sábado, 23 de abril de 2016
Tragédia no Rio evidencia que, ao construirmos nossas cidades, interesses privados se sobrepõem ao bem comum
Cidades Sem Fronteiras/Veja
Mariana Barros
22.04.2016
Lei de Licitações e Regime Diferenciado de Contratações (RDC) estão na raiz do problema
Não é coincidência que a ciclovia que desabou ontem no Rio de Janeiro com dois mortos confirmados até agora tenha sido contratada sob Regime de Contratação Diferenciada, o RDC. Criado em 2011 para facilitar as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o mecanismo virou um perigoso atalho para a catástrofe.
No da ciclovia carioca, há todos os indícios de problemas: atraso na entrega, estouro no orçamento e ainda suposto beneficiamento de parentes de funcionário da prefeitura. Foi realizada pelo consórcio Contemat-Concrejato, pertencentes a Mauro Viegas, avô do secretário de Turismo Antonio Pedro Figueira de Mello. No contrato assinado em junho de 2014, a previsão de gastos era de 35 milhões de reais. A obra só foi entregue em janeiro deste ano e custou 44,7 milhões de reais, ou seja, 30% a mais que o previsto.
E, apesar de tudo isso, aparentemente foi feita dentro do que determina a lei. Como é que é? É evidente que a tragédia de ontem descortina que há alguma coisa muito errada na maneira como as cidades brasileiras têm sido construídas.
Continua.
Mariana Barros
22.04.2016
Lei de Licitações e Regime Diferenciado de Contratações (RDC) estão na raiz do problema
Não é coincidência que a ciclovia que desabou ontem no Rio de Janeiro com dois mortos confirmados até agora tenha sido contratada sob Regime de Contratação Diferenciada, o RDC. Criado em 2011 para facilitar as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o mecanismo virou um perigoso atalho para a catástrofe.
No da ciclovia carioca, há todos os indícios de problemas: atraso na entrega, estouro no orçamento e ainda suposto beneficiamento de parentes de funcionário da prefeitura. Foi realizada pelo consórcio Contemat-Concrejato, pertencentes a Mauro Viegas, avô do secretário de Turismo Antonio Pedro Figueira de Mello. No contrato assinado em junho de 2014, a previsão de gastos era de 35 milhões de reais. A obra só foi entregue em janeiro deste ano e custou 44,7 milhões de reais, ou seja, 30% a mais que o previsto.
E, apesar de tudo isso, aparentemente foi feita dentro do que determina a lei. Como é que é? É evidente que a tragédia de ontem descortina que há alguma coisa muito errada na maneira como as cidades brasileiras têm sido construídas.
Continua.