quinta-feira, 4 de junho de 2015
Carta dirigida à SBPC pela professora Maria Raquel de Carvalho, clama por maior mobilização da comunidade científica contra o desmatamento na Amazônia
Via JC-Notícias/SBPC
Opinião do leitor
Maria Raquel de Carvalho
03.06.2015
Saudações,
Sou professora de física da rede municipal de Belo Horizonte, MG.
Tenho falado exaustivamente aos meus alunos sobre os efeitos catastróficos do desmatamento da Amazônia no clima e no ciclo das chuvas em nosso país.
Em minha cidade tenho observado que há três anos não chove durante um mês inteiro, período que minha mãe costumava chamar de “invernada”, que acontecia entre os meses de novembro a janeiro e que por décadas, jamais deixou de ocorrer.
Três anos! Quando ocorrem em Belo Horizonte, são apenas chuvas esparsas, que não chegam a durar uma semana, e espaçadas de mês inteiro de estio. Certamente esse quadro só irá piorar daqui para a frente.
Sinto-me como quem clama no deserto, principalmente porque os jovens a quem me dirijo não terão tempo para ascender às posições de decisão nos destinos do país e interferir nesse processo nefasto. A mudança precisa ocorrer agora!
Recebi esse link em rede social: http://hypecurioso.com/16-fronteiras-bizarras-ao-redor-do-mundo/
Refletindo sobre a foto de número 12, chega-se à conclusão que cada povo age de acordo com o que aprendeu de seus antepassados, na Bolívia o povo segue as tradições de seus antepassados indígenas e no Brasil, seguimos nossos antepassados portugueses. 500 anos é muito pouco tempo para haver mudança comportamental, a não ser que atue uma força poderosa: a conscientização da população.
E a quem cabe fazer esse papel conscientizador? Pode-se tirar leite de pedra? Quem tem essa obrigação é quem tem o conhecimento.
Dói no coração ouvir estas declarações de Antônio Donato Nobre: https://www.youtube.com/watch?v=cG2zjHgUy2o
E pensar que pouco têm acesso a elas.
Portanto “Eu acuso”!
Acuso à SBPC e a todos que sabem exatamente quais serão as consequências do desmatamento da Amazônia e se limitam a falar do assunto apenas em âmbito científico ou, não sei se o fazem, para um governo corrupto que não se interessa pelo país.
Acuso aos únicos detentores do conhecimento por não fazerem uma campanha maciça, veiculada nos meios de comunicação dirigida AO POVO simples e ignorante, para que acorde e possa exigir das autoridades, providências para garantir a própria VIDA.
Acuso a comunidade científica brasileira que sabe a dimensão do que acontece no país e não faz NADA para conscientizar a população.
Não podemos assistir em silêncio o deserto de Atacama invadir o Brasil até chegar ao Rio de Janeiro, pois é isso que ocorrerá se não fizermos nada.
Eu gostaria de enviar essa mensagem a Antônio Donato Nobre e a cada cientista que se dedica a estudar a questão ambiental brasileira, mas eu mesma não sei como me dirigir a ele nem a quem mais deveria me dirigir, por isso me dirijo a você, que faz parte da SBPC e pode, pelo menos me ajudar nessa tarefa.
Por favor encaminhe minha mensagem aos cientistas estudiosos dessa área, ou me envie os seus emails para que eu mesma o faça.
Não é possível esperar mais que os gananciosos destruidores do meio ambiente mudem de atitude. Isso não ocorrerá. É o povo que precisa se defender, mas só o fará se tiver o conhecimento.
Atenciosamente
Maria Raquel de Carvalho
Opinião do leitor
Maria Raquel de Carvalho
03.06.2015
Saudações,
Sou professora de física da rede municipal de Belo Horizonte, MG.
Tenho falado exaustivamente aos meus alunos sobre os efeitos catastróficos do desmatamento da Amazônia no clima e no ciclo das chuvas em nosso país.
Em minha cidade tenho observado que há três anos não chove durante um mês inteiro, período que minha mãe costumava chamar de “invernada”, que acontecia entre os meses de novembro a janeiro e que por décadas, jamais deixou de ocorrer.
Três anos! Quando ocorrem em Belo Horizonte, são apenas chuvas esparsas, que não chegam a durar uma semana, e espaçadas de mês inteiro de estio. Certamente esse quadro só irá piorar daqui para a frente.
Sinto-me como quem clama no deserto, principalmente porque os jovens a quem me dirijo não terão tempo para ascender às posições de decisão nos destinos do país e interferir nesse processo nefasto. A mudança precisa ocorrer agora!
Recebi esse link em rede social: http://hypecurioso.com/16-fronteiras-bizarras-ao-redor-do-mundo/
Refletindo sobre a foto de número 12, chega-se à conclusão que cada povo age de acordo com o que aprendeu de seus antepassados, na Bolívia o povo segue as tradições de seus antepassados indígenas e no Brasil, seguimos nossos antepassados portugueses. 500 anos é muito pouco tempo para haver mudança comportamental, a não ser que atue uma força poderosa: a conscientização da população.
E a quem cabe fazer esse papel conscientizador? Pode-se tirar leite de pedra? Quem tem essa obrigação é quem tem o conhecimento.
Dói no coração ouvir estas declarações de Antônio Donato Nobre: https://www.youtube.com/watch?v=cG2zjHgUy2o
E pensar que pouco têm acesso a elas.
Portanto “Eu acuso”!
Acuso à SBPC e a todos que sabem exatamente quais serão as consequências do desmatamento da Amazônia e se limitam a falar do assunto apenas em âmbito científico ou, não sei se o fazem, para um governo corrupto que não se interessa pelo país.
Acuso aos únicos detentores do conhecimento por não fazerem uma campanha maciça, veiculada nos meios de comunicação dirigida AO POVO simples e ignorante, para que acorde e possa exigir das autoridades, providências para garantir a própria VIDA.
Acuso a comunidade científica brasileira que sabe a dimensão do que acontece no país e não faz NADA para conscientizar a população.
Não podemos assistir em silêncio o deserto de Atacama invadir o Brasil até chegar ao Rio de Janeiro, pois é isso que ocorrerá se não fizermos nada.
Eu gostaria de enviar essa mensagem a Antônio Donato Nobre e a cada cientista que se dedica a estudar a questão ambiental brasileira, mas eu mesma não sei como me dirigir a ele nem a quem mais deveria me dirigir, por isso me dirijo a você, que faz parte da SBPC e pode, pelo menos me ajudar nessa tarefa.
Por favor encaminhe minha mensagem aos cientistas estudiosos dessa área, ou me envie os seus emails para que eu mesma o faça.
Não é possível esperar mais que os gananciosos destruidores do meio ambiente mudem de atitude. Isso não ocorrerá. É o povo que precisa se defender, mas só o fará se tiver o conhecimento.
Atenciosamente
Maria Raquel de Carvalho