Quatro anos sem fumar!!!
Nossa! Tudo isso? Pois é, tudo isso. Parece que foi ontem,
mas também parece que nunca coloquei cigarro na boca. No entanto, essa sensação
de nunca ter colocado cigarro na boca, desaparece quando alguém passa por mim
fumando na rua. O cheiro de cigarro ainda me inebria. Mas já não sigo fumantes,
como fazia nos primeiros meses em que deixei de fumar. Agora me contento em apenas sentir o cheiro
da fumaça passando por mim.
Há quatro anos, quando me aventurei a largar o cigarro,
sabia que engordaria. E engordei. Mas não me preocupei com a gordura que, sem
critério, sem pudor, nem cerimônia, tomava posse, invadia o meu corpo, dia após
dia, como se ele lhe pertencesse. Uma coisa de cada vez, eu me dizia. Primeiro
você para de fumar, depois cuida da gordura. E foi o que fiz.
No início de dezembro de 2014, fiz um programa alimentar
para mim, que segui à risca. Não o quebrei em momento algum. Nem no Natal, nem
nas festas do Ano Novo. E o resultado apareceu: estou bem mais magra do que
quando deixei de fumar. Se passei fome?
Digamos que... nem tanto... Mas tinha dia (e tem!) que já acordo de manhãzinha com
vontade de jantar. Apesar desse,
digamos, pequeno detalhe, está valendo à pena. Falta pouco para me dar por satisfeita com o meu peso. Depois é
só continuar me preocupando com a quantidade e com a qualidade da minha
alimentação, e continuar com as minhas caminhadas que precisaram ser
interrompidas há mais ou menos um mês por causa de um tombo que levei. Enfiei o
pé num buraco, e quando me dei conta estava no chão. O impacto do tombo foi forte,
todo sobre o joelho direito, exatamente no local onde havia machucado num outro
tombo, há uns dois anos, também ao enfiar o pé em outro buraco paulistano. Viver
em São Paulo não é fácil! É uma aventura! Uma grande aventura! Seca, assaltos, assassinatos,
poluição, ruas congestionadas, sistema de saúde precário, transporte público
precário, metrô abarrotado de gente, buracos e mais buracos pelas ruas e
calçadas, políticos pensando que somos todos idiotas. E nós deixando que pensem
que somos idiotas, sem fazer absolutamente nada, e nos comportando como tal.
Calma lá, dona moça!, a senhora estava falando sobre os quatro
anos sem cigarro: atenha-se a isso! É para eu me ater a esse assunto, apenas?
É! Certo! Então, é o que farei. Vamos
lá:
Outro dia, lendo uma matéria publicada num site, fiquei
sabendo pela zilésima vez que, a cada
dia que passo sem cigarro meu corpo se fortalece. Zil vantagens se tem ao
deixar o cigarro mas, para uma fumante inveterada como eu, absurdamente
dependente da nicotina, não fumar é um desafio incomensurável.
Pois é... Mas não fumar foi decisão, minha decisão tomada há
quatro anos.
Continuem torcendo por mim.
Quero morrer bem!
Adelidia Chiarelli
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