a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de proibir a criação de outros reservatórios a montante (rio acima) para regularizar a vazão do rio; e à incapacidade do empreendedor de atender os programas de mitigação e de compensação exigidos no processo de licenciamento.

Os riscos financeiros poderiam se desdobrar em riscos legais e de reputação que levariam a grandes prejuizos para o erário. Esses riscos refletem o fato de que preceitos legais, nacionais e internacionais, sobre direitos humanos e proteção do meio ambiente e outras políticas e “salvaguardas” de responsabilidade socioambiental têm sido desconsiderados no planejamento energético e no processo de licenciamento ambiental do projeto. Continua

Cientista não sabe importar, diz governo

JC e-mail 4165, de 27 de Dezembro de 2010.
Cientista não sabe importar, diz governo


Para instituições federais, atrasos nas importações se devem a formulários mal preenchidos por pesquisadores

A dificuldade na importação de material científico é, para o governo, culpa dos próprios cientistas que não sabem preencher corretamente os formulários para realizar o procedimento.

A conclusão surgiu numa reunião que aconteceu neste final de ano entre cientistas, membros de entidades que representam a ciência e instituições governamentais.

Na ocasião, foi analisada a situação das importações com finalidade de pesquisa científica - que, em alguns casos, pode levar seis meses. Para o governo, os atrasos e demais problemas na importação acontecem devido ao desconhecimento das regras de importação.

"Os pesquisadores e quem executa esses procedimentos por eles (despachantes) desconhecem a legislação sanitária para executar os procedimentos relativos ao desembaraço das remessas", disse à Folha Roberta Amorim, gerente substituta de Inspeção de Produtos em Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Ela explicou que a maioria dos trâmites das importações é de competência da Receita Federal e que cabe à Anvisa a orientação no cumprimento da legislação sanitária - o que a instituição faz por meio do seu site.

A RFB (Receita Federal Brasileira) também informou que as orientações sobre os procedimentos de importação para pesquisa estão no seu site. Mesmo assim, está prevista para 2011 uma ação de capacitação de pesquisadores com ajuda do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento). Continua

Leia também:
- Filhos de Lula são sócios em 2 holdings
- Governo Lula põe publicidade em 8.094 veículos de comunicação

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pesquisa revela efeitos da copaíba no sistema nervoso

Via FAPESPA
23.12.2010





Nativa da região amazônica, a copaíba tem seu óleo consagrado na medicina popular no tratamento de gripes, tosses, bronquites, inflamação da garganta e artrite. Diversos componentes também apresentam atividade farmacológica cientificamente comprovada, como o beta-cariofileno, que atua como antiinflamatório e protetor da mucosa gástrica, solucionando problemas de azia, úlcera e gastrite.

Desta vez, uma pesquisa inédita financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapespa), do Governo do Estado, revelou que a planta pode ajudar também no tratamento de acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como derrame. E não apenas isso, a resina da copaíba é duas vezes mais potente que a minociclina, um dos antiinflamatórios mais usados no tratamento da doença. Continua

Fapespa lança primeiro número da revista 'Pará Faz Ciência'

JC e-mail 4164, de 23 de Dezembro de 2010.
Fapespa lança primeiro número da revista 'Pará Faz Ciência'



Publicação busca divulgar projetos e ações realizados através dos editais da fundação para o desenvolvimento da ciência na Amazônia

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapesp) acaba de lançar a revista "Pará Faz Ciência", publicação destinada a divulgar projetos e ações realizados através dos editais da Fapespa para o desenvolvimento da ciência na Amazônia.

A "Pará Faz Ciência" foi distribuída na Feira Internacional de Ciência da Amazônia, no Hangar, entre os dias 14 a 16 de dezembro, e enviada a institutos científicos, universidades de ensino superior e outros centros ligados à pesquisa, mas qualquer pessoa interessada em adquirir um exemplar pode obter um na sede da fundação, junto a assessoria de comunicação.

A revista também ganhou uma versão eletrônica que pode ser acessada através do endereço www.fapespa.pa.gov.br, dentro da sessão de relatórios, situado ao lado direito do site, onde também, visando maior divulgação de seu conteúdo, serão publicadas, diariamente, todas as matérias, entrevistas e reportagens veiculadas nesta primeira edição.

A "Pará Faz Ciência" traz uma entrevista exclusiva com o presidente do CNPq, Carlos Alberto Aragão, que esteve em Belém no mês de setembro cumprindo uma agenda junto ao Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa, o Confap, que se reuniu, este ano, pela primeira vez em Belém. Carlos Aragão faz uma reflexão em torno da importância da pesquisa na região, a partir do potencial de sua biodiversidade. Continua

Espécie "fantasma" cruzou com o ser humano, diz estudo

JC e-mail 4164, de 23 de Dezembro de 2010.
Espécie "fantasma" cruzou com o ser humano, diz estudo


Hominídeo da Sibéria, do qual restaram só um osso e um dente, compartilha genes com tribo da Nova Guiné. DNA completo indica que "casamento" entre ancestrais humanos foi ainda mais comum do que se imaginava antes

Os mesmos cientistas que revelaram a ascendência parcialmente neandertal de europeus e asiáticos de hoje flagraram outro caso de amor entre a nossa espécie e um primo extinto. Só que, desta vez, o "amante" pré-histórico é um fantasma.

Apenas um osso (a ponta de um dedo) e um dente quebrado da criatura, habitante da caverna de Denisova, na Sibéria, chegaram até nós. Foi o suficiente para que o genoma inteiro do hominídeo de 40 mil anos fosse lido -e comparado com o de pessoas de hoje e o de neandertais.

O resultado está na revista científica britânica "Nature": os denisovanos (como foram apelidados por seus descobridores) parecem ter evoluído de forma separada por algumas centenas de milhares de anos. Sumiram, mas não antes de legar pedacinhos de seu DNA aos ancestrais de alguns povos do Pacífico.

Segundo a equipe liderada por David Reich, da Universidade Harvard (EUA), e Svante Pääbo, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva (Alemanha), cerca de 5% do DNA dos melanésios, moradores de Papua Nova-Guiné e adjacências, teria vindo do povo de Denisova.

Se as conclusões estiveram corretas, fica mais forte a ideia de que a interação entre várias espécies de hominídeos contribuiu para criar a humanidade moderna.

Pegando leve

Os últimos resultados sobre os cacos de hominídeos siberianos são, ao mesmo tempo, mais e menos radicais do que os indícios preliminares tinham sugerido.

No primeiro estudo sobre Denisova, publicado em março, Pääbo e companhia haviam analisado só o mtDNA (DNA mitocondrial) oriundo do osso do dedo. Presente nas mitocôndrias, as usinas de energia das células, o mtDNA é transmitido pelo lado materno e corresponde apenas a uma pequena parte do patrimônio genético de um indivíduo.

Olhando só o mtDNA, os cientistas tinham estimado que o povo de Denisova está evolutivamente isolado há cerca de 1 milhão de anos, antes que os ancestrais do Homo sapiens e dos neandertais tivessem se separado em duas linhagens diferentes.

"Seja lá o que for isso, trata-se de uma nova criatura, que simplesmente tinha escapado ao nosso radar até agora", declarou Pääbo.

Os novos dados, mais completos, indicam que, na verdade, os denisovanos são primos de primeiro grau dos neandertais, tendo se separado deles há uns 250 mil anos. Antes disso, formavam uma linhagem comum que teria divergido da nossa há uns 400 mil anos.

O mais maluco, no entanto, é que alguns trechos de DNA exclusivos dos denisovanos só aparecem no DNA de nativos de Papua-Nova Guiné e ilhas próximas, entre uma série de pessoas de origem europeia, asiática e africana cujo genoma foi analisado pelos pesquisadores.

A hipótese mais natural para explicar isso é que, quando deixaram a África, ancestrais das pessoas de hoje toparam com denisovanos em algum lugar da Ásia, tiveram filhos com eles e, mais tarde, essa população foi parar na Nova Guiné.

Ninguém sabe que cara tinha o povo de Denisova, mas o único dente (um molar) é enorme e tem morfologia peculiar. Suas dimensões lembram as de dentes de hominídeos muito primitivos.

Dados matam consenso sobre a gênese africana do homem

Com um punhado de "papers" (artigos científicos) publicados ao longo deste ano, o sueco Svante Pääbo e seus colegas embolaram o que parecia ser um consenso dos mais consolidados no estudo da evolução humana.

E o mais irônico é que Pääbo foi um dos arquitetos desse consenso. Ao longo dos anos 1990 e 2000, parecia cada vez mais claro que as raízes do Homo sapiens eram africanas, e só africanas.

Numa grande onda de expansão que teria começado há uns 60 mil anos, teríamos deixado o continente ancestral e varrido os chamados hominídeos arcaicos -neandertais e Homo erectus entre eles- da Eurásia.

A equipe do Instituto Max Planck ajudou a consolidar essa ideia ao obter DNA mitocondrial de vários espécimes neandertais e anunciar "desculpe, nenhuma pessoa hoje tem esse tipo de mtDNA".

Gene versus gente

Por isso mesmo, Pääbo e companhia apostavam que a mestiçagem entre Homo sapiens e primos arcaicos era impossível ou, no máximo, irrelevante. Mas sabiam, como costuma dizer o bioantropólogo brasileiro Walter Neves, que "história de um só gene não é história de população". E o mtDNA equivale, na verdade, a um único gene.

Muitas pesquisadores contrários ao consenso, por isso mesmo, sentiram-se vingados com a confirmação dos cruzamentos entre H. sapiens e neandertais. Os dados de Denisova, porém, levam a coisa para outro patamar.

Afinal, se um hominídeo raro a ponto de ainda não ter sido identificado via fósseis pode legar genes para papuanos de hoje, é sinal de que a mestiçagem entre espécies pode ter sido relativamente comum nessa época.

É provável que muita gente não goste do fim do consenso por razões que passam raspando pelo ideológico. A hipótese da origem africana tinha, de fato, a vantagem de reforçar a ideia de uma origem comum, recente, para todas as pessoas vivas hoje -uma refutação genômica do racismo, digamos.

Nossas diferenças, pelo visto, vão um pouco mais fundo. Que seja -é uma boa razão para celebrá-las e para conviver com elas. (RJL)

(Reinaldo José Lopes)
(Folha de SP, 23/12)

domingo, 26 de dezembro de 2010

El cérebro, ese misterio, todavía

Via El País
08.12.2010



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Modelo magra demais é banida de campanha de grife devido às reclamações dos leitores

Via Mulher 7x7
Por Ruth de Aquino
24.12.2010


Não, infelizmente não é photoshop.

A modelo Allie Crandell ([foto ao lado] de divulgação da revolveclothing) foi banida de uma campanha de moda. O motivo do veto surgiu do clamor popular: consumidores odiaram sua imagem de boneca magérrima. Uma imagem que remete muito mais à doença de anorexia, ou magreza mórbida, do que propriamente a uma imagem de saúde, beleza e elegância.

Allie estava apresentando uma coleção assinada por Max Azria, da BCBG, para o site americano de grifes de moda Revolve. As mulheres ficaram revoltadas com o diâmetro dos braços e pernas de Allie, além dos ossos de fora. A grife, preocupada com a repercussão negativa, baniu a modelo temporariamente. As fotos foram publicadas no site da Revolve. Porta-voz da companhia disse que Allie só poderá voltar a posar quando ganhar peso e estiver com uma aparência mais normal, que não choque as consumidoras. Os empresários estão conversando com os agentes da jovem, numa tentativa de conscientizá-la a mudar sua alimentação.

(Mas … não são as próprias grifes que dão preferência às magérrimas?)

Mulheres deixaram comentários indignados no site dizendo que jamais comprariam um vestido depois de vê-lo numa modelo com um rosto tão pálido, macilento e sem expressão.

“Se uma loja quer que as pessoas comprem algo de sua empresa, não faça com que seus consumidores se sintam mal diante de uma modelo que claramente não tem nenhuma autoestima ou respeito por seu próprio corpo”, protestou uma leitora do site. Continua

Presidência terceirizada

Via blog do Noblat
Por Ruy Fabiano
25.12.2010


A julgar pela composição do ministério, o governo Dilma será, como se previa - pelo menos nesse seu início –, continuidade do governo Lula. E não apenas por isso: a intensa movimentação de Lula, sem precedentes para um presidente que sai, indica que ele simplesmente não sai. Continuará dando as cartas.

Os ministros mais importantes de Dilma foram indicados por ele – e com ele trabalham ou já trabalharam. Vão controlar a economia e a política. Os demais são acessórios e atendem a acordos partidários. Nada disso é casual. Em política, aliás, nada é casual.

Desde que foi eleita, Dilma Roussef deu uma única entrevista à imprensa brasileira, e mesmo assim ao lado de Lula, que falou bem mais do que ela. Não se manifestou nem mesmo quando da ocupação militar do Morro do Alemão, no Rio, apresentada como vitória exuberante do Estado sobre o narcotráfico.

Foi uma das bandeiras de Dilma na campanha eleitoral, mas quem a faturou foi Lula. É um silêncio intrigante. Há dias, Gilberto Carvalho, um dos mais íntimos colaboradores de Lula – e não por acaso futuro ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência -, fez especulações sobre o futuro do presidente.

Disse que seu retorno ao Planalto dependerá do desempenho de Dilma. Se não se sair bem, é possível que Lula volte, disse ele. E se fizer um bom governo? Absteve-se de comentar, mas é previsível que, nessa hipótese, Lula cobre sua participação.

Dilma, afinal, é uma invenção política dele. Jamais chegaria onde está sem ele. Não tinha currículo, nem apoio, nem ousadia de se lançar por conta própria. Lula primeiro a impôs ao PT, que questionou sua frágil e recente identidade com a legenda, egressa que era do PDT. Venceu com facilidade essa etapa, já que nenhum petista ousa afrontar Lula.

A etapa seguinte foi impô-la a seu eleitorado. E aí o presidente-cabo eleitoral produziu uma série impressionante de afirmações, cuja síntese, era a de que Dilma não era apenas sua candidata, mas uma emulação dele próprio. Algo na base do “Dilma sou eu”. Continua


Leia também:
- Ex-presidente acusa vice por rombo no Grupo Silvio Santos
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- Los 100 del año

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Chanchada na largada

Via blog do Noblat
Fernando de Barros e Silva, Folha de S. Paulo
24.12.2010


O futuro ministro do Turismo de Dilma Rousseff patrocinou com dinheiro público uma noitada a amigos no Motel Caribe, na periferia de São Luís. Até ontem uma figura obscura e irrelevante da política nacional, o deputado Pedro Novais, do PMDB maranhense, usou R$ 2.156 da sua "verba indenizatória" (R$ 32 mil mensais, além do salário) para pagar essa farra privada. Aconteceu em junho.

Uma porção de rabanadas natalinas a quem adivinhar: quem é, quem é o padrinho da indicação do animado deputado ao ministério? Sim, o próprio. José Sarney, em parceria com Henrique Eduardo Alves (RN), o líder do PMDB na Câmara.

Flagrado agora pelo jornal "O Estado de S. Paulo", Novais "corrigiu o erro", como ele disse, e devolveu o dinheiro. Deveria fazê-lo fantasiado de Papai Noel, o bom velhinho.

Ontem, quem alegou "erro administrativo" foi a futura ministra da Pesca, Ideli Salvatti, do PT-SC. A Folha revelou que a senadora gastou mais de R$ 4 mil de verba indenizatória para pagar diárias de um hotel em Brasília, ao mesmo tempo em que recebia o auxílio-moradia.

Ideli, Novais, Pesca, Turismo... Não é o caso de perguntar o que essa gente fazia no hotel ou no motel - e sim o que vai fazer no governo.

O Ministério da Pesca é uma piada em si. E o Turismo se transformou nos últimos anos num entreposto de emendas fajutas, uma espécie de Casa das Fraudes a serviço de conchavos parlamentares.

Dilma deveria levar mais a sério o pouco que falou depois de eleita. Na sua primeira entrevista coletiva, ela disse o que buscava nos seus ministros: "Vou exigir competência técnica, desempenho, um histórico de pessoas que não tenham problemas de nenhuma ordem".

Ao tolerar que a periferia do primeiro escalão do governo seja loteada na base da chanchada, a presidente desautoriza a si mesma e destrava portas que não deveria. Não é a melhor maneira de subir a rampa. Sobretudo para quem bancou Erenice Guerra na Casa Civil.


fonte


Encuentra las respuestas a las preguntas

Museo de la Evolución Humana







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Crianças fazem estudo sobre abelhas publicado em revista científica

Via BBC-Brasil
23.12.2010


A pesquisa sobre abelhas feita por um grupo de crianças de uma escola primária em Devon, na Inglaterra, se tornou a primeira do tipo a ser publicada por uma revista acadêmica.

Os alunos da Escola Primária Blackawton, que têm entre 8 e 10 anos, descobriram que as abelhas podem ser treinadas para reconhecer cores em busca de alimento.

Eles tiveram a consultoria do neurocientista Beau Lotto, da University College London, que garantiu que o trabalho foi "inteiramente concebido e escrito" pelas crianças.

O estudo foi publicado na revista especializada Biology Letters, da Royal Society, uma das associações científicas mais tradicionais do mundo. Continua


Cientistas gravam 'pouso perfeito' da abelha

Via BBC-Brasil





Marinha recua na venda de mangue

Via O ECO
22.10.2010


Mangue que seria vendido pela marinha está em zona valorizada e será transformado em parque municipal
(foto Hélida Philippini)


Recife- Depois de iniciar um processo de transferência de uma área de 320 hectares (com 225 ha de mangue), a Marinha do Brasil anunciou a revogação da licitação. Tudo indica que o mangue passará para a Prefeitura do Recife, que decretou a área de interesse público. Um projeto municipal prevê a criação do Parque Natural Municipal dos Manguezais Josué de Castro – em homenagem ao médico pernambucano que estudou a fome e cunhou a expressão homem-carangueijo (em referência aos catadores que tiram seu sustento na lama do mangue).

A divulgação da licitação marcada para o dia 21 de dezembro pelo 3º Distrito Naval da Marinha provocou reações em cadeia. A prefeitura e Câmara do Recife, governo e assembleia de Pernambuco, ministérios públicos estadual e federal, militantes em defesa do meio ambiente e comunidade acadêmica se manifestaram. Todos procuravam formas de se reverter o processo. Continua

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Anac aumenta fiscalização em aeroportos para festas de fim de ano

Jornal Nacional
22.12.2010






Leia também:
- Governo monta plano de emergência e promete rigor para conter greve no setor aéreo


Atualização - 24.12.2010
Jornal Nacional - 23.12.2010




MPF move ação contra 20 docentes da Unifesp

Via Estadão
Por Mariana Mandelli
21.12.2010


Investigados pelo TCU desde 2003, professores teriam quebrado regime de dedicação exclusiva e causado prejuízo de R$ 1,4 milhão

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com três ações civis públicas por ato de improbidade administrativa contra 20 professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Eles são acusados de desobedecer o regime de dedicação exclusiva da instituição, exercendo atividades remuneradas que não são autorizadas por contrato - como atender em consultórios particulares e dar aula em outras universidades.

O MPF calcula que, ao todo, o prejuízo causado pelos professores seja de R$ 1,4 milhão. Para exercer as atividades remuneradas fora do regime acadêmico, nenhum dos professores teria solicitado uma prévia autorização da Unifesp. O Tribunal de Contas da União investiga a conduta dos professores desde 2003.
Nessas ações, consta que 9 dos 20 docentes também se dedicaram “à gerência, administração ou representação técnica de sociedades comerciais”, atividades proibidas pelo Estatuto do Servidor Público Federal. Continua

Leia também:
- Em entrevista, Assange diz ter material de 'impacto' sobre os EUA

É muita esculhambação!!!

Via Estadão
Por Leandro Colon
22.12.2010

Deputado que será ministro do Turismo pagou motel com dinheiro da Câmara

"Foi descoberta a inclusão
 indevida de uma nota fiscal de
 hospedagem do Hotel Pousada Caribe"
 (em nota enviada depois ao Estado)

Imagem: Dida Sampaio/AE

O peemedebista Pedro Novais (MA), que integrará o governo Dilma, gastou R$ 2.156,00 no Motel Caribe, em São Luís; a nota fiscal foi anexada à prestação de contas de junho para justificar o uso de verbas destinadas à atividade parlamentar

O futuro ministro do Turismo no governo de Dilma Rousseff pediu à Câmara dos Deputados o ressarcimento por despesas em um motel de São Luís (MA). Indicado pelo comando do PMDB e aliado de José Sarney, o deputado Pedro Novais (PMDB-MA) apresentou uma nota fiscal de R$ 2.156,00 do Motel Caribe na prestação de contas da verba indenizatória de junho.

O motel fica a 20 quilômetros do centro de São Luís. A suíte mais cara, que leva o nome "Bahamas", tem garagem dupla e custa de R$ 98 (três horas) a R$ 392 (24 horas). Segundo a gerente do local, o deputado Pedro Novais alugou um quarto para fazer uma festa. Ao Estado, o parlamentar admitiu que o dinheiro da Câmara foi usado para pagar um motel. Ele considerou o episódio um "erro".

Parlamentar do chamado "baixo clero" da Câmara - ou seja, com pequena influência política na Casa -, Pedro Novais, 80 anos, foi convidado por Dilma Rousseff no dia 7 de dezembro para o ministério após ser indicado pela cúpula do PMDB.

Como deputado, ele recebe, além do salário, R$ 32 mil mensais a título de "verba indenizatória" para arcar com despesas do mandato. Um dinheiro limpo, livre de impostos. Continua


Via blog do Noblat
22.12.2010

Internautas reagem à farra de futuro ministro em Motel

Indignados ou em tom de deboche, cidadãos de todo o país reagiram nas redes sociais da internet sobre a notícia de que o futuro ministro do Turismo, deputado Pedro Novais, pediu ressarcimento à Câmara após uma festa em motel em São Luís (MA).

A “sacanagem com o dinheiro público” como definiu @saulo no microblog Twitter foi revelada em matéria de hoje (22) do Estado de São Paulo [matéria acima].

O custo da farra, segundo nota fiscal apresentada à Câmara por Novais, foi de R$ 2.156,00.

Em tom de ironia @joselourenconet disparou também no microblog: “Agora o turismo sexual vai dar uma alavancada!”

@LarissaBittar não perdeu tempo: “Politico f#"$% com a gente eh de praxe, mas apresentar nota fiscal eh desaforo #PedroNovais”

Já @Thiago_Fiago lembrou dos ensinamentos da senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP) de quando ela foi ministra. “Brasil, o futuro ministro #PedroNOvais está apenas cumprindo recomendação da ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy: Relaxa e goza!”

@leobeduschi foi direto: “Nunca a imoralidade com o dinheiro público teve um sentido tão literal #pedronovais”

O leitor do blog, Datum, deu até sugestões para a criação de um novo auxílio: “Achei massa. O veinho está mandando brasa. É disso que o Turismo precisa. TSTI - Turismo Sexual para a Terceira Idade,com direito a Bolsa-Motel”.

Perguntinha básica:
Será que Dilma manterá esse senhor em sua equipe?


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bispo recusa comenda em Plenário em protesto contra aumento salarial de parlamentares

Via Agência Senado
21.12.2010





Leia a matéria completa AQUI!



Leia também:
Estudantes protestam contra aumentos salariais
para parlamentares, presidente e ministros


E assim se passaram mais de 10 anos: uma retrospectiva em hiperlinks

Via Contemporânea
Por Carla Rodrigues


A primeira década do século 21 é tão, mas tão estranha, que começa no ano errado. A “virada” foi intensamente comemorada quando passamos de 1999 para 2000 temendo o “bug do milênio” – a então aterradora ameaça de os computadores nos deixarem na mão e o sistema cair definitivamente.

O sistema não caiu, apesar de todas as previsões. Ao contrário, o sistema continua mais forte do que nunca, como parte cada vez mais importante da vida cotidiana. Se houve algum colapso, não foi nos computadores, mas em corpos que já não agüentam mais correr para dar conta de tantas exigências.

Do “bug do milênio” para cá, nossa dependência da tecnologia só fez aumentar e a vã promessa de que mais computadores nos dariam mais tempo livre nunca se concretizou. O ritmo de aceleração dessa primeira década mostra que uma das marcas do novo século é a velocidade.
Foi veloz, por exemplo, a explosão dos blogs depois que o atentando ao World Trade Center destruiu as torres gêmeas no 11 de setembro de 2001, oficialmente o primeiro ano da década.

Registros de preferências pessoais de leitura desde 1998, quando foram criados, à forma alternativa de comunicação, os blogs foram o início de um processo que culminou por ser chamado de web 2.0, termo que só seria cunhado em 2004 para definir esse ambiente de interação e participação que se traduz em redes sociais e aplicativos colaborativos.

Se só uma jogada de marketing ou de fato um acontecimento, pouco importa.

A década 2001-2010 começou em 1999 com o nosso reconhecimento de que dependíamos do sistema não cair para continuar vivendo e chegou ao final com a tecnologia de informação na palma da mão.

Somos no planeta cinco bilhões de usuários de telefones celulares, uma base que aos poucos vai dando lugar aos aparelhos inteligentes, com acesso à internet e a todos seus serviços, nos lançando num estado de hiperconectividade que ainda terá conseqüências ao longo do século.

Quais, impossível saber só pelo que aconteceu nesses primeiros 10 anos. Continua

Ajuda aos pilotos do Legacy

Via blog do Noblat
Por Roberto Maltchik e Paulo Marqueiro, O Globo
21.12.2010


Atendendo aos EUA, diplomata do Itamaraty pediu a juízes por liberação de pilotos americanos

Os Estados Unidos se valeram de diplomatas brasileiros para pressionar o Judiciário a permitir que os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paladino — que conduziam o jato Legacy quando a aeronave colidiu com o Boeing da Gol, em 29 de setembro de 2006, em Mato Grosso — fossem liberados para voltar para seu país. No acidente, até então o mais grave da aviação comercial brasileira, 154 pessoas morreram, entre passageiros e tripulantes do voo 1907.

Documentos enviados pela embaixada americana em Brasília ao Departamento de Estado dos EUA, revelados pelo grupo WikiLeaks, detalham as gestões para apressar a volta dos pilotos para casa.

Num telegrama confidencial de 17 de novembro de 2006, o conselheiro da embaixada americana Phillip Chicola relata o pedido do cônsul-geral Simon Henshaw ao diretor do Departamento de Comunidades Brasileiras no Exterior, embaixador Manoel Gomes Pereira, para levar aos juízes do Tribunal Regional Federal da 1 Região "suas preocupações" quanto à situação dos pilotos.

"O embaixador Pereira disse que ele levaria nossas preocupações à Corte que analisa o pedido dos pilotos para deixar o Brasil. Ele disse que faria isso oralmente, pois temia que uma comunicação formal por escrito gerasse uma reação contra os pilotos", disse Chicola.

Exatamente uma semana mais tarde, Chicola envia novo telegrama, desta vez para dizer que o diplomata brasileiro mandou o recado. Porém, Gomes Pereira advertiu que a insistência nesse tipo de contato poderia prejudicar os pilotos: "O embaixador Manoel Gomes Pereira ligou para dizer que ele tinha feito contato com dois dos juízes que analisam o recurso dos pilotos, falando de nossa preocupação. Ele alertou que nenhuma outra ação deveria ser feita até a decisão, já que os juízes não gostam de pressões externas."

O GLOBO teve acesso a nove telegramas, cinco deles confidenciais, vazados pelo WikiLeaks sobre o tema. Os documentos mostram que havia temor de que os americanos ficassem retidos por um longo período. Continua

Há realmente uma fronteira sem fim?, editorial da 'Science'

JC e-mail 4162, de 21 de Dezembro de 2010.
Há realmente uma fronteira sem fim?, editorial da 'Science'


"O mais surpreendente é que sempre que a ciência aumenta a nossa compreensão do mundo"

Leia o editorial da revista 'Science' sobre os principais avanços da ciência em 2010, assinado pelo editor-chefe Bruce Alberts, na tradução do jornalista, jurista e chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da C&T, José Monserrat Filho:

"A glória, neste ano, coube à primeira máquina quântica - um cantilever (estrutura de armazenagem) microscópico engenhosamente reduzido a seu nível de energia mais baixo possível, o estado quântico fundamental. O resultado pode levar a detectores com força ultra sensível e a formas de controlar as vibrações mecânicas de um objeto tão habilmente quanto hoje controlamos a eletricidade e a luz. Também se anunciam novas pesquisas em um dos grandes mistérios da física: o abismo que separa o universo dos objetos familiares e o universo bizarro da mecânica quântica.

Neste ano, houve outras conquistas notáveis, como a primeira célula com genoma sintético e a decifração de grande parte da sequência do genoma de nosso parente próximo, há muito extinto, o Neandertal. E, por fim, na luta contra a AIDS, um novo gel microbicida que reduz o risco de uma mulher infectar-se com o HIV.

Esse problema também acrescenta algo novo: um olhar para os últimos 10 anos, destacando 10 grandes "insights científicos da década". Como se enfatizou, a maioria dos insights têm se baseado no desenvolvimento contínuo de métodos cada vez mais poderosos para pesquisar o mundo. Ajudado por novos instrumentos para estudar o espaço e analisar as moléculas de que os seres humanos são feitos, entre muitos outros, a marcha das descobertas científicas acelera-se constantemente.

Mas, pelo visto, o mais surpreendente é que sempre que a ciência aumenta a nossa compreensão do mundo, surgem novos grandes mistérios que precisam ser decifrados - da "energia escura" ao "genoma escuro", apenas na última década. Além disso, as descobertas em uma área podem criar novas possibilidades para descobertas em outra. Assim, a descoberta de água em Marte abre a excitante possibilidade de se descobrir uma forma de vida primitiva no planeta, capaz de propiciar melhor compreensão de nossas próprias origens. Continua

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Álcool está associado a 30% dos casos de violência doméstica e sexual contra mulheres

Via Ecodebate
Ministério da Saúde
21.12.2010


Residência foi o local da agressão em 62% dos casos e 40% das vítimas já tinham sido agredidas antes

Dados inéditos do Ministério da Saúde mostram que a suspeita de ingestão de bebida alcoólica por parte do provável agressor foi relatada por 30,3% das mulheres vítimas de violências doméstica, sexuais e outras violências, durante todo o ano de 2008. Em 62,7% dos casos de violência contra mulheres, a agressão ocorreu em residência e 39,7% delas afirmaram já terem sido agredidas anteriormente.

Do total de 8.766 vítimas atendidas em unidades de referência, 6.236 foram do sexo feminino (71,1%), incluindo crianças, adolescentes e pessoas idosas. Mulheres casadas ou que viviam em união estável representaram 25,6% das vítimas, enquanto que as solteiras responderam por 38,7% dos registros.

Os dados são do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), estudo realizado em serviços de referência para atendimento de vítimas de violência doméstica, sexual e outras violências, em 18 municípios de 14 estados. Entre as vítimas do sexo feminino, os casos se concentraram em adolescentes e jovens na faixa dos 10 aos 19 anos (28,8%), crianças de 0 a 9 anos (21%) e mulheres dos 20 aos 29 (19,9%) e dos 30 aos 39 anos (13,9%). As menores concentrações foram identificadas nas faixas etárias de 40 a 49 (7,8%), 60 anos ou mais (4,3%) e de 50 a 59 (3,5%).

“O estudo permite ao Ministério da Saúde, aos estados e aos municípios traçar o perfil das vítimas e dos autores das agressões, para subsidiar ações de enfrentamento a esses problemas, por meio de políticas públicas de prevenção e de promoção da saúde e da cultura de paz”, avalia Marta Silva, coordenadora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde.

AUTORIA E LOCAL – Homens foram responsáveis por 70,3% dos casos de violência sexual, doméstica e outras violências contra mulheres. Os agressores foram parceiros com quem elas mantinham relação estável/cônjuge (18,7%), ex-cônjuge (6%), namorado (2,4%) e ex-namorado (2%), o que revela a violência doméstica.

Em 14,2% dos casos, a violência foi praticada pelos pais, o que também evidencia a violência doméstica ou intrafamiliar. Pessoas desconhecidas (13,5%) e amigos (13,3%) também figuram entre os principais prováveis agressores, segundo relatos das vítimas.

Depois da residência, a escola foi o segundo local de ocorrência mais relatado (11%) de violências contra mulheres, porém com percentual menor do que as fichas sem informação (21%). Continua

Saúde - Perigo

Fantástico
19.12.2010



Perigos de remédios para emagrecer







Domingo Espetacular
19.12.2010



Especialistas alertam para o uso de produtos de estética






A farsa de Cancún, artigo de Luiz Pinguelli Rosa

JC e-mail 4161, de 20 de Dezembro de 2010.
A farsa de Cancún, artigo de Luiz Pinguelli Rosa


"A intervenção de Lula anunciando as metas voluntárias do Brasil e cobrando ações dos países desenvolvidos contribuiu para abortar o enterro de Kyoto em Copenhague"

Luiz Pinguelli Rosa é diretor da Coppe/UFRJ e secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Artigo publicado em "O Globo":

Voltei da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Cancún, convencido de que seus resultados foram medíocres. Na conferência permaneceu o impasse entre os países desenvolvidos, que queriam o fim do Protocolo de Kyoto, já que muitos não o estão cumprindo, e o conjunto dos países em desenvolvimento, destacando-se China e Índia pelo crescimento do consumo de combustíveis, embora muito baixo per capita.

Para o meu espanto, de um dia para o outro a conferência apareceu como um evento exitoso, de acordo com declarações publicadas na mídia internacional e nacional. Resolvi então verificar se algo importante tinha escapado do meu conhecimento, mas ao ler as resoluções finais mantive a mesma opinião: nada há a comemorar.

O verniz aplicado para dar à conferência a aparência de sucesso na 25ª hora deve-se ao fato de ter sido bloqueada a definição do 2º período de compromisso do Protocolo de Kyoto. Isso era tudo o que queriam os países mais ricos incluídos no Anexo I da Convenção de Mudanças Climáticas, de acordo com o princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada, estabelecido na Rio 92. Continua

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Abaixo-assinado contra o aumento nos salários do presidente da República, ministros e parlamentares.





Para assinar é só clicar AQUI!
Por favor, divulgue!



Pensar en Dios puede reducir o aumentar el estrés

Via Tendencias 21
Por Yaiza Martínez
02.11.2010

Pensar en Dios puede reducir o aumentar el estrés
Ayuda a los creyentes a reducir la respuesta emocional ante errores cometidos, pero tiene el efecto contrario en ateos



Pensar en Dios puede ayudar a las personas religiosas a sentirse menos alteradas cuando comenten errores, pero tiene justo el efecto contrario en las personas ateas. Esto es lo que revela un estudio en el que se analizó la actividad neuronal de un área concreta del cerebro (la corteza cingulada anterior o ACC) como respuesta a errores cometidos. Este área estaría vinculada a los estados de atención o de alerta cuando algo va mal. Continua

Saúde no Brasil: a masculinização das mortes violentas, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Via Portal Ecodebate
20.12.2010




O número de mortes por causas externas, que acontece todos os anos no Brasil, equivale a uma guerra não declarada. De 1961 a 1974, morreram 46.370 soldados dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. O Brasil perde quase três vezes este número de vidas a cada ano. As chamadas causas externas – acidentes e violências – somaram 133.644 óbitos em 2008, o que representou 12% do total de 1.066.842 mortes ocorridas no Brasil.

Os dados constam do relatório “Saúde Brasil 2009”, publicação anual da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde. O relatório apresenta uma descrição da mortalidade, morbidade hospitalar e atendimentos de emergência no Sistema Único de Saúde.

Os homens são os principais culpados e as principais vítimas pelo espantoso número de óbitos por causas externas no Brasil. O número de homens que perderam a vida foi 5,1 vezes maior do que o número de mulheres. O sexo masculino representou 83% do total de mortos em acidentes e homicídios do país. Os acidentes mataram 47.354 homens (42,6%), as Violências 52.258 homens (47,1%) e as mortes de intenção indeterminada e demais causas ceifaram a trajetória de 11.453 homens (10,4%). Somente os homicídios eliminaram a vida de 45.064 homens, em 2008. A maioria dos mortos do sexo masculino estava na faixa dos 20 aos 39 anos (50,4%) e era de cor parda (48,1%).

No caso das mulheres, a maioria das mortes por causas externas deveu-se aos acidentes – sendo 12.978 mortes, o que representou 57,8% do total de mortes femininas. As violências vêm em segundo lugar, com 5.781 óbitos, representando 25,8% do do total de mortes femininas. O perfil etário e étnico das mulheres que perderam a vida por causas externas é diferente daquele apresentado pelos homens. Do total de vítimas femininas, 33,8% tinham 60 anos ou mais, sendo a maioria (53,3%) de cor branca.

A morte é um evento inexorável, pois todo tipo de vida que surge, um dia fenece. Porém, os óbitos por causas externas não são fatalidades biológicas, mas sim mortes que poderiam ser evitadas com ações de infra-estrutura para evitar os acidentes e políticas públicas para diminuir a violência.

O custo social destas mais de 130 mil mortes anuais por causas externas no Brasil é incalculável. Os pais perdem os filhos que criaram com sacrifício e carinho. Esposas e maridos perdem seus cônjuges. Filhos perdem seus pais. Famílias são dilaceradas e colocadas em situação de vulnerabilidade. Empresas perdem seus empregados e a sociedade perde seus cidadãos, principalmente nas idades mais produtivas em termos econômicos, sociais e culturais. Continua

domingo, 19 de dezembro de 2010

Rio de Janeiro e Segurança Pública: ‘Não sei se é fascismo ou farsismo’

Via Correio da Cidadania
Escrito por Gabriel Brito e Valéria Nader, da Redação
09.12.2010


Após mais uma onda de violência na cidade do Rio de Janeiro, o Brasil se deparou com um espetáculo deprimente de suas mazelas sociais e humanas. Após traficantes desceram ao asfalto, promovendo assaltos e queima de veículos, por razões ainda pouco esclarecidas, novamente a cidade se viu em pânico. Situação inflada pela cobertura espetacularizada da grande mídia, que por sua vez endossa sem parar as políticas fracassadas de mera repressão à ponta pobre do tráfico, isto é, nos morros.

Em entrevista ao Correio da Cidadania, a socióloga Vera Malaguti, secretária geral do Instituto Carioca de Criminologia (ICC), criticou duramente os governos estadual e federal, especialmente em relação à entrada das forças armadas na questão, de legalidade questionável. "Tudo é ilegal aqui. Estamos vivendo em regime de exceção", afirmou, referindo-se também às violências cometidas contra moradores inocentes das áreas invadidas pelas forças oficiais.

Para ela, tal processo é parte de uma política de ocupação de áreas pobres, idealizada pelos EUA há décadas, que visa também garantir um controle militarizado da vida das pessoas, além de abrir caminho para "os negócios transnacionais e olímpicos".

Malaguti questiona firmemente a política de segurança do governo Cabral, por considerar as UPPs - Unidades de Polícia Pacificadora - e toda a recente operação mais uma ação de marketing, baseada nas mesmas políticas de repressão sem investimento social, amplamente fracassadas.. "Estão ocupando a cidade. Para que fluam os grandes negócios transnacionais e esportivos. Para que as pessoas possam fruir sem serem incomodadas pela nossa pobreza".

A entrevista completa, na qual Vera não poupa nem o ex-secretário Luiz Eduardo Soares ("ele é um pouco responsável pela glorificação do BOPE como solução"), cujas análises foram elogiadas por setores progressistas, pode ser conferida a seguir.


Correio da Cidadania: O apaziguamento do clima de guerra que se instalou no Rio, a partir da colaboração do Exército e da Força Nacional de Segurança na expulsão dos traficantes do Morro do Alemão, levou a um clima de euforia entre a população, seguido pela maior parte da mídia. Como encara, nesse sentido, as ações imediatas que foram tomadas pelo governo nos últimos dias para controlar a crise?

Vera Malaguti: Estranhei muito. Eu penso que a euforia foi fruto de uma campanha midiática. Gosto de falar com base em evidências, mas desde o início considerei muito estranhos os acontecimentos. Comparando com aquela vez em São Paulo, em 2006, quando a cidade parou, na hora em que o governo decidiu mobilizar as forças armadas, ainda se teve uma meia dúzia de carros queimados, mas nenhuma vítima.

Tudo foi engatilhado de um jeito que pareceu muito estranho. Se formos ver a análise da mídia, como a da Folha, que dessa vez foi mais crítica, vê-se que existia uma combinação com a Rede Globo, tanto que na véspera eles anunciavam o ‘Tropa de Elite 3’, e no dia seguinte transmitiram aquilo o dia inteiro.

Diante do que acontecia, creio que a reação foi desproporcional em relação ao ocorrido, e aí não entendemos de fato como foram as coisas. Seriam 600 homens, ou não? As apreensões mostradas também não fazem muito sentido, porque o envolvimento das forças armadas em tais situações é muito questionado no mundo inteiro.

Os EUA, por exemplo, proíbem suas forças armadas de trabalharem como polícia. No entanto, estimulam muito que as forças armadas latinas entrem nesta guerra perdida, como no caso do México, grande exemplo disso.

Desde 94, quando da operação Rio 1, as conversas com o Comando Militar do Leste sempre receberam a recusa das forças armadas brasileiras, por ser algo perigoso. Da mesma forma que a polícia se desmantela nessa guerra sem fim, as forças armadas, que na verdade são responsáveis pela nossa soberania, poderiam passar pelo mesmo. Atirá-las nessa guerra perdida é uma aventura. As forças armadas norte-americanas não entrariam nessa jamais.

Portanto, creio que foi um ato midiático, como tudo que é feito pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Só que desta vez o governo federal embarcou na aventura, a meu ver de forma muito irresponsável, correndo o risco de colocar as forças armadas brasileiras num impasse geopolítico. Continua

Carta–Manifesto ‘Um grito pelo Xingu’

Via Portal Ecodebate
17.12.2010


Entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2010 foi realizado o encontro “Um grito pelo Xingu”, reunindo as lideranças Yudjá Juruna, Tapayuna e Mebengokre, na Terra Indígena Kapot Nhinore, oportunidade em que foram debatidas a demarcação da referida Terra Indígena e a preservação do Rio Xingu e de seus afluentes.

Carta – Manifesto Um grito pelo Xingu

Nós, lideranças indígenas das etnias Yudjá Juruna e Mebengokre, aqui reunidos na Aldeia Pastana Juruna – Terra Indígena Kapot Nhinore, localizada no extremo norte do Estado do Mato Grosso, gostaríamos de informar que desde a década de 1980 aguardamos pela demarcação desta área ocupada tradicionalmente pelos nossos ancestrais, e até o presente momento não obtemos resposta.

Queremos denunciar que apesar de vários estudos já realizados por antropólogos confirmarem o que a gente diz, hoje continuamos desamparados e tratados com descaso pelo poder público. Os estudos comprovaram que esta região faz parte da história dos nossos povos e mostraram a existência de aldeias, cemitérios e roças antigas, além de locais sagrados, como por exemplo as aldeias Txameriambu (Yudjá Juruna) e Kukritkré (Kayapó), região onde, inclusive, estiveram os irmãos Villas Bôas nos primórdios dos contatos com os Mebengokre. É em Kapot Nhinore que está enterrado o pai do grande cacique Raoni Metuktire, e aqui nasceram e se criaram grande parte dos atuais caciques da região do Xingu.

Enquanto isso, o desmatamento provocado por fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e pescadores ilegais, vêm destruindo a nossa terra, de onde tiramos nosso sustento. O Rio Xingu (Bytire, na língua Kayapó), por exemplo, sofre constante invasão de pousadas clandestinas e isso atrai milhares de pessoas, poluindo o rio e matando os animais.

Reivindicamos o direito legítimo que nossos filhos e netos têm de viver em harmonia com o meio ambiente. Por isso, solicitamos vosso auxílio em divulgar nossas demandas, para que o povo brasileiro se intere das injustiças cometidas contra os indígenas. Esperamos que, com a mobilização popular, a FUNAI conclua a tão esperada demarcação da Terra Indígena Kapot Nhinore.

Assinado: lideranças indígenas Mebengokre, Tapayuna e Yudjá Juruna

Colaboração de Fernando Baggio para o EcoDebate.

Novas relações de poder

Via blog do Noblat
Por Merval Pereira, O Globo
18.12.2010


O ponto central dos estudos do sociólogo Manuel Castels, professor da Universidade Southern California, sempre foram as relações de poder. No seu novo livro “Comunicação e Poder”, ele chega à conclusão de que as redes de comunicação social mudam a lógica do poder na sociedade atual, e já não se pode fazer política se não se leva em conta a crescente autonomia e o dinamismo da sociedade, utilizando a desintermediação dos meios de comunicação.

Com o caso Wikileaks em pela evolução, provocando discussões sobre o papel dos novos meios de comunicação, o livro de Castels torna-se fundamental para entender o que se passa.

Ele ensina que como as redes organizam o mundo das finanças, da produção, da comunicação, da política, das relações interpessoais, só uma teoria que parta da relação nessas redes de poder pode chegar a entender a prática social e política de sociedade atual.

“Cheguei à conclusão de que o poder era fundamentalmente o hábito da comunicação, e necessitava entender a transformação da comunicação para entender a transformação do poder”, disse ele em recente palestra no Instituto Fernando Henrique Cardoso.

Ele revelou que durante seus estudos de neurociência para o livro, ele teve acesso a trabalhos que indicam que as pessoas não buscam informações para se informar, mas sim para confirmar o que já pensam. Continua

Para além dos números

Via Agência Fapesp
Por Por Alex Sander Alcântara
16.12.2010

Agência FAPESP – É comum ouvir que haveria uma menor produtividade na pesquisa em ciências humanas em relação a outras áreas do conhecimento. Ou que a pesquisa feita em humanidades no Brasil não teria a penetração internacional das demais áreas.

Para debater pontos como esses, pesquisadores se reuniram no 1º Fórum de Ciências Humanas, promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no fim de novembro. Os participantes analisaram eventuais entraves da pesquisa em humanas, como a falta de uma metodologia apropriada para medir a produção e a necessidade de projetos mais ousados na área.

Segundo os cientistas presentes, não se pode dizer que a produtividade nas humanidades seja menor do que as das demais áreas a partir de critérios meramente quantitativos.

Para o professor Luiz Henrique Lopes dos Santos, do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), essa discussão tem se pautado na maior parte das vezes em análises superficiais de números.

“O mito da baixa produtividade está ancorado em uma leitura simplista dos dados, que ignora as especificidades de cada área. A questão é saber o que significa cada número em cada área e, por vezes, em cada linha de pesquisa”, disse à Agência FAPESP.

Segundo o pesquisador, que apresentou dados sobre a produção de artigos científicos nos últimos anos, em muitas áreas a pesquisa é realizada em grupo e resulta em trabalhos de coautoria, o que não ocorre com frequência nas humanidades.

“A publicação de livros nas humanidades, por exemplo, é superior à de muitas áreas. Em um cálculo grosseiro, podemos dizer que um livro equivaleria a seis artigos. O problema é que um livro ou um artigo tem o mesmo peso de cálculo se forem citados em outras publicações”, disse Lopes dos Santos, que integra o quadro de Coordenadores Adjuntos da FAPESP.

Mariana Broens, professora de Filosofia da Unesp de Marília, também destacou a importância de se desenvolver pesquisas em conjunto em ciências humanas e questionou a forma como a pesquisa costuma ser feita. “Será que o modelo de produção solitária, individual e contemplativa pode responder aos desafios da contemporaneidade?”, indagou.

Internacionalização da pesquisa

Outro ponto considerado delicado pelos participantes do fórum, para a maioria das áreas em humanidades, foi a questão da internacionalização da pesquisa. “Em muitas áreas, a agenda interessante de pesquisa para o Brasil pode não coincidir com a pauta internacional dominante, mas pode coincidir com as agendas regionais”, disse Lopes dos Santos.

O pesquisador também destacou especificidades da produção em ciências humanas. Escrever em português, e não em inglês, por exemplo, pode ser visto como um entrave. Mas a forma do discurso nas humanidades não seria apenas um meio de transmitir um conteúdo, e sim um elemento constituinte da própria área.

“Em certas áreas, tem-se um discurso enxuto, recheado de termos técnicos. Nas humanidades, a qualidade do texto é inseparável do conteúdo. É muito difícil que alguém que não tenha o inglês como sua primeira língua escreva com a desenvoltura ideal para usar todos os recursos expressivos da filosofia e da literatura, por exemplo”, disse.

Lopes dos Santos buscou também desmistificar a ideia de que as humanidades são preteridas pelas agências de fomento à pesquisa. Citou dados dos Estados Unidos, onde o setor recebe 9% de todo o investimento anual em pesquisa. Na FAPESP, o percentual para esse segmento é de cerca de 11%. “E em geral os projetos em humanidades têm custo menor, porque não demandam aquisições de equipamentos caros”, ressaltou.

Entretanto, tem havido poucas solicitações de financiamento para projetos de pesquisa de médio e grande porte para as humanas. “Há espaço para projetos mais arrojados, principalmente em pesquisa aplicada em políticas públicas. Mas noto uma certa timidez dos pesquisadores em propor pesquisas mais ambiciosas”, disse.

“Ousadia é a palavra que a área de humanas precisa perseguir com mais afinco”, corroborou Maria José Giannini, pró-reitora de Pesquisa da Unesp. Segundo ela, é necessário reunir competências de diferentes unidades e instituições de pesquisa.

“Um caminho para isso seria divulgar mais os projetos, buscar contatos e parcerias e utilizar melhor as ferramentas de apoio que cada instituição oferece”, disse a também conselheira da FAPESP.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Congressistas brasileiros ganharão 8% mais que americanos e 84% mais que britânicos

Via BBC-Brasil
17.12.2010


O aumento aprovado pelos congressistas brasileiros aos seus próprios salários, na quarta-feira, deixa os vencimentos básicos de deputados e senadores do país 8% maiores do que os dos congressistas americanos e 84% maior do que os dos britânicos, segundo um levantamento feito pela BBC Brasil.

A decisão aprovada no Congresso brasileiro elevou os salários dos deputados e senadores em 62%, de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil, a partir de fevereiro de 2011. Os salários do presidente, do vice e dos ministros também serão elevados.

Segundo dados do Parlamento britânico, cada um dos 650 deputados da Câmara dos Comuns recebe um salário básico equivalente a 5.478 libras por mês (cerca de R$ 14.541).

Nos Estados Unidos, deputados e senadores recebem um salário básico equivalente a US$ 14.500 por mês (cerca de R$ 24.700).

Os salários dos congressistas brasileiros também ficarão quase seis vezes mais altos do que os de seus pares argentinos. Os deputados do país vizinho ganham um salário básico mensal de 10.600 pesos (cerca de R$ 4.540), enquanto os senadores recebem cerca de 16 mil pesos mensais (R$ 6.850). Continua


Em diplomação, Tiririca é aplaudido e Maluf, vaiado

17.12.2010







Unesp suspende alunos de Assis suspeitos de criar 'rodeio das gordas'

Via G1
16.12.2010
Por Kleber Tomaz

Dois estudantes irão cumprir suspensão de 5 dias em março de 2011.
Alunas obesas foram humilhadas em jogos estudantis no interior de SP.


A Universidade Estadual Paulista (Unesp) decidiu suspender por cinco dias os dois estudantes suspeitos de criar, difundir e incentivar o “rodeio de gordas”, que consistia em agarrar e montar em alunas obesas durante os jogos entre alunos da Unesp, em outubro, em Araraquara, no interior de São Paulo. Eles foram punidos nesta quinta-feira (16) pela comissão processante da direção da Faculdade de Ciências e Letras do Campus de Assis da Unesp por divulgar o material discriminatório e ofensivo às alunas na internet usando o nome da universidade.

Na avaliação da comissão, houve "ato atentatório à integridade física e moral de pessoas" por parte dos estudantes da Unesp de Assis. O conteúdo foi divulgado dois dias após o encerramento do Interunesp, que ocorreu entre os dias 9 e 12 de outubro. A punição aos dois alunos será aplicada somente no próximo ano letivo, em março de 2011, quando os universitários terão de ficar cinco dias sem poder frequentar as aulas. Continua

Sobre o assunto, leia também:
- Imagens da comunidade do Orkut hostilizam gordinhas vítimas de “rodeio” universitário


Comentário básico:
Suspensão de 5 dias?
Para mim isso é conivência com a delinquência!

Adelidia Chiarelli