sábado, 25 de abril de 2009
Parlamento atuante ou itinerante?
Via Blog do Noblat - 24.04.2009
Do Blog do Alon:
Está enganado quem vê nas atuais pressões sobre o Legislativo a intenção oculta de fechar o Congresso Nacional. É o contrário. O que se quer é abri-lo. Ou reabri-lo. Não apenas abrir as contas das passagens aéreas, da gasolina, da alimentação, das verbas de gabinete e das assemelhadas. Mas reabrir de fato a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, para que a agenda das benesses ocultas seja superada e o poder volte a suas atividades normais.
O que não se admite, entretanto, é chantagem. Algo assim como “se eu não puder usar a minha cota de passagens aéreas para viajar com minha mulher a Londres e Paris a democracia estará seriamente ameaçada; afinal, não se pode falar em democracia sem um parlamento atuante”. Parlamento atuante não é parlamento itinerante. O leitor já percebeu que os alhos nada têm a ver com os bugalhos. Já percebeu que o político poder usar o dinheiro do povo para passear com a família de avião não é requisito indispensável para que um regime seja caracterizado como democrático.
Vamos falar a sério. Para que o Congresso saia da crise, é preciso em primeiro lugar que os congressistas resistam à tentação de posar como vítimas. Até porque não pega bem. É preciso tratar o assunto com racionalidade. Você conhece por acaso algum emprego em que o sujeito, tendo que viajar regularmente, receba da empresa verba extra para levar junto a mulher e os filhos nas viagens profissionais? Continua
Do Blog do Alon:
Está enganado quem vê nas atuais pressões sobre o Legislativo a intenção oculta de fechar o Congresso Nacional. É o contrário. O que se quer é abri-lo. Ou reabri-lo. Não apenas abrir as contas das passagens aéreas, da gasolina, da alimentação, das verbas de gabinete e das assemelhadas. Mas reabrir de fato a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, para que a agenda das benesses ocultas seja superada e o poder volte a suas atividades normais.
O que não se admite, entretanto, é chantagem. Algo assim como “se eu não puder usar a minha cota de passagens aéreas para viajar com minha mulher a Londres e Paris a democracia estará seriamente ameaçada; afinal, não se pode falar em democracia sem um parlamento atuante”. Parlamento atuante não é parlamento itinerante. O leitor já percebeu que os alhos nada têm a ver com os bugalhos. Já percebeu que o político poder usar o dinheiro do povo para passear com a família de avião não é requisito indispensável para que um regime seja caracterizado como democrático.
Vamos falar a sério. Para que o Congresso saia da crise, é preciso em primeiro lugar que os congressistas resistam à tentação de posar como vítimas. Até porque não pega bem. É preciso tratar o assunto com racionalidade. Você conhece por acaso algum emprego em que o sujeito, tendo que viajar regularmente, receba da empresa verba extra para levar junto a mulher e os filhos nas viagens profissionais? Continua