quarta-feira, 4 de março de 2009
Inocentes e indefesas
Via Folha de São Paulo - Por RUY CASTRO - 04.03.2009
RIO DE JANEIRO - Uma estudante de 18 anos disse ter sido estuprada dentro do campus de sua universidade, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, no fim de semana passado. O homem a teria seguido na rua, entrado no campus com ela e, à força de uma arma, levado a garota para uma área deserta do prédio e a violentado.
Nesta segunda-feira, a polícia de Alagoinha (230 km de Recife, PE) prendeu um homem de 23 anos, suspeito de violentar sua enteada, de 9 anos. A menina engravidou de gêmeos, está no quarto mês de gestação e terá de abortar. O rapaz confessou ter estuprado também sua outra enteada, de 14 anos, portadora de deficiência física e mental. A mais nova contou que era obrigada a fazer sexo com o padrasto desde os 6 anos.
E, também no sábado último, outra menina de 6 anos foi encontrada violentada e morta num bairro de Frutal (611 km de Belo Horizonte, MG). Um lavrador, acusado do crime, confessou ter encontrado a pequena na rua, atraído-a para sua casa sob promessa de lhe dar bombons e se despido. Ela se assustou e ameaçou fugir; ele então a esfaqueou e a estuprou.
Essas são apenas algumas das últimas notícias. Mas é raro o dia em que o jornal não registre miséria parecida. Tem-se a impressão de que a incidência desse tipo de crime aumentou. Pelo visto, a enorme oferta de sexo na sociedade moderna, ostensiva na televisão, na propaganda, na moda etc., não é para todos. Apenas estimula a que alguns queiram a sua parte nem que seja na forma de garotas inocentes e indefesas.
A geração de 20 anos em 1968 tinha tanto sexo à disposição que não cogitava sequer recorrer a profissionais. O mundo parecia maduro para uma linda democracia sexual, em que todos viveriam à farta nesse departamento. Esquecemo-nos de que não há nada como o homem para desmoralizar uma utopia.
RIO DE JANEIRO - Uma estudante de 18 anos disse ter sido estuprada dentro do campus de sua universidade, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, no fim de semana passado. O homem a teria seguido na rua, entrado no campus com ela e, à força de uma arma, levado a garota para uma área deserta do prédio e a violentado.
Nesta segunda-feira, a polícia de Alagoinha (230 km de Recife, PE) prendeu um homem de 23 anos, suspeito de violentar sua enteada, de 9 anos. A menina engravidou de gêmeos, está no quarto mês de gestação e terá de abortar. O rapaz confessou ter estuprado também sua outra enteada, de 14 anos, portadora de deficiência física e mental. A mais nova contou que era obrigada a fazer sexo com o padrasto desde os 6 anos.
E, também no sábado último, outra menina de 6 anos foi encontrada violentada e morta num bairro de Frutal (611 km de Belo Horizonte, MG). Um lavrador, acusado do crime, confessou ter encontrado a pequena na rua, atraído-a para sua casa sob promessa de lhe dar bombons e se despido. Ela se assustou e ameaçou fugir; ele então a esfaqueou e a estuprou.
Essas são apenas algumas das últimas notícias. Mas é raro o dia em que o jornal não registre miséria parecida. Tem-se a impressão de que a incidência desse tipo de crime aumentou. Pelo visto, a enorme oferta de sexo na sociedade moderna, ostensiva na televisão, na propaganda, na moda etc., não é para todos. Apenas estimula a que alguns queiram a sua parte nem que seja na forma de garotas inocentes e indefesas.
A geração de 20 anos em 1968 tinha tanto sexo à disposição que não cogitava sequer recorrer a profissionais. O mundo parecia maduro para uma linda democracia sexual, em que todos viveriam à farta nesse departamento. Esquecemo-nos de que não há nada como o homem para desmoralizar uma utopia.