quarta-feira, 20 de maio de 2015

Ribeirinhos de Rio Madeira (RO) estão sob maior risco de exposição ao mercúrio

Informe ENSP,
boletim eletrônico diário da
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
Via EcoDebate
19.05.2015

O organismo humano conta com um sistema capaz de proteger nosso corpo da ação de radicais livres, que são moléculas produzidas durante o processo de respiração aeróbica, ou no metabolismo de substâncias químicas, e que podem causar danos celulares. O excesso de produção dessas moléculas causa o estresse oxidativo: um desequilíbrio estre espécies oxidantes e antioxidantes. As consequências desse desequilíbrio têm diversos efeitos, desde o envelhecimento precoce até a manifestação de certos tipos de câncer. Uma pesquisa da ENSP sobre a exposição humana ao mercúrio (Hg) apontou que populações ribeirinhas com dietas ricas em peixe estão sob maior risco de exposição à essa substância química tóxica, que está associada ao processo de estresse oxidativo.
O estudo analisou crianças e adolescentes em três comunidades em Rondônia, na área de influência do rio Madeira, e os biomarcadores de exposição em ribeirinhos se mostraram elevados, o que representa maior risco de alterações no desenvolvimento cognitivos dessas crianças e adolescentes. O Hg na região amazônica é um problema ambiental que pode influenciar a saúde dos habitantes da localidade. Seja de origem natural ou passivo dos garimpos de ouro das últimas décadas, ele deve ser monitorado, permitindo um acompanhamento dos níveis no ambiente e na saúde da população.
 
Continua.