segunda-feira, 29 de junho de 2015

Munduruku leva batalha épica por direitos indígenas às Nações Unidas

Xingu Vivo
24.06.2015

Em Genebra, Ademir Kaba denuncia falta de consulta e violações de direitos territoriais pelo governo brasileiro em corrida para construir hidrelétricas na Amazônia

Genebra, Suíça – Num evento paralelo à 29ª Reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que aconteceu na tarde desta quarta, 24, o líder indígena Ademir Kaba Munduruku denunciou o agravamento de abusos de direitos indígenas pelo governo brasileiro na sua corrida para construir uma quantidade sem precedentes de hidrelétricas na Amazônia. Grande parte de sua crítica teve como enfoque as repetidas violações dos direitos dos povos indígenas a processos de consulta e consentimento livre, prévio e informado sobre barragens que teriam consequências devastadoras para seus territórios e meios de vida.

Ademir também condenou a recusa do governo brasileiro de demarcar um território Munduruku conhecido como Sawre Muybu, que sofreria inundações pela mega-barragem São Luiz do Tapajós. As exigências do líder Munduruku foram reforçadas por uma sentença da justiça federal emitida na semana passada que ordena a administração da presidente Dilma Rousseff a abster-se de emitir uma licença ambiental para o empreendimento na ausência de consulta prévia com os povos indígenas e outras comunidades ameaçadas.

Em seu depoimento, Ademir Kaba destacou a determinação do povo Munduruku em defender incondicionalmente seus direitos e meios de vida frente às ameaças de barragens. Comunidade indígena mais numerosa na bacia do rio Tapajós, os Munduruku têm organizado uma série de protestos de alta visibilidade contra abusos de seus direitos pelo governo, incluindo uma ocupação da polêmica hidrelétrica de Belo Monte em 2013.

Veja a matéria completa.