quarta-feira, 25 de maio de 2016

Proliferação do zika é resultado da política dos anos 70 contra o Aedes, diz OMS

JC-Notícias/SBPC
24.05.2016

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, disse que a epidemia de zika na América Latina e no Caribe se revela como uma consequência extrema de falhas na tentativa de prover acesso universal a políticas de planejamento familiar

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou ontem (23) que a proliferação do vírus zika, o ressurgimento da dengue e a ameaça emergente da febre chikungunya são o preço a ser pago pelo mundo por uma política fracassada adotada nos anos 70 e que deixou de lado o controle de mosquitos.

Durante cerimônia de abertura da 69ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde, Chan disse ainda que a epidemia de zika na América Latina e no Caribe se revela como uma consequência extrema de falhas na tentativa de prover acesso universal a políticas de planejamento familiar.
Segundo a diretora-geral, a região registra a maior taxa de gestações não planejadas em todo o mundo.

“No caso do zika, fomos novamente pegos de surpresa, sem nenhuma vacina confiável ou testes de diagnóstico amplamente disponíveis. Para proteger as mulheres em idade fértil, tudo o que podemos oferecer são conselhos. Evitem picadas de mosquito. Prorroguem a decisão de engravidar. Não viajem para áreas onde há transmissão contínua do vírus.”
“A confirmação de uma ligação causal entre a infecção e a microcefalia transformou o perfil do zika de uma doença considerada leve a um diagnóstico devastador para mulheres grávidas e uma ameaça significativa para a saúde global”, concluiu a diretora da OMS.

Agência Brasil