segunda-feira, 25 de março de 2013
Amazônia é mostrada de forma pouco abrangente na mídia
Via Agência USP de Notícias
Ana Carolina Miotto, da Assessoria de Comunicação da Esalq
imprensa @esalq.usp.br
21.03.2013
A análise das matérias veiculadas sobre a Amazônia no programa de televisão “Globo Repórter” aponta que a região é mostrada de forma pouco abrangente, apenas como uma representação poética da natureza. As populações locais aparecem como complementos do mundo natural ideal, sem serem considerados sujeitos históricos. A conclusão faz parte de pesquisa realizada pela geógrafa Juliana de Oliveira Vicentini, no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada, realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP ,em Piracicaba.
Para avaliar o modo como se dá a veiculação da Amazônia pela mídia, Juliana observou de que maneira a região foi veiculada pelo programa “Globo Repórter”, da TV Globo, durante o ano de 2010. Para tanto, desenvolveu análises de conteúdo e análises críticas do discurso. O programa é um dos mais antigos da televisão brasileira, possui abrangência nacional, e é considerado um dos popularizadores de discursos sobre o ambiente. A Amazônia foi tema de quatro de suas edições em 2010.
Segundo Juliana, o veículo associa a região à natureza, focando em rios, florestas e biodiversidade. “O programa se apropria de detalhes e não é abrangente a respeito da região. Neste sentido, a Amazônia foi exibida como uma representação da natureza”, explica. “Tal característica foi reforçada por uma linguagem poética por meio do uso de superlativos e metáforas. Os demais assuntos que poderiam ser abordados foram em grande medida silenciados.”
A pesquisadora ainda faz algumas considerações sobre as fontes de notícia. “A população selecionada para integrar as imagens do programa é aquela que está diretamente atrelada ao mundo natural: os ‘ribeirinhos’. Eles não são tratados como sujeitos históricos, mas como um ornamento amazônico para reforçar a ideia de que a região é apenas sinônimo de natureza”, diz. A fonte de notícia legitimada pelo programa foi a fonte oficial, ou seja, pessoas que representam o poder público e a própria Rede Globo.
Veja a matéria completa.
Ana Carolina Miotto, da Assessoria de Comunicação da Esalq
imprensa @esalq.usp.br
21.03.2013
A análise das matérias veiculadas sobre a Amazônia no programa de televisão “Globo Repórter” aponta que a região é mostrada de forma pouco abrangente, apenas como uma representação poética da natureza. As populações locais aparecem como complementos do mundo natural ideal, sem serem considerados sujeitos históricos. A conclusão faz parte de pesquisa realizada pela geógrafa Juliana de Oliveira Vicentini, no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada, realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP ,em Piracicaba.
Para avaliar o modo como se dá a veiculação da Amazônia pela mídia, Juliana observou de que maneira a região foi veiculada pelo programa “Globo Repórter”, da TV Globo, durante o ano de 2010. Para tanto, desenvolveu análises de conteúdo e análises críticas do discurso. O programa é um dos mais antigos da televisão brasileira, possui abrangência nacional, e é considerado um dos popularizadores de discursos sobre o ambiente. A Amazônia foi tema de quatro de suas edições em 2010.
Segundo Juliana, o veículo associa a região à natureza, focando em rios, florestas e biodiversidade. “O programa se apropria de detalhes e não é abrangente a respeito da região. Neste sentido, a Amazônia foi exibida como uma representação da natureza”, explica. “Tal característica foi reforçada por uma linguagem poética por meio do uso de superlativos e metáforas. Os demais assuntos que poderiam ser abordados foram em grande medida silenciados.”
A pesquisadora ainda faz algumas considerações sobre as fontes de notícia. “A população selecionada para integrar as imagens do programa é aquela que está diretamente atrelada ao mundo natural: os ‘ribeirinhos’. Eles não são tratados como sujeitos históricos, mas como um ornamento amazônico para reforçar a ideia de que a região é apenas sinônimo de natureza”, diz. A fonte de notícia legitimada pelo programa foi a fonte oficial, ou seja, pessoas que representam o poder público e a própria Rede Globo.
Veja a matéria completa.