quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Estudo investiga determinantes sociais da obesidade

Agência Fiocruz de Notícias
André Costa
19.01.2016

Características do ambiente têm papel relevante no desenvolvimento da obesidade, uma vez que podem influenciar hábitos de vida saudáveis ou não saudáveis. O consumo alimentar e a atividade física, principais causas a determinar se uma pessoa estará ou não com excesso de peso, são originados também por fatores como renda, escolaridade e sexo. Com o objetivo de investigar determinantes sociais relacionadas à obesidade, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh) e da Fiocruz Minas desenvolveram o estudo Excesso de peso em homens e mulheres residentes em área urbana: fatores individuais e contexto socioeconômico.

Publicado na revista científica Cadernos de Saúde Pública (volume 31, suplemento 2015), periódico editado pela Fiocruz, o estudo avaliou 2.936 pessoas com idades entre 20 e 60 anos residentes em Oeste e Barreiro, distritos sanitários de Belo Horizonte. Os distritos foram escolhidos por representarem as desigualdades da capital mineira referentes a indicadores demográficos, socioeconômicos e de saúde.

A pesquisa, que integra uma investigação denominada Saúde em Beagá, constatou a prevalência de excesso de peso em 52,3% dos casos analisados. O percentual foi semelhante entre homens e mulheres: respectivamente, 52,9% e 51,8%. Para entender por que mais da metade da população belo-horizontina está acima do peso, foram analisados fatores como idade, situação conjugal, escolaridade, renda familiar e hábitos alimentares.

Em relação à idade, tanto mulheres quanto homens tendem a ganhar peso no período entre os 30 e os 39 anos. Dos 20 aos 29, apenas 31,2% das mulheres e 38,2% dos homens são obesos. Na década seguinte, ocorre um grande salto, quanto o percentual de mulheres acima do peso aumenta para 54,4% e o de homens para 58,5%. Índices análogos são mantidos a estes na década seguinte, e voltam a aumentar na casa entre 50 e 60 anos, quando 69,3% das mulheres e 66,8% dos homens estão obesos. Quanto à situação conjugal, o comprometimento engorda: 57,4% das mulheres com parceiro e 61,6% dos homens comprometidos estão acima do peso, em oposição, respectivamente, a 45,3% e 42,6% dos solteiros.

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