terça-feira, 20 de maio de 2014

Caminhar ativa a criatividade, aponta estudo nos EUA

JC e-mail 4954, de 19 de maio de 2014 
Caminhar ativa a criatividade, aponta estudo nos EUA

Em todos os experimentos, a caminhada parece ter eriçado raciocínios menos óbvios


Friedrich Nietzsche deve ter pisado muito chão antes de se permitir um aforismo decisivo destes: "Todos os pensamentos verdadeiramente grandes são concebidos durante uma caminhada".

O alemão sapateava os morros da Riviera Francesa ocupado com ideias graúdas - o óbito de Deus, por exemplo -, mas até para filosofias de menos ambição está servindo uma passeada a pé, dizem pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Investigando as respostas cognitivas à atividade corporal, os professores Daniel Schwartz e Marilyn Opezzo acabam de achar vínculo entre a criatividade e o ato de caminhar.

Foram quatro experimentos com 176 participantes. Em um dos testes, 48 pessoas foram monitoradas dentro de uma sala fechada, de frente para a parede, ora sentadas, ora caminhando em uma esteira; e também traçando percurso pré-determinado ao ar livre, ora empurradas em cadeira-de-rodas, ora volteando a pé pelo campus afora.

A tarefa de "medir" criatividade ficou a cargo de testes de "pensamento divergente": os participantes tinham quatro minutos para sugerir aplicações para objetos. O sujeito criativo se saía com propostas únicas, não levantadas pelos demais e, além disso, válidas (diante do objeto "pneu", houve quem arriscasse "anel para o dedo mínimo", e aí já é forçar a barra).

Continua!