sexta-feira, 12 de julho de 2013

Com 'quase 100%' de estudantes do Bolsa Família, colégio tem baixo desempenho

Via Clipping Planejamento
Valor Econômico - 11/06/2013

 
A garota Manoela folheia livro em biblioteca instalada no banheiro da Escola Municipal José Mendes de Almeida, em Tamboril

Diretora, professores e funcionários da Escola Municipal Olavo Bilac, em Crateús, "fazem o que podem" para, dia a dia, garantir um bom aprendizado aos 625 alunos de ensino fundamental. Os mesmos profissionais admitem, contudo, que o objetivo nem sempre é alcançado. A lista de obstáculos é extensa: pouco apoio da prefeitura, espaço inadequado para atividades pedagógicas e recreativas, indisciplina, pobreza dos estudantes, desinteresse dos pais, falta de pessoal, inclusive de psicólogo.

A Olavo Bilac é uma escola tradicional, fica na principal avenida de Crateús, uma das cidades do Semiárido cearense mais afetadas pela seca, a 350 km de Fortaleza. O município, de 72 mil habitantes, é polo comercial do Sertão dos Inhamuns, região que abrange 15 outros municípios e uma população de mais de 500 mil habitantes.

O Valor passou uma tarde no colégio e a impressão que fica é a de um local confuso. Vaivém de alunos e adolescentes não matriculados em horário de aula, discussões na hora da merenda, docentes desmotivados. A "atividade" de tempo integral da escola, paga com recursos federais do Mais Educação, é outro exemplo de caos: dois grupos fazem reforço de português e matemática, outro tem aula de violão e o quarto assiste a "O Auto da Compadecida", de Guel Arraes, sem a presença de um monitor. Tudo isso acontece simultaneamente no mesmo galpão, do tamanho de duas classes. CONTINUA!