Foto: Thiago Reis/G1
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Por incrível que possa parecer, nesta terça-feira, boa parte dos, como direi?, estudantes parou suas atividades para aguardar o prometido retorno da jovem Geysi Arruda, aquela do vestido vermelho, o que acabou não acontecendo. Muitos deles posaram para fotos com nariz de palhaço e organizaram um protesto. Contra quem? A maioria estava mesmo contra Geysi. Uma das alunas filosofou: “Ela provocou. Se ela apenas sentasse na cadeira, isso não ia acontecer. Por que justamente nesse dia ela subiu pela rampa?” Como se nota, subir a rampa de vestido curto, e vermelho!!!, pode resultar em linchamento na Uniban.
Um dos organizadores do protesto exibe assim o seu pragmatismo: “Eu quero limpar o nome da universidade em que estudo. Eu não fiquei três anos sentado para conseguir meu diploma e ver ele manchado por causa de uma palhaçada”. Ele acredita que essa nova manifestação limpa o nome da faculdade… Que diabo se passa na universidade que conferiu o diploma de direito a Vicentinho e a Luiz Marinho, que já foram até garotos-propaganda da instituição, uma universidade privada, mesmo exercendo cargo público? Eu não sei. E é preciso ver até onde esse mesmo “diabo” não se passa em outras instituições do gênero.
Içami Tiba
Antes que continue, quero aqui lastimar uma entrevista do “psiquiatra e educador” Içami Tiba, colunista do UOL, que afirmou, numa entrevista em vídeo, que a roupa da Geysi era mesmo inadequada, sugerindo que ela despertou, digamos, os instintos sexuais primitivos da rapaziada, que então reagiu. No dia em que morre o antropólogo Claude Lévi-Strauss, Içami parece não ver muita diferença entre um bando de homens e um bando de chimpanzés, que costumam estuprar as macacas de outras comunidades em grupo. Quem fala demais, é o caso dele, acaba dando bom-dia a cavalo! Continua
Legenda da foto:
Alunos fazem protesto antes de aula na Uniban (Foto: Thiago Reis/G1)
G1