para identificação de regiões estáveis na Mata Atlântica.
(Foto: Embrapa)
Se os remanescentes de Mata Atlântica que cobrem nacos dos estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais (o chamado Corredor Central) já eram importantes em termos de conservação, com novo estudo realizado por pesquisadores norte-americanos e brasileiros ele ganhou ainda mais importância. O trabalho, desenvolvido pela Universidade da Califórnia em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), mostrou que a biodiversidade da região é muito maior do que se imaginava, apresentando-se como ponto mais do que estratégico para ações de conservação.
O estudo, que deu origem ao artigo Stability Predicts Genetic Diversity in the Brazilian Atlantic Forest Hotspot (Estabilidade prevê Diversidade Genética no Hotspot da Floresta Atlântica Brasileira, em tradução livre), prova, pela primeira vez, que os remanescentes de Mata Atlântica que vão do sul da Bahia até o Espírito Santo mantiveram-se contínuos durante milhares de anos, inclusive na última era glacial, o que possibilitou o acúmulo de mutações genéticas nas espécies que por lá habitaram. Em outras palavras, o Corredor Central é um grande berço de novas formas de vida. Continua