quarta-feira, 22 de julho de 2015

País demitiu 18 mil pessoas com curso superior em junho

JC-Notícias/SBPC
21.07.2015

Pelo segundo mês seguido, houve mais demissões que contratações de profissionais com diploma universitário

O país fechou 18,2 mil postos de trabalho ocupados por profissionais de nível superior em junho. Foi o segundo mês seguido em que houve mais demissões do que contratações de trabalhadores com diploma universitário. Os dados, relativos ao emprego com carteira assinada, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e não incluem declarações enviadas pelas empresas fora do prazo legal.
Em maio, conforme a Gazeta do Povo revelou na semana passada, cerca de 5,7 mil pessoas com esse nível de instrução haviam perdido o emprego. Até então, o corte de vagas desse tipo era inédito em 2015 e nunca havia ocorrido em meses de maio na série histórica iniciada em 2004.

Emprego formal no país perde 345,4 mil vagas no 1.º semestre
De cinco grandes setores da economia, apenas a agropecuária registrou saldo positivo para o emprego de nível superior – e ainda assim a diferença entre admissões e desligamentos foi pequena, de 61 vagas. O setor de serviço liderou as dispensas, com corte de 11 mil trabalhadores, seguido por comércio (-3,2 mil), indústria (-2,8 mil) e construção civil (-1,3 mil).
No acumulado do primeiro semestre, quem lidera as demissões é a indústria, com fechamento de 8,8 mil vagas em todo o país. A construção civil dispensou 6,6 mil trabalhadores com diploma universitário e o comércio, pouco mais de 900. Apesar da baixa de junho, o setor de serviços ainda acumula a geração de 60 mil empregos de nível superior neste ano. A agropecuária, por sua vez, preencheu 470 vagas.

Estados
Entre as 27 unidades da federação, somente quatro criaram vagas de nível superior em junho (Ceará, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal). O Paraná foi o sexto estado que mais demitiu, com o fechamento de 695 postos de trabalho no mês.
No acumulado do ano, o saldo do emprego para profissionais com diploma ainda é positivo, mas muito inferior ao observado no ano passado. De janeiro a junho, a economia nacional contratou 44,1 mil trabalhadores formados, 66% menos que os 129,5 mil do primeiro semestre de 2014. No Paraná, foram criados 6,7 mil empregos desse tipo neste ano, ante 10,6 mil no mesmo período do ano passado.

(Gazeta do Povo)