sábado, 2 de abril de 2016
Questionada pelo MP sobre evento com editora suspeita, Unicamp abre sindicância
JC-Notícias/SBPC
01.04.2016
Promotoria deu prazo de 90 dias para universidade concluir apuração que se recusava a fazer sobre conferência em parceria com publisher ‘predatório’ chinês
Durante oito meses a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tentou justificar para o Ministério Público paulista a organização de uma conferência realizada em seu próprio campus em 2014, em parceria com uma editora chinesa acusada de violar padrões de qualidade não só em publicações científicas, mas também em eventos acadêmicos. Em fevereiro, a universidade respondeu que decidira instaurar uma sindicância para apurar o caso. Ao receber essa resposta, a Promotoria do Patrimônio Público de Campinas fixou prazo de 90 dias para a conclusão da apuração.
Com base em parecer de sua procuradoria jurídica, desde novembro de 2014 a reitoria da Unicamp vinha alegando que “não é possível vislumbrar a necessidade de instauração de sindicância administrativa” sobre a 3ª ICCEA (Conferência Internacional de Engenharia Civil e Arquitetura). Realizado em 30 de julho e 1º de agosto de 2014, o evento foi o terceiro de uma série anual criada pela IACSIT (International Association of Computer Science and Information Technology), editora acadêmica que anuncia ser sediada em Singapura, mas tem suas operações realizadas na China.
Antes da realização da 3ª ICCEA, a reputação da IACSIT fora do Brasil já havia despertado a preocupação de alguns professores da FEC (Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo). Essa unidade da Unicamp articulou a parceria com a editora, que desde 2012 é apontada na famosa lista de “publishers predatórios” do blog Scholarly Open Access, do biblioteconomista Jeffrey Beall, da Universidade do Colorado em Denver. A lista relaciona editoras que exploram sem rigor científico revistas que cobram taxas de pesquisadores para publicar seus artigos em acesso livre na internet.
Continua.
01.04.2016
Promotoria deu prazo de 90 dias para universidade concluir apuração que se recusava a fazer sobre conferência em parceria com publisher ‘predatório’ chinês
Durante oito meses a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tentou justificar para o Ministério Público paulista a organização de uma conferência realizada em seu próprio campus em 2014, em parceria com uma editora chinesa acusada de violar padrões de qualidade não só em publicações científicas, mas também em eventos acadêmicos. Em fevereiro, a universidade respondeu que decidira instaurar uma sindicância para apurar o caso. Ao receber essa resposta, a Promotoria do Patrimônio Público de Campinas fixou prazo de 90 dias para a conclusão da apuração.
Com base em parecer de sua procuradoria jurídica, desde novembro de 2014 a reitoria da Unicamp vinha alegando que “não é possível vislumbrar a necessidade de instauração de sindicância administrativa” sobre a 3ª ICCEA (Conferência Internacional de Engenharia Civil e Arquitetura). Realizado em 30 de julho e 1º de agosto de 2014, o evento foi o terceiro de uma série anual criada pela IACSIT (International Association of Computer Science and Information Technology), editora acadêmica que anuncia ser sediada em Singapura, mas tem suas operações realizadas na China.
Antes da realização da 3ª ICCEA, a reputação da IACSIT fora do Brasil já havia despertado a preocupação de alguns professores da FEC (Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo). Essa unidade da Unicamp articulou a parceria com a editora, que desde 2012 é apontada na famosa lista de “publishers predatórios” do blog Scholarly Open Access, do biblioteconomista Jeffrey Beall, da Universidade do Colorado em Denver. A lista relaciona editoras que exploram sem rigor científico revistas que cobram taxas de pesquisadores para publicar seus artigos em acesso livre na internet.
Continua.