segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cinco décadas de consciência ecológica - Rachel Carson

Via Revista FAPESP
Por CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Edição 202 - Dezembro de 2012


Primavera silenciosa, de Rachel Carson, faz 50 anos e permanece um clássico da literatura ambiental


Entre os cinquentenários de 2012, um dos mais importantes e menos celebrados foi o da publicação de Silent spring (Primavera silenciosa, reeditado no Brasil em 2010 pela Editora Gaia).
Este livro de Rachel Carson causou tanta repercussão na década de 1960 que é até hoje considerado um dos marcos fundadores do movimento ambientalista internacional.
Carson era uma cientista, mas seu nome foi incluído na lista dos autores das 100 melhores reportagens do século XX pelo júri de grandes jornalistas formado pela New York University em 2000 para escolhê-las.
É que Silent spring foi originalmente publicada pela revista The New Yorker, em partes, entre junho e julho de 1962.
A força dos argumentos e dos fatos que Carson relatava no texto sobre o uso de pesticidas e seu efeito sobre o ambiente e as pessoas foi tão grande que ele virou um sucesso instantâneo.
Dezenas de jornais republicaram trechos do trabalho e o comentaram; senadores e deputados falaram sobre ele no Congresso; o presidente John Kennedy instituiu uma comissão para estudar o assunto a partir do que Carson concluíra a respeito dele; a primeira edição do volume com a íntegra do texto, publicado pela Houghton Mifflin, vendeu 600 mil cópias em um ano.
As pessoas que conheceram bem Rachel Carson a descreviam como tímida e introvertida. Apesar disso, desde muito jovem ela se envolveu com a divulgação da ciência, a causa a que mais se dedicou na vida. Continua