sexta-feira, 1 de maio de 2009
Obama: cem dias de muitas ecomudanças
Via O ECO - Por Sérgio Abranches - 30.04.2009
Os primeiros 100 dias do presidente no EUA viraram uma marca quase mística da política local. Pura convenção. Mas é hoje um traço da cultura política e jornalística. Os presidentes são avaliados, presume-se que termine a “lua de mel” com o Congresso e a opinião pública. Em todos os quesitos, Obama comemora 100 dias em vantagem. Bem avaliado pela ampla maioria, alta popularidade junto à opinião pública, sem grandes revezes, foi chamado de hiperativo, em algumas avaliações. Cometeu vários erros. Na minha opinião, o maior foi manter o Secretário de Defesa de Bush, Robert Gates. Talvez, os relatórios provavelmente exagerados da administração Bush sobre os riscos para a segurança nacional em função de duas guerras inconclusas, e alertas hipertrofiados sobre os riscos de ataques terroristas na troca de guarda, tenham deixado Obama inseguro. Ele, então, pode ter resolvido jogar com mais segurança. Um erro de decisão, que o mantém numa postura ainda conservadora demais, em uma área que requer muita mudança.
É verdade que tentou corrigir esse excesso de conservadorismo fechando Guantanamo, emitindo sinais concretos de boa vontade e mudança em direção a Cuba e também ao presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad. Foi à Turquia manifestar sua proximidade com o islamismo. Mas ficou a trava conservadora no poderoso Pentágono.
Em sua entrevista coletiva comemorativa desse “aniversário”, Obama resumiu com justiça o seu sentimento para esses 100 dias: ele disse que estava “orgulhoso, mas não contente, gratificado, mas não satisfeito”. Continua
Os primeiros 100 dias do presidente no EUA viraram uma marca quase mística da política local. Pura convenção. Mas é hoje um traço da cultura política e jornalística. Os presidentes são avaliados, presume-se que termine a “lua de mel” com o Congresso e a opinião pública. Em todos os quesitos, Obama comemora 100 dias em vantagem. Bem avaliado pela ampla maioria, alta popularidade junto à opinião pública, sem grandes revezes, foi chamado de hiperativo, em algumas avaliações. Cometeu vários erros. Na minha opinião, o maior foi manter o Secretário de Defesa de Bush, Robert Gates. Talvez, os relatórios provavelmente exagerados da administração Bush sobre os riscos para a segurança nacional em função de duas guerras inconclusas, e alertas hipertrofiados sobre os riscos de ataques terroristas na troca de guarda, tenham deixado Obama inseguro. Ele, então, pode ter resolvido jogar com mais segurança. Um erro de decisão, que o mantém numa postura ainda conservadora demais, em uma área que requer muita mudança.
É verdade que tentou corrigir esse excesso de conservadorismo fechando Guantanamo, emitindo sinais concretos de boa vontade e mudança em direção a Cuba e também ao presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad. Foi à Turquia manifestar sua proximidade com o islamismo. Mas ficou a trava conservadora no poderoso Pentágono.
Em sua entrevista coletiva comemorativa desse “aniversário”, Obama resumiu com justiça o seu sentimento para esses 100 dias: ele disse que estava “orgulhoso, mas não contente, gratificado, mas não satisfeito”. Continua