Em São Paulo, na década de 1980, num belo final de tarde, estava eu chegando na casa do meu irmão quando ouvi uma música maravilhosa vinda da casa de um vizinho. Quem estava cantando? Klaus. Klaus Nomi, de quem nunca ouvira falar. O nome do vizinho? Sérgio. Sérgio São Fins Rodrigues.
Naquele dia, fui para a casa do meu irmão bem mais tarde. Encantada, fiquei na casa do Sérgio conhecendo o trabalho fantástico do Klaus Nomi.
Antes de ontem, recebo uma mensagem me dizendo que o Sérgio, desde o
final da semana passada, nos deixou, já não está mais entre nós.
Estou muito triste, muito triste. Sérgio era um homem lindo,
sensível, de uma delicadeza ímpar, um amigo de verdade. Sempre que precisei
dele, Sérgio esteve comigo. Sempre que os amigos precisavam dele, Sérgio estava
junto, pronto para ajudar. E não era pelo fato de ele ter sido médico. Não, era
pelo fato de ele ter sido Sérgio, um ser único.
Descanse em paz, meu muito querido, meu muito amado, você ficará eternamente no meu coração.
Klaus Nomi para você, Klaus Nomi para todos nós.
Adelidia Chiarelli
