sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Doença infecciosa melioidose é mais difundida do que se pensava
JC-Notícias/SBPC
14.01.2015
Revista Pesquisa Fapesp
Estudo mapeia distribuição de bactéria responsável pela enfermidade, tão perigosa quanto a dengue
Enquanto as atenções estão voltadas ao desenvolvimento de formas de prevenção de doenças como febre zika, dengue e chikungunya, uma moléstia infecciosa pouco conhecida e estudada começa a chamar a atenção de médicos e pesquisadores de todo o mundo em razão do aumento do número de casos e mortes registrados nos últimos anos, sobretudo em países em desenvolvimento. Em um estudo publicado nesta segunda-feira, 11, na revista Nature Microbiology, um grupo internacional de pesquisadores, entre eles a médica infectologista brasileira Dionne Bezerra Rolim, do Núcleo de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Ceará e pesquisadora da Universidade de Fortaleza, dá uma dimensão do problema ao apresentar um mapa da distribuição global da bactéria Burkholderia pseudomallei, responsável pela melioidose, uma doença de difícil diagnóstico que pode causar febre alta, dores no peito associadas à tosse e até comprometer os pulmões, desencadeando quadros de bronquite e pneumonia.
No estudo, os pesquisadores compilaram e analisaram 22.338 de casos de melioidose em seres humanos e animais, além de registros sobre os ambientes em que essa bactéria já havia sido encontrada, entre 1910 e 2014. Eles verificaram que durante esse período a B. pseudomallei se dispersou por muito mais países do que se imaginava. Isso porque os pesquisadores estimam ter havido uma significativa subnotificação dos casos da doença em 45 países onde ela é endêmica, devido ao fato de a doença ser pouco conhecida pelos profissionais de saúde. É o caso, por exemplo, do Brasil, México, Peru e Argentina. Além deles, outros 34 países que nunca tinham registrado casos de melioidose podem ser endêmicos, como Paraguai, Bolívia e Suriname. De acordo com o estudo, o número de casos por ano no mundo é de cerca de 165 mil, dos quais 89 mil resultam em morte.
Veja a matéria completa.
14.01.2015
Revista Pesquisa Fapesp
Estudo mapeia distribuição de bactéria responsável pela enfermidade, tão perigosa quanto a dengue
Enquanto as atenções estão voltadas ao desenvolvimento de formas de prevenção de doenças como febre zika, dengue e chikungunya, uma moléstia infecciosa pouco conhecida e estudada começa a chamar a atenção de médicos e pesquisadores de todo o mundo em razão do aumento do número de casos e mortes registrados nos últimos anos, sobretudo em países em desenvolvimento. Em um estudo publicado nesta segunda-feira, 11, na revista Nature Microbiology, um grupo internacional de pesquisadores, entre eles a médica infectologista brasileira Dionne Bezerra Rolim, do Núcleo de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Ceará e pesquisadora da Universidade de Fortaleza, dá uma dimensão do problema ao apresentar um mapa da distribuição global da bactéria Burkholderia pseudomallei, responsável pela melioidose, uma doença de difícil diagnóstico que pode causar febre alta, dores no peito associadas à tosse e até comprometer os pulmões, desencadeando quadros de bronquite e pneumonia.
No estudo, os pesquisadores compilaram e analisaram 22.338 de casos de melioidose em seres humanos e animais, além de registros sobre os ambientes em que essa bactéria já havia sido encontrada, entre 1910 e 2014. Eles verificaram que durante esse período a B. pseudomallei se dispersou por muito mais países do que se imaginava. Isso porque os pesquisadores estimam ter havido uma significativa subnotificação dos casos da doença em 45 países onde ela é endêmica, devido ao fato de a doença ser pouco conhecida pelos profissionais de saúde. É o caso, por exemplo, do Brasil, México, Peru e Argentina. Além deles, outros 34 países que nunca tinham registrado casos de melioidose podem ser endêmicos, como Paraguai, Bolívia e Suriname. De acordo com o estudo, o número de casos por ano no mundo é de cerca de 165 mil, dos quais 89 mil resultam em morte.
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