segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Viagem à última fronteira do mundo

Via El País
Por
20.09.2014

O degelo do Polo Norte está abrindo fronteiras antes inacessíveis. A extração de petróleo e a abertura de novas rotas marítimas ameaçam destruir um ecossistema fundamental para a sobrevivência do planeta

É a sensação de estar no fim do mundo. O mar atinge o primeiro iceberg. Aparece a cerca de 80 metros a bombordo, inerte. Depois surge outro. A seguir, dezenas. Centenas. Milhares. O Esperanza, um dos três navios da organização ambiental, Greenpeace, reduz o ritmo ao alcançar o mar despedaçado, que o radar alertava horas antes com pontinhos fosforescentes. Na ponte de comando, além do capitão, viaja um piloto de gelo, assessor para esse tipo de mares. Na proa, o barulho do casco contra os blocos congelados rompe o silêncio: escapa de alguns e passa por cima de outro, quebrando com o peso do barco. Entre os fragmentos resultantes penetra uma torrente de água, dando volta no gelo como um pião, buscando seu novo equilíbrio dentro da água. Cubos de gelo gigantes e pontiagudos, brancos e azul piscina.

Continua!