sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
MPT investiga irregularidades no contrato de cubanos no Mais Médicos
Jornal Nacional
27.02.2014
Cubanos recebem menos de 25% do salário pago a outros médicos do programa. MPT que estabelecer mudanças em acordo com o governo.
27.02.2014
Cubanos recebem menos de 25% do salário pago a outros médicos do programa. MPT que estabelecer mudanças em acordo com o governo.
O Ministério Público do Trabalho está concluindo uma investigação sobre denúncias de irregularidades no programa Mais Médicos, que também é questionado no Supremo Tribunal Federal. Os procuradores investigam, entre outros pontos, a forma como profissionais cubanos foram contratados para fazer parte do programa. A repórter Camila Bomfim mostra como médicos estrangeiros têm sido contratados aqui no Brasil e em outros países.
O uso de mão-de-obra médica estrangeira é recorrente entre governos pelo mundo. Aqui no Brasil, o programa Mais Médicos já recrutou mais de seis mil profissionais e, desse total, 80% são cubanos.
Contratados por meio de um acordo entre o Governo brasileiro, a Organização Panamericana da Saúde e Cuba, o médicos cubanos recebem menos de 25% do salário pago aos outros integrantes do programa.
Veja a matéria completa. Veja o vídeo!quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Cidades se adaptam para enfrentar mudanças climáticas
JC e-mail 4903, de 26 de fevereiro de 2014
Cidades se adaptam para enfrentar mudanças climáticas
A transformação é complexa, mas obrigatória. Nas próximas décadas, ao que tudo indica, o Rio e todos os centros urbanos do planeta serão obrigados a conviver com consequências inevitáveis das mudanças climáticas, como temperaturas extremas, chuvas cada vez mais torrenciais e grandes inundações. Se eventos antes excepcionais se tornarem de fato corriqueiros, as cidades despreparadas correrão o risco de entrar em colapso. Imagine enchentes constantes inundando estações de metrô e hospitais, bairros superpovoados por realocações mal planejadas e um sol mais agressivo a cada verão. Como a maior parte da atual infraestrutura não foi originalmente pensada para suportar este impacto, a palavra do momento é adaptação. Não há tempo a perder: ou as cidades reinventam seu desenho urbano ou os prejuízos serão ainda maiores.
- Diversos estudos mostram que o custo será menor se as cidades anteciparem as mudanças que virão nas próximas décadas, em vez de esperarem por elas - lembra o climatologista Carlos Nobre, secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.
Cada cidade pede uma estratégia diferente, por isso a necessidade de se mapear as diferentes vulnerabilidades. No caso do Rio, um aumento do nível do mar, por exemplo, significaria a realocação de pelo menos 500 mil pessoas. Mesmo que a elevação demore algumas décadas para acontecer, um trabalho de adaptação nos sistemas de diques e na mudança das ocupações próximas ao oceano não é nada trivial. A cidade conta hoje com 13 mil famílias em áreas de risco - segundo cálculo da prefeitura - e este número só deve aumentar no futuro. Em 50 ou 100 anos, a água deverá engolir diversas áreas ocupadas, mudando completamente a paisagem da cidade. Já em capitais como São Paulo, porém, as alterações climáticas já podem ser observadas neste momento, com o aumento do volume e da frequência da chuvas sendo provocados pela intensa urbanização.
- São Paulo é um caso pedagógico - opina Nobre. - Décadas atrás, a cidade não tinha pensado sua infraestrutura para fenômenos de chuvas mais intensas, e os alagamentos não param de crescer. Nos últimos anos, São Paulo trabalhou com medidas imediatas e emergenciais, e agora entendeu que é preciso uma alteração profunda na infraestrutura. É muito complexo pensar uma cidade de forma diferente, não apenas do ponto de vista de saneamento, mas também da mobilidade.
CONTINUA!
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Vinícius Romão, ator preso por engano é abraçado por amigos e diz que 'perdoa'; assista
Via G1
Káthia Mello
26/02/2014
'Tem muitos Vinicius lá dentro', diz ator, em reencontro emocionado.
CONTINUA!
Káthia Mello
26/02/2014
'Tem muitos Vinicius lá dentro', diz ator, em reencontro emocionado.
Vinícius Romão foi preso por ser suspeito de assaltar uma mulher.
O ator e vendedor Vinícius Romão de Souza, de 26 anos, preso após ser acusado por uma mulher de tê-la assaltado, falou com com jornalistas no playgroud de seu prédio, no Méier, Zona Norte do Rio, poucas horas após ser solto nesta quarta-feira (26). Detido por 16 dias na Cadeia Pública Juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, Região Metropolitana, ele reencontrou amigos, que gritavam seu nome, emocionados (i). Sobre a copeira Dalva Moreira da Costa, que o acusou, ele disse que ela errou e que a perdoa, e que é preciso descobrir outros "Vinicius".
"Tem muitos Vinicius lá dentro. Meus amigos lutaram por mim aqui fora, coisa que eu não podia fazer. Se não fosse por eles, estaria apodrecendo lá como muitas pessoas estão", agradeceu, sem mágoas da copeira. “Eu não guardo rancor. Ela foi vítima. Pelo que ela diz, foi assaltada, estava nervosa e infelizmente me confundiu. Eu vou ter oportunidade de falar com ela. Só quero dizer que perdoo ela e ela pegou o cara errado”, completou.
Para o ator, o momento mais difícil de toda a história foi quando foi abordado pelo policial na hora do assalto. "Ele apontou a arma pra mim. Foi a parte mais revoltante."
Proposta de conselho mantém graduação de medicina com 6 anos
Via G1
Por Ana Carolina Moreno
26.02.2014
Veja a matéria completa!
Por Ana Carolina Moreno
26.02.2014
Texto do CNE será apresentado em audiência pública nesta quarta-feira.Se aprovada, sugestão tornará obrigatório o estágio no SUS.
O Conselho Nacional de Educação (CNE) vai propor, em audiência pública nesta quarta-feira (26), que a graduação em medicina no Brasil seja mantida com a duração atual, de seis anos. A proposta, elaborada por uma comissão coordenada pelo presidente da Câmara de Educação Superior, Gilberto Gonçalves Garcia, também passa a obrigar que todos os estudantes de medicina passem no mínimo 30% do período de internato, a parte prática da graduação, atuando na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a atuação no sistema público era apenas sugerida, mas não exigida pelas diretrizes nacionais.
Novos materiais realizam fotossíntese artificial
Via Agência FAPESP
Por Elton Alisson, de Chicheley, Inglaterra
26.02.2014
Por Elton Alisson, de Chicheley, Inglaterra
26.02.2014
Agência FAPESP – A capacidade de fotossíntese das plantas tem servido de inspiração para cientistas de diferentes áreas tentarem produzir em laboratório materiais artificiais com propriedades semelhantes.
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, desenvolve materiais com estrutura em escala nanométrica (bilionésima parte do metro) capazes de realizar fotossíntese artificialmente para a produção de energia.
Veja a matéria completa!Saúde representa só 8% do total de investimentos públicos no Brasil
Informe do Conselho Federal de Medicina
Via EcoDebate
25.02.2014
Via EcoDebate
25.02.2014
Dos R$ 47,3 bilhões gastos com investimentos pelo Governo Federal em 2013, o Ministério da Saúde foi responsável por apenas 8,2% dessa quantia, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). Dentre os órgãos do Executivo, a Saúde aparece em quinto lugar na lista de prioridades no chamado “gasto nobre”. Isto significa que as obras em rodovias, estádios, mobilidade urbana e até armamento militar como blindados, aviões de caça e submarinos nucleares ficaram a frente da construção, ampliação e reforma de unidades de saúde e da compra de equipamentos médico-hospitalares para atender o Sistema Único de Saúde (SUS).
“O SUS precisa de mais recursos e por isso entregamos ao Congresso Nacional mais de dois milhões de assinaturas em apoio ao projeto de lei de iniciativa popular Saúde+10, que vincula 10% da receita bruta da União para o setor. Por outro lado, é preciso que o Poder Executivo priorize e aperfeiçoe sua capacidade de gerenciar os recursos disponíveis”, criticou o presidente do CFM, Roberto d’Ávila. “Não bastasse o setor ter sido preterido em relação a outros, quase R$ 5,5 bilhões deixaram de ser investidos no ano passado”, acrescentou.
Veja a matéria completa!terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Copa: camisetas com conotação sexual da Adidas revoltam o governo
Via blog do Noblat
25.02.2014
Paulo Favero, Estadão
Uma linha de camisetas da Adidas sobre a Copa do Mundo está gerando polêmica por causa do duplo sentido que o material traz. Ao mesmo tempo que fala de Brasil e da paixão pelo futebol, também reforça o apelo sexual num momento que o governo do País luta para não passar essa imagem internacionalmente. O material causou revolta na Embratur, que promete formalizar nesta terça uma reclamação à empresa alemã de material esportivo.
Leia mais em Camisetas com conotação sexual da Adidas para a Copa revoltam o governo
25.02.2014
Paulo Favero, Estadão
Uma linha de camisetas da Adidas sobre a Copa do Mundo está gerando polêmica por causa do duplo sentido que o material traz. Ao mesmo tempo que fala de Brasil e da paixão pelo futebol, também reforça o apelo sexual num momento que o governo do País luta para não passar essa imagem internacionalmente. O material causou revolta na Embratur, que promete formalizar nesta terça uma reclamação à empresa alemã de material esportivo.
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Brasil consome 14 agrotóxicos proibidos no mundo
JC e-mail 4901, de 24 de fevereiro de 2014
Brasil consome 14 agrotóxicos proibidos no mundo
Especialista indica que pelo menos 30% de 20 alimentos analisados não poderiam estar na mesa do brasileiro
Os indicadores que apontam o pujante agronegócio como a galinha dos ovos de ouro da economia não incluem um dado relevante para a saúde: o Brasil é maior importador de agrotóxicos do planeta. Consome pelo menos 14 tipos de venenos proibidos no mundo, dos quais quatro, pelos riscos à saúde humana, foram banidos no ano passado, embora pesquisadores suspeitem que ainda estejam em uso na agricultura.
Em 2013 foram consumidos um bilhão de litros de agrotóxicos no País - uma cota per capita de 5 litros por habitante e movimento de cerca de R$ 8 bilhões no ascendente mercado dos venenos.
Dos agrotóxicos banidos, pelo menos um, o Endosulfan, prejudicial aos sistemas reprodutivo e endócrino, aparece em 44% das 62 amostras de leite materno analisadas por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) no município de Lucas do Rio Verde, cidade que vive o paradoxo de ícone do agronegócio e campeã nacional das contaminações por agrotóxicos. Lá se despeja anualmente, em média, 136 litros de venenos por habitante.
Na pesquisa coordenada pelo médico professor da UFMT Wanderlei Pignati, os agrotóxicos aparecem em todas as 62 amostras do leite materno de mães que pariram entre 2007 e 2010, onde se destacam, além do Endosulfan, outros dois venenos ainda não banidos, o Deltametrina, com 37%, e o DDE, versão modificada do potente DDT, com 100% dos casos. Em Lucas do Rio Verde, aparecem ainda pelo menos outros três produtos banidos, o Paraquat, que provocou um surto de intoxicação aguda em crianças e idosos na cidade, em 2007, o Metamidofóis, e o Glifosato, este, presente em 70 das 79 amostras de sangue e urina de professores da área rural junto com outro veneno ainda não proibido, o Piretroides.
Veja também: Agrotóxico contamina leite materno
Na lista dos proibidos em outros países estão ainda em uso no Brasil estão o Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen, Parationa Metílica e Thiram.
Chuva de lixo tóxico
"São lixos tóxicos na União Europeia e nos Estados Unidos. O Brasil lamentavelmente os aceita", diz a toxicologista Márcia Sarpa de Campos Mello, da Unidade Técnica de Exposição Ocupacional e Ambiental do Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde. Conforme aponta a pesquisa feita em Lucas do Rio Verde, os agrotóxicos cancerígenos aparecem no corpo humano pela ingestão de água, pelo ar, pelo manuseio dos produtos e até pelos alimentos contaminados.
Venenos como o Glifosato são despejados por pulverização aérea ou com o uso de trator, contaminam solo, lençóis freáticos, hortas, áreas urbanas e depois sobem para atmosfera. Com as precipitações pluviométricas, retornam em forma de "chuva de agrotóxico", fenômeno que ocorre em todas as regiões agrícolas mato-grossenses estudadas. Os efeitos no organismo humano são confirmados por pesquisas também em outros municípios e regiões do país.
O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo a pesquisadora do Inca, mostrou níveis fortes de contaminação em produtos como o arroz, alface, mamão, pepino, uva e pimentão, este, o vilão, em 90% das amostras coletadas. Mas estão também em praticamente toda a cadeia alimentar, como soja, leite e carne, que ainda não foram incluídas nas análises.
O professor Pignati diz que os resultados preliminares apontam que pelo menos 30% dos 20 alimentos até agora analisados não poderiam sequer estar na mesa do brasileiro. Experiências de laboratórios feitas em animais demonstram que os agrotóxicos proibidos na União Europeia e Estados Unidos são associados ao câncer e a outras doenças de fundo neurológico, hepático, respiratórios, renais e má formação genética.
Câncer em alta
A pesquisadora do Inca lembra que os agrotóxicos podem não ser o vilão, mas fazem parte do conjunto de fatores que implicam no aumento de câncer no Brasil cuja estimativa, que era de 518 mil novos casos no período 2012/2013, foi elevada para 576 mil casos em 2014 e 2015. Entre os tipos de câncer, os mais suscetíveis aos efeitos de agrotóxicos no sistema hormonal são os de mama e de próstata. No mesmo período, segundo Márcia, o Inca avaliou que o câncer de mama aumentou de 52.680 casos para 57.129.
Na mesma pesquisa sobre o leite materno, a equipe de Pignati chegou a um dado alarmante, discrepante de qualquer padrão: num espaço de dez anos, os casos de câncer por 10 mil habitantes, em Lucas do Rio Verde, saltaram de três para 40. Os problemas de malformação por mil nascidos saltaram de cinco para 20. Os dados, naturalmente, reforçam as suspeitas sobre o papel dos agrotóxicos.
Pingati afirma que os grandes produtores desdenham da proibição dos venenos aqui usados largamente, com uma irresponsável ironia: "Eles dizem que não exportam seus produtos para a União Europeia ou Estados Unidos, e sim para mercados africanos e asiáticos."
Apesar dos resultados alarmantes das pesquisas em Lucas do Rio Verde, o governo mato-grossense deu um passo atrás na prevenção, flexibilizando por decreto, no ano passado, a legislação que limitava a pulverização por trator a 300 metros de rios, nascentes, córregos e residências. "O novo decreto é um retrocesso. O limite agora é de 90 metros", lamenta o professor.
"Não há um único brasileiro que não esteja consumindo agrotóxico. Viramos mercado de escoamento do veneno recusado pelo resto do mundo", diz o médico Guilherme Franco Netto, assessor de saúde ambiental da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). Na sexta-feira, diante da probabilidade de agravamento do cenário com o afrouxamento legal, a Fiocruz emitiu um documento chamado de "carta aberta", em que convoca outras instituições de pesquisa e os movimentos sociais do campo ligados à agricultura familiar para uma ofensiva contra o poder (econômico e político) do agronegócio e seu forte lobby em toda a estrutura do governo federal.
Reação da Ciência
A primeira trincheira dessa batalha mira justamente o Palácio do Planalto e um decreto assinado, no final do ano passado, pela presidente Dilma Rousseff. Regulamentado por portaria, a medida é inspirada numa lei específica e dá exclusividade ao Ministério da Agricultura _ histórico reduto da influente bancada ruralista no Congresso _ para declarar estado de emergência fitossanitária ou zoossanitária diante do surgimento de doenças ou pragas que possam afetar a agropecuária e sua economia.
Essa decisão, até então era tripartite, com a participação do Ministério da Saúde, através da Anvisa, e do Ministério do Meio Ambiente, pelo Ibama. O decreto foi publicado em 28 de outubro. Três dias depois, o Ministério da Agricultura editou portaria declarando estado de emergência diante do surgimento de uma lagarta nas plantações, a Helicoverpaarmigera, permitindo, então, para o combate, a importação de Benzoato de Emamectina, agrotóxico que a multinacional Syngenta havia tentado, sem sucesso, registrar em 2007, mas que foi proibido pela Anvisa por conter substâncias tóxicas ao sistema neurológico.
Na carta, assinada por todo o conselho deliberativo, a Fiocruz denuncia "a tendência de supressão da função reguladora do Estado", a pressão dos conglomerados que produzem os agroquímicos, alerta para os inequívocos "riscos, perigos e danos provocados à saúde pelas exposições agudas e crônicas aos agrotóxicos" e diz que com prerrogativa exclusiva à Agricultura, a população está desprotegida.
A entidade denunciou também os constantes ataques diretos dos representantes do agronegócio às instituições e seus pesquisadores, mas afirma que com continuará zelando pela prevenção e proteção da saúde da população. A entidade pede a "revogação imediata" da lei e do decreto presidencial e, depois de colocar-se à disposição do governo para discutir um marco regulatório para os agrotóxicos, fez um alerta dramático:
"A Fiocruz convoca a sociedade brasileira a tomar conhecimento sobre essas inaceitáveis mudanças na lei dos agrotóxicos e suas repercussões para a saúde e a vida."
Para colocar um contraponto às alegações da bancada ruralista no Congresso, que foca seu lobby sob o argumento de que não há nexo comprovado de contaminação humana pelo uso de veneno nos alimentos e no ambiente, a Fiocruz anunciou, em entrevista ao iG, a criação de um grupo de trabalho que, ao longo dos próximos dois anos e meio, deverá desenvolver a mais profunda pesquisa já realizada no país sobre os efeitos dos agrotóxicos - e de suas inseparáveis parceiras, as sementes transgênicas - na saúde pública.
O cenário que se desenha no coração do poder, em Brasília, deve ampliar o abismo entre os ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Planejamento, de um lado, e da Saúde, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário, de outro. Reflexo da heterogênea coalizão de governo, esta será também uma guerra ideológica em torno do modelo agropecuário. "Não se trata de esquerdismo desvairado e nem de implicância com o agronegócio. Defendemos sua importância para o país, mas não podemos apenas assistir à expansão aguda do consumo de agrotóxicos e seus riscos com a exponencial curva ascendente nos últimos seis anos", diz Guilherme Franco Netto. A queda de braços é, na verdade, para reduzir danos do modelo agrícola de exportação e aumentar o plantio sem agrotóxicos.
Caso de Polícia
"A ciência coloca os parâmetros que já foram seguidos em outros países. O problema é que a regulação dos agrotóxicos está subordinada a um conjunto de interesses políticos e econômicos. A saúde e o ambiente perderam suas prerrogativas", afirma o pesquisador Luiz Cláudio Meirelles, da Fiocruz. Até novembro de 2012, durante 11 anos, ele foi o organizador gerente de toxicologia da Anvisa, setor responsável por analisar e validar os agrotóxicos que podem ser usados no mercado.
Meirelles foi exonerado uma semana depois de denunciar complexas falcatruas, com fraude, falsificação e suspeitas de corrupção em processos para liberação de seis agrotóxicos. Num deles, um funcionário do mesmo setor, afastado por ele no mesmo instante em que o caso foi comunicado ao Ministério Público Federal, chegou a falsificar sua assinatura.
"Meirelles tinha a função de banir os agrotóxicos nocivos à saúde e acabou sendo banido do setor de toxicologia", diz sua colega do Inca, Márcia Sarpa de Campos Mello. A denúncia resultou em dois inquéritos, um na Polícia Federal, que apura suposto favorecimento a empresas e suspeitas de corrupção, e outro cível, no MPF. Nesse, uma das linhas a serem esclarecidas são as razões que levaram o órgão a afastar Meirelles.
As investigações estão longe de terminar, mas forçaram já a Anvisa - pressionada pelas suspeitas -, a executar a maior devassa já feita em seu setor de toxicologia, passando um pente fino em 796 processos de liberação avaliados desde 2008. A PF e o MPF, por sua vez, estão debruçados no órgão regulador que funciona como o coração do agronegócio e do mercado de venenos.
(Vasconcelo Quadros/ Portal IG)
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Amigos da APA Botucatu - Assinem e divulguem a petição!!!
Aprovação Plano de Manejo APA Botucatu
Assine e divulgue a petição!!!
Caros amigos da APA Botucatu
No dia 26/02, na próxima quarta feira, o CONSEMA vai votar a aprovação da área de proteção ambiental, a APA Botucatu
Vamos dizer ao CONSEMA - Conselho Estadual do Meio Ambiente – que não podemos mais esperar. Queremos que o Plano de Manejo seja aprovado na próxima quarta feira, na íntegra.
- Proibição de pulverização aérea na área da bacia de captação de água para abastecimento público,
- Pela restrição ao uso de agrotóxicos classe Toxicológica I e II;
- Por uma área livre de OGM.
- Pela Faixa de proteção (non edificati) de 250 m a partir do reverso da cuesta , dada a sua fragilidade geológica e geomorfológica (150 m além da APP prevista na Lei Florestal) (regra já definida na Lei Orgânica municipal);
- Pela conservação integral de fragmentos florestais e de savana;
- Pela recuperação de APP hídricas;
Clique aqui para saber mais e assinar:
http://www.avaaz.org/po/petition/CONSEMA_Conselho_Estadual_do_Meio_Ambiente_SP_Aprovacao_na_integra_do_Plano_de_Manejo_da_APA_Botucatu/?kmSNKab
http://www.avaaz.org/po/petition/CONSEMA_Conselho_Estadual_do_Meio_Ambiente_SP_Aprovacao_na_integra_do_Plano_de_Manejo_da_APA_Botucatu/?kmSNKab
Divulgue a petição.
Grata
Nelita Maria Corrêa
SOS Cuesta de Botucatu
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Tu cuerpo es una central eléctrica
Via Materia
20.02.2014
Una nueva generación de dispositivos usa la energía del cuerpo para alimentar marcapasos, sistemas de alerta para diabéticos y muchos otros dispositivos.
Veja a matéria completa!
20.02.2014
Una nueva generación de dispositivos usa la energía del cuerpo para alimentar marcapasos, sistemas de alerta para diabéticos y muchos otros dispositivos.
Veja a matéria completa!
sábado, 22 de fevereiro de 2014
O estágio atual das universidades brasileiras, por Wanderley de Souza
JC e-mail 4900, de 21 de fevereiro de 2014
O estágio atual das universidades brasileiras
Artigo de Wanderley de Souza publicado no Jornal do Brasil de 17/2
As universidades contemporâneas se caracterizam por exercer múltiplas funções, todas fundamentais para o desenvolvimento econômico e social sustentável dos locais em que se encontram, seja uma cidade, estado ou país. A primeira função reconhecida por todos é a de formar, em diferentes níveis, pessoal qualificado, nas mais variadas áreas do conhecimento. O êxito profissional dos egressos de uma universidade é fator importante à consolidação de sua imagem positiva junto à sociedade. A segunda função, ainda que exercida de forma adequada por poucas, é a de constituir um centro de geração de novas ideias e conhecimento, fruto da intensa experimentação, discussão e reflexão que devem ser permanentes e realizadas nas melhores condições possíveis, inclusive incluindo parte significativa do seu corpo discente nestas atividades. A terceira função é a de interagir permanentemente com a sociedade em diferentes níveis, desde a divulgação de suas ideias até assessorando instituições públicas e privadas nas mais diferentes áreas, onde o fator conhecimento e capacidade de criação sejam importantes. Poderíamos agregar outras funções, que de maneira crescente vêm sendo demandadas às universidades. No entanto, de alguma maneira, elas estão vinculadas às três missões básicas (ensino, pesquisa e extensão) mencionadas acima.
É justamente pela importância das universidades que elas se disseminaram pelo mundo e nelas se investem recursos significativos, tanto do setor público como do privado. Todos esperam que o investimento feito gere retorno claro para a sociedade, e é por este motivo que várias instituições no mundo vêm se dedicando a avaliar seus desempenhos, usando critérios ligeiramente diferentes, mas quase sempre procurando analisar em profundidade a excelência e o impacto da sua produção acadêmica. Muitos rankings internacionais foram publicados nos últimos anos, e todos eles mostraram um conjunto monótono de instituições ocupando as vinte primeiras posições no mundo. Um ranking publicado há cerca de um mês pela TimesHigherEducation, uma das mais prestigiosas instituições especializadas em avaliação universitária, apontou as cem universidades de melhor desempenho acadêmico localizadas nos cinco países que compõem o bloco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) bem como outros países emergentes do ponto de vista econômico, localizados na Ásia, África, América Latina e Europa Oriental. Os resultados tiveram grande repercussão no mundo acadêmico e governamental brasileiro. Alguns, eufóricos, como a indicar a pujança da universidade brasileira. Outros, que aparentemente não gostaram dos resultados apresentados, procuraram desqualificar a análise feita, inclusive usando como um dos argumentos para explicar o resultado o fato de que não temos tradição de falar inglês, o que prejudicaria o resultado final. Prefiro fazer uma análise fria dos dados e, ao fazê-lo, me parece claro que a situação do Brasil é mesmo inapelavelmente ruim, aliás, acompanhando o que vem ocorrendo com outros níveis da educação no Brasil.
Inicialmente, cabe ressaltar que entre as cem instituições apontadas como de excelência nas regiões indicadas acima, 44 estão localizadas no eixo China-Taiwan, 10 na Índia, sete na Turquia, cinco na Tailândia e África do Sul e, só então, surge o Brasil, na sexta posição, com quatro universidades (USP, UNICAMP, UFRJ e UNESP), sendo que nenhuma se encontra entre as dez primeiras (as universidades brasileiras ocuparam a 11a, 24a, 60a e 87a posições, respectivamente). Alguns resultados merecem um destaque especial. Primeiro, a posição quase que hegemônica do mundo chinês, representados pela China e Taiwan, ocupando cinco entre as dez primeiras posições, avanço extraordinário obtido nos últimos dez anos graças ao fato de que eles trabalham com foco, estabelecem metas de produtividade e de qualidade e procuram cumpri-las. Segundo, o excelente desempenho da emergente Turquia, emplacando sete universidades, sendo três entre as dez primeiras, derrubando a incrível explicação de alguns setores, de que o resultado brasileiro decorre da nossa falta de tradição com a língua inglesa, como se isso tivesse influência marcante no império otomano. Cabe destacar que nos últimos vinte anos a produção científica da Turquia passou da 40a posição para a 18a no mundo, enquanto a brasileira passou de 27a para a 14a posição. A cada ano, a Turquia se aproxima mais do Brasil, apresentando índice anual de crescimento maior do que o nosso, sobretudo nestes últimos três anos onde a taxa de crescimento da ciência brasileira vem diminuindo como consequência clara do menor investimento do governo federal em Ciência e Tecnologia. Terceiro, a colocação alcançada pela Universidade de Cape Town, posicionando-se entre as melhores dos países analisados. Quarto, o vexame dado pelas instituições universitárias da Rússia.
Como explicar os resultados indicados acima? A vivência na universidade brasileira ao longo de quarenta anos me permite afirmar que o resultado medíocre alcançado não é devido à falta de recursos. Sobretudo, é falta de uma política que priorize, essencialmente, os valores acadêmicos (competência, mérito, dedicação, entre outros), com uma gestão profissional com metas muito bem definidas. É com tristeza que constato que dificilmente reverteremos o quadro de declínio se não tivermos (comunidade acadêmica e governo) a coragem de mudar os mecanismos utilizados para a escolha dos dirigentes universitários, instituindo, por exemplo, o processo de "comitês de busca, utilizados com sucesso para escolha de dirigentes de institutos do Ministério de Ciência e Tecnologia. Em uma fase inicial este processo seria aplicado a um grupo selecionado de universidades que concorde em participar de um programa especial de fortalecimento institucional, estabelecendo uma espécie de "contrato de gestão" com o MEC. Voltarei a este tema em outro artigo.
Wanderley de Souza, professor titular da UFRJ, é membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Nacional de Medicina.
(Jornal do Brasil)
Movimento antivacina gera surto de doenças nos EUA
Via blog do Noblat
22.02.2014
22.02.2014
Alessandra Corrêa, BBC Brasil
Surtos de doenças como sarampo, caxumba ou coqueluche costumam ser associados a países pobres da África ou da Ásia, onde grande parte da população não tem acesso a vacinação e cuidados médicos.
No entanto, nos últimos anos essas doenças vêm ressurgindo com força nos EUA. Somente no ano passado, foram registrados mais de 24 mil casos de coqueluche no país, segundo dados preliminares do Centers for Disease Control and Prevention (Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças, ou CDC, na sigla em inglês), ligado ao Departamento de Saúde dos EUA.
No ano anterior, o número chegou a 48,2 mil, o maior desde 1955. Em 2013, o país registrou ainda 438 casos de caxumba e 189 de sarampo, todas doenças que podem ser prevenidas por vacinas existentes há vários anos.
O fenômeno vem chamando a atenção de especialistas, que relacionam muitos dos surtos ao movimento antivacina, encabeçado por pais que decidem não vacinar seus filhos por motivos que incluem o temor de efeitos colaterais que prejudiquem a saúde da criança.
Leia mais em Movimento antivacina gera surto de doenças nos EUA
Leia também 'Festas da catapora' são populares nos EUA
Médicos do Hospital São Lucas (RJ) denunciados por homicídio
Via blog do Noblat
22.02.2014
22.02.2014
Bruno Amorim, O Globo
A 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da Capital denunciou à Justiça quatro médicos e uma técnica de enfermagem do Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul, pela morte do historiador José Nazareth de Souza Fróes, de 85 anos.
Ele foi internado no CTI do hospital no dia 28 de agosto de 2013. O historiador precisava fazer uso diário de oxigênio complementar (máscara de oxigênio). No entanto, no dia 1º de setembro, ele foi transferido para o quarto sem o uso da máscara, o que, em alguns minutos, o levou à morte.
De acordo com a denúncia, a sucessão de erros médicos inclui a não prescrição da necessidade de oxigênio, por parte do médico plantonista, durante a transferência; a não verificação do uso da máscara no trajeto; e a falta de comunicação imediata do fato a algum dos enfermeiros, ainda mais o paciente sendo idoso e estando desacompanhado.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Estudo mostra que imunoterapia cura leucemia em 88% dos casos
JC e-mail 4900, de 21 de fevereiro de 2014
Estudo mostra que imunoterapia cura leucemia em 88% dos casos
Processo supõe remover algumas das células T dos pacientes e alterá-las com um gel para que reconheçam e ataquem células cancerígenas
Uma nova abordagem para tratar a leucemia, que consiste em usar o próprio sistema imunológico para matar as células cancerígenas, superou a doença em 88% dos adultos afetados e submetidos a este procedimento, segundo uma nova pesquisa publicada nesta quarta-feira nos Estados Unidos.
O relatório traz novas e boas notícias para o florescente campo da imunoterapia contra o câncer, que usa o que alguns descrevem como uma "droga vivente" e foi considerado pela revista Science como o maior avanço de 2013.
O último teste, publicado na revista Science Translational Medicine, foi feito com 16 pessoas com um tipo de câncer no sangue conhecido como leucemia linfoblástica aguda (LLA).
Mil e quatrocentas pessoas morrem de LLA nos Estados Unidos todos os anos e, embora seja um dos tipos de câncer mais tratáveis, os pacientes frequentemente se tornam resistentes à quimioterapia e sofrem recaídas da doença.
Neste estudo, entre 14 e 167 pacientes tiveram uma remissão completa, depois que suas células T foram modificadas para se concentrar na erradicação do câncer.
A idade média dos pacientes foi de 50 anos e todos estavam à beira da morte quando ingressaram no teste, uma vez que a doença tinha voltado ou eles tinham percebido que a quimioterapia não funcionava mais.
A maior remissão tem dois anos de duração, disse o autor Renier Brentjens, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center.
Sem este tratamento, só 30% dos pacientes que sofreram recaída da doença responderiam à quimioterapia, segundo estimativas dos pesquisadores.
Educar as células T
O processo supõe remover algumas das células T dos pacientes e alterá-las com um gel para que reconheçam uma proteína - conhecida como CD19 - nas células cancerígenas e atacá-las.
As células T sozinhas conseguem atacar outros invasores nocivos ao corpo humano, mas permitiriam que o câncer cresça de forma ininterrupta.
- Basicamente o que fazemos é reeducar as células T no laboratório, com terapia genética, para reconhecer e matar células com tumores - disse à AFP Brentjens, acrescentando que após 15 anos de trabalhos, esta tecnologia parece realmente funcionar em pacientes com este tipo de câncer.
No ano passado, sua equipe divulgou os primeiros resultados promissores em cinco pacientes adultos, curados após fazer o tratamento. O pesquisador avaliou que entre 60 e 80 pessoas nos Estados Unidos ingressaram desde então nos testes experimentais do novo tratamento, também estudado na Europa.
Não é acaso
Em dezembro de 2013, especialistas de vários centros americanos onde se realizam testes apresentaram suas descobertas no encontro anual da Sociedade Americana de Hematologia, inclusive a Universidade da Pensilvânia.
Brentjens explicou que outros centros de pesquisa conseguiram taxas de remissão similares em seus estudos até o momento, "demonstrando que isto não é um acaso".
- Este é um fenômeno real que pode se tornar uma reviravolta paradigmática na forma como nos aproximamos do tratamento do câncer - disse o especialista.
Os cientistas tentam agora averiguar porque o tratamento funciona em todos os pacientes e identificar células receptivas de tipos de câncer específicos que poderiam fazer com que, no futuro, a técnica servisse para remover outros tipos de tumores.
A terapia continua sendo cara (US$ 100 mil por pessoa), embora os especialistas acreditem que o preço diminuirá uma vez que as empresas farmacêuticas se envolvam mais e a técnica se expanda.
(Zero Hora/AFP)
UNESCO lança edição em português de manual para jornalistas investigativos
ONU Brasil
Via EcoDebate
19.02.2014
Veja a matéria e faça os downloads em português e espanhol clicando aqui!
Via EcoDebate
19.02.2014
Livro, publicado pela primeira vez em 2009 e já conta com versões em sete idiomas, é uma ferramenta básica para começar e terminar um trabalho investigativo, oferecendo conteúdo para o aprendizado de técnicas básicas.
Veja a matéria e faça os downloads em português e espanhol clicando aqui!
Música e linguagem dividem mesmo espaço no cérebro
JC e-mail 4899, de 20 de fevereiro de 2014
Música e linguagem dividem mesmo espaço no cérebro
Área cerebral ativada durante improvisos de jazz é a mesma da linguagem falada
A noção de que a música é uma linguagem (e universal) nunca fez tanto sentido. Quando músicos de jazz se alternam numa improvisação é como se, de fato, estivessem conversando. Foi o que mostrou um estudo que analisou como a criatividade afetava o cérebro. No experimento, os pesquisadores da Escola Médica da Universidade John Hopkins, nos EUA, mostraram que o cérebro de jazzistas, quando imersos numa interação musical, têm uma forte ativação nas áreas tradicionalmente associadas à linguagem falada e à sintaxe - como as palavras são organizadas nas frases e sentenças.
O estudo publicado na revista "Plos One" usou ressonância magnética para rastrear a atividade cerebral de músicos de jazz enquanto estavam tocando e improvisando em conjunto. Geralmente, eles introduzem novas melodias, elaboram e modificam a estrutura musical no curso da performance. O resultado do estudo sugere que as regiões cerebrais que processam a sintaxe não estão limitadas apenas à linguagem falada. Pelo contrário, o cérebro usa essa área para processar a comunicação em geral, seja pela linguagem ou pela música.
Autor de estudo é músico e cientista
O estudo é de um badalado pesquisador, que também é músico, e há três anos apresentou um seminário no TED sobre como o cérebro funcionava durante um processo criativo. Na ocasião, além de jazzistas, ele também pesquisou a reação cerebral de rappers. E mostrou que o cérebro tinha reações diferentes quando fazia uma performance de improviso, ou seja, criando, do que quando apenas decorava uma música. Agora, o estudo vai além e mostra qual é a reação cerebral quando se toca jazz em conjunto.
- A pesquisa é específica a músicos de jazz, mas provavelmente é aplicável à 'conversa' musical de forma mais geral - afirmou ao GLOBO o professor Charles Limb, do Departamento de Otorrinolaringologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Johns Hopkins.
O estudo também mostrou que existe uma diferença fundamental entre como o significado é processado pelo cérebro para a música e para a linguagem. É o sintático, e não semântico, que é a chave para este tipo de comunicação musical. Ou seja, na conversa musical, desliga-se a área do cérebro relacionada com a semântica - aquela que processa o significado da linguagem falada.
- O que faz sentido, porque a riqueza da estrutura da música é o que dá o seu significado. É possível ter um discurso substancial na música, sem qualquer palavra - completou.
A improvisação liga áreas cerebrais chamadas giro frontal inferior e giro temporal superior e inferior. Enquanto isto, desativa a estrutura envolvida no processamento semântico, chamada giro angular e giro supramarginal.
Participaram do estudo 11 homens com idades entre 25 e 56 anos com proficiência na performance de jazz no piano. A cada dez minutos de sessão musical, um deles era testado no equipamento.
- Quando os músicos parecem imersos em pensamento, eles não estão simplesmente esperando a sua vez de tocar. Eles estão usando as áreas sintáticas do cérebro para processar o que eles ouviram e, em seguida, responder tocando uma nova série de notas que não foi previamente composta ou praticada.
É o que explica, na prática, o músico Ricardo Fernandes, que toca bateria durante as sessões de jazz.
- Eu me sinto como se estivesse defendendo uma ideia. Da mesma forma que cada um tem uma maneira de falar e escolher determinadas palavras em detrimento de outras, na hora de tocar a gente também escolhe alguns caminhos de notas e prioriza uns intervalos. Isso dá uma personalidade a cada instrumentista - comenta Fernandes. - Quando você estuda música, começa a aprender as escalas e é dentro delas que é possível construir frases. Ou seja, é possível construir um sentido coerente para alguém.
(Flávia Milhorance/O Globo)
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Agrotóxico mata milhares de abelhas no interior de São Paulo
Via ((o))eco
19.02.14
Pelo menos dois herbicidas são responsáveis pela morte de 4 milhões de abelhas em Gavião Peixoto, município produtor de mel do interior de São Paulo. A suspeita foi confirmada ontem pela Prefeitura, após resultado de um laudo feito a pedido do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente do município.
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19.02.14
Pelo menos dois herbicidas são responsáveis pela morte de 4 milhões de abelhas em Gavião Peixoto, município produtor de mel do interior de São Paulo. A suspeita foi confirmada ontem pela Prefeitura, após resultado de um laudo feito a pedido do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente do município.
Em dezembro, após a mortandade das abelhas, apicultores fizeram boletim de ocorrência para conseguir entrar na Justiça atrás de indenização. A prefeitura encomendou um laudo para o laboratório Centerlab, que fica em Araraquara, para examinar os insetos mortos.
Os laudos divulgados ontem (18) apontaram a presença de Glifosato e Clorpirifós, dois herbicidas usados no controle de ervas daninhas e de pragas em lavouras. Centenas de colméias foram perdidas na região. Os dois agrotóxicos são permitidos no país.
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MS: Uso indiscriminado de agrotóxicos é alvo de MPF e MPT
Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul/ Ecodebate
18.02.2014
Grupo também vai discutir formas de prevenir e combater uso indiscriminado dos defensivos agrícolas. Brasileiro consome, em média, mais de 5 litros de agrotóxicos por ano.
18.02.2014
Grupo também vai discutir formas de prevenir e combater uso indiscriminado dos defensivos agrícolas. Brasileiro consome, em média, mais de 5 litros de agrotóxicos por ano.
Foi criada na última sexta-feira (14), na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Mato Grosso do Sul, uma comissão que vai debater o uso dos agrotóxicos e os riscos que eles representam ao meio ambiente, à saúde do trabalhador rural, da população e consumidores em geral.
A Comissão de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos foi aprovada pelo Fórum de Saúde, Segurança e Higiene do Trabalho de Mato Grosso do Sul (FSSHT-MS), e será integrada por membros do MPT e do Ministério Público Federal (MPF) no estado, além de outras entidades civis e governamentais.
Segundo a procuradora do trabalho, Simone Rezende, a finalidade do colegiado é debater o tema, contribuindo para a prevenção e combate ao uso indiscriminado dos defensivos agrícolas.
A Comissão será coordenada pelo procurador da República do MPF em Dourados, Marco Antonio Delfino de Almeida, e pelo procurador do MPT, Leontino Ferreira de Lima Júnior.
Metas
De acordo com o procurador Marco Antonio Delfino, o foco da Comissão será o monitoramento. “A população precisa ter certeza de que está consumindo um produto adequado. É preciso fazer o rastreamento reverso para identificar de onde o produto saiu e qual prática vem sendo observada”, afirma.
Um dos problemas destacados por Delfino relaciona-se à pulverização aérea, que pode atingir áreas próximas às lavouras e necessita de fiscalização especial. Como exemplo, o procurador cita o caso do avião que lançou veneno agrícola por acidente na escola do Assentamento Pontal dos Buritis, em Rio Verde (GO), em junho de 2013. Ficaram intoxicadas 37 pessoas, oito adultos e 29 crianças entre seis e 14 anos.
Dados
Números do Sindicato Nacional para Produtos de Defesa Agrícola (Sindage) indicam que cada brasileiro consome o referente a 5,2 litros de agrotóxicos ao longo do ano, o que coloca o Brasil no posto de maior consumidor do planeta.
A cada ano, cerca de 500 mil pessoas são contaminadas pelo produto, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS) e estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apurações do Comitê da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida em Mato Grosso do Sul revelam ainda que continuam em uso no Brasil 14 produtos que foram condenados em outros países e estão sendo retirados do mercado internacional.
Riscos ao meio ambiente e saúde
Os agrotóxicos, independentemente de seu método de aplicação, possuem grande facilidade de se dispersar no meio ambiente. Conforme alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso intenso de agrotóxicos pode causar danos ao meio ambiente, como a degradação e a contaminação do solo, água, fauna e flora, em alguns casos de forma irreversível.
Em relação à saúde, segundo pesquisas, os ingredientes ativos presentes nos agrotóxicos podem causar esterilidade masculina, distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos, pulmonares, nos sistemas imunológico e na produção de hormônios, além de má formação fetal e desenvolvimento de câncer.
Fonte: Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul
EcoDebate, 19/02/2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Professor da USP desenvolve curso online de escrita científica
JC e-mail 4898, de 19 de fevereiro de 2014
Professor da USP desenvolve curso online de escrita científica
O curso é voltado especialmente para alunos de pós-graduação e pesquisadores na produção de artigos de maior relevância acadêmica
Mais difícil até mesmo do que fórmulas intrincadas, a elaboração de artigos científicos no Brasil ainda deixa a desejar. Pensando em melhorar a qualidade dos textos, o professor Valtencir Zucolotto, do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), criou o curso Escrita Científica.
As aulas são online e gratuitas: basta baixar as apostilas e assistir às vídeo-aulas, acessíveis a estudantes de todo Brasil. O curso é voltado especialmente para alunos de pós-graduação e pesquisadores na produção de artigos de maior relevância acadêmica.
"A redação de trabalhos científicos, elaborados para serem publicados em revistas, é um dos gargalos para o crescimento da produção científica das universidades, incluindo a própria USP", afirmou o então pró-reitor de pesquisa da instituição, Marco Antonio Zago, atual reitor da USP.
As aulas são divididas em oito módulos, com passo a passo de cada parte do artigo (título, introdução, resultados e conclusões). Há também um tópico especial sobre a elaboração de textos em inglês, o que torno o texto mais atrativo para publicações internacionais. O curso não disponibiliza a emissão de certificados.
A produção científica brasileira ainda está abaixo do esperado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que em 2013 já havia apontado a necessidade de estimular a qualidade dos trabalhos publicados por cientistas brasileiros. Mesmo a USP, a maior produtora de artigos científicos do país, ainda possui baixa repercussão internacional. No último ranking do Índice Global de Inovação de 2013, produzido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual, o Brasil ficou em 64º lugar entre 142 países.
(Extra)
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