quinta-feira, 12 de maio de 2016

A ciência brasileira aos trancos e barrancos

JC-Notícias/SBPC
11.05.2016

Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp e presidente do Conselho de Administração do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), escreve para a revista ComCiência

A história recente da ciência no Brasil é desalentadora, para dizer o menos. E o pior é que as perspectivas para o futuro não são, sob qualquer aspecto, mais animadoras. A trôpega e tardia história das instituições responsáveis pelo fomento à pesquisa no Brasil revela o pouco ou nada do valor atribuído à pesquisa pelas sucessivas administrações federais e estaduais, como também pela população.

O Brasil foi um dos últimos países da América Latina a instalar suas universidades, o que ocorreu apenas na década de 30, com a criação da Universidade de São Paulo (USP). Enquanto um século antes inúmeros países do mesmo continente, como também da América do Norte, já haviam instalado várias universidades.

Os tropeços do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a começar pelo seu acidental início, são testemunhos do descaso com que a União trata a pesquisa científica. Foi este depoente que coordenou o capítulo de Ciência e Tecnologia do plano de governo de Tancredo Neves. E lá não havia previsão para a criação de um ministério para o setor.

Continua.