quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

As lições do desastre ambiental de Mariana

Instituto de Estudos Avançados da USP
Mauro Bellesa
10.12.2015

As primeiras notícias do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana no dia 5 de novembro indicavam a ocorrência de um desastre grave, mas faltavam informações sobre a real dimensão do acontecido.

Assim como em outros desastres ambientais em terra nos últimos tempos (região serrana, Angra dos Reis e Morro do Bumba no Rio de Janeiro; vale do Itajaí em Santa Catarina), a preocupação primeira foi (como só poderia ter sido) saber se havia e quantos eram os mortos, feridos e desabrigados.
Nos dias que se sucederam ao rompimento da barragem, à medida que eram contados os desaparecidos (ainda restam oito) e corpos eram localizados (13 até o momento) e a lama com rejeitos invadia o rio Doce e outros rios do vale e seguia em direção ao Espírito Santos, a sociedade brasileira se conscientizou da dimensão do maior desastre já acontecido no país e um dos maiores da história mundial.

Mais de um mês após o rompimento, e com a lama tendo atingido o litoral do Espírito Santo há mais de duas semanas, uma série de perguntas ainda estão sem respostas. O que causou o rompimento? Qual o grau de toxidade da lama? Quem efetivamente arcará com os custos das indenizações às famílias atingidas direta e indiretamente e da recuperação ambiental? Será possível um dia as áreas e ecossistemas afetados voltarem a ser o que eram? Se isso for possível, quanto tempo levará? Como serão a partir de agora a fiscalização, o monitoramento e os planos de contingência das barragens existentes e de outras que venham a ser construídas?

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