quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Barragem que se rompeu em Mariana tinha 20 vezes o volume registrado pela Feam
JC-Notícias/SBPC
02.12.2015
Dados sobre barragens da Samarco estão defasados desde 2012. Última informação sobre a represa que estourou indicava que estrutura acumulava 20 vezes menos rejeito do que o volume liberado pela catástrofe
Desde o ano de 2012, dados sobre a altura e o volume de rejeitos das barragens do Fundão e de Santarém, da Mina do Germano, da Samarco, em Mariana, estão defasados no cadastro de estruturas de represamento da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). A represa de rejeitos do Fundão se rompeu completamente no último dia 5, e a lama que continha atingiu Santarém, que por esse motivo está em obras de reforço para impedir que também ceda. O acidente com os dois barramentos destruiu comunidades próximas, matou 13 pessoas, deixou oito desaparecidas, poluiu a Bacia Hidrográfica do Rio Doce e o mar capixaba. Altura e volume das barragens são componentes fundamentais para caracterizar o nível de risco que as estruturas apresentam, segundo as normas federais (Lei 12.334/2010 e Resolução CNRH 143/2012) e estadual (Deliberação Normativa 62/2002). Principalmente depois de os órgãos fiscalizadores das duas esferas governamentais admitirem que, devido ao número insuficiente de fiscais, as equipes priorizam vistorias onde os riscos são mais evidentes. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informou que os dados são repassados pela empresa por formulário, mas não sabe se as lacunas de estatísticas se deu por omissão da mineradora ou erro da secretaria em divulgá-las.
Leia na íntegra: O Estado de Minas
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Desde o ano de 2012, dados sobre a altura e o volume de rejeitos das barragens do Fundão e de Santarém, da Mina do Germano, da Samarco, em Mariana, estão defasados no cadastro de estruturas de represamento da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). A represa de rejeitos do Fundão se rompeu completamente no último dia 5, e a lama que continha atingiu Santarém, que por esse motivo está em obras de reforço para impedir que também ceda. O acidente com os dois barramentos destruiu comunidades próximas, matou 13 pessoas, deixou oito desaparecidas, poluiu a Bacia Hidrográfica do Rio Doce e o mar capixaba. Altura e volume das barragens são componentes fundamentais para caracterizar o nível de risco que as estruturas apresentam, segundo as normas federais (Lei 12.334/2010 e Resolução CNRH 143/2012) e estadual (Deliberação Normativa 62/2002). Principalmente depois de os órgãos fiscalizadores das duas esferas governamentais admitirem que, devido ao número insuficiente de fiscais, as equipes priorizam vistorias onde os riscos são mais evidentes. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informou que os dados são repassados pela empresa por formulário, mas não sabe se as lacunas de estatísticas se deu por omissão da mineradora ou erro da secretaria em divulgá-las.
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