quarta-feira, 28 de maio de 2014
Professores e funcionários da USP, Unicamp e Unesp entram em greve hoje
Via Agência Brasil
Por Elaine Patricia Cruz
Edição: Luana Lourenço
27.05.2014
Professores, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) entram em greve a partir de hoje (27) contra o congelamento de salários. Eles reclamam que o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) não propôs qualquer tipo de reajuste para as categorias, nem mesmo a reposição da inflação.
Segundo a Associação dos Docentes da USP, o Sindicato dos Trabalhadores da Unesp e a Associação dos Docentes da Unesp, nas duas reuniões feitas com o Cruesp, “os reitores não mostraram disposição alguma para a negociação salarial” e não apresentaram qualquer tipo de proposta de aumento. Um boletim do Sindicato dos Trabalhadores da USP diz que "o que está em jogo neste momento não é apenas a perda de poder aquisitivo de funcionários e professores. É também a deterioração da qualidade da universidade pública no estado de São Paulo, seu sucateamento através de arrocho salarial e redução de verbas”. O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp e a Associação dos Docentes da Unicamp disseram que vão lutar “contra a proposta de reajuste zero reapresentada pelo Cruesp na reunião de negociação ocorrida no dia 21 (de maio)".
Para o Diretório Central dos Estudantes Livre da USP, que apoia a paralisação, “a proposta de reajuste de 0% para funcionários e professores é nada menos do que acintosa; trata-se de arrocho salarial, já que a proposta sequer cobre a inflação do período”.
O Cruesp informou que as três universidades apresentam altos níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento e, por isso, propôs a discussão da data-base para setembro ou outubro deste ano, o que não foi aceito pelos trabalhadores. Segundo o órgão, a USP gasta 105,33% dos seus repasses com a folha de pagamento, enquanto a Unesp tem 97,33% de sua folha comprometida e, a Unicamp, 97,33%.
Na tarde de hoje, a Assembleia Legislativa de São Paulo realiza uma audiência pública para discutir a crise financeira nas universidades estaduais paulistas. Professores, estudantes e funcionários participam da audiência.
Por meio de nota à imprensa, a reitoria da USP diz que um balanço preliminar de hoje indicou a paralisação “de pequena parcela de funcionários técnico-administrativos”, sem prejuízos às aulas de graduação e de pós-graduação. “Foram paralisados os serviços oferecidos pelos restaurantes universitários nos campi de São Paulo e de São Carlos. Em São Paulo, as creches foram fechadas e houve piquetes nos prédios da administração central e da prefeitura do campus. Os hospitais mantidos pela USP - Hospital Universitário e Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, em Bauru - estão funcionando normalmente”, informou a USP.
A Unicamp, por sua vez, informou que as atividades funcionam normalmente em 85% das 22 unidades de ensino e pesquisa da universidade e que os atendimentos de saúde seguem dentro da normalidade. “Nos outros 15%, houve adesão predominantemente de servidores técnico-administrativos”.
A Unicamp também informou que o Conselho Universitário, órgão máximo de deliberação da universidade, aprovou em reunião realizada hoje recomendação de seus membros para que o Cruesp reabra as negociações sobre índices salariais. Já a Unesp informou que 14 de suas 34 unidades estão parcialmente paralisadas.
Por Elaine Patricia Cruz
Edição: Luana Lourenço
27.05.2014
Professores, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) entram em greve a partir de hoje (27) contra o congelamento de salários. Eles reclamam que o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) não propôs qualquer tipo de reajuste para as categorias, nem mesmo a reposição da inflação.
Segundo a Associação dos Docentes da USP, o Sindicato dos Trabalhadores da Unesp e a Associação dos Docentes da Unesp, nas duas reuniões feitas com o Cruesp, “os reitores não mostraram disposição alguma para a negociação salarial” e não apresentaram qualquer tipo de proposta de aumento. Um boletim do Sindicato dos Trabalhadores da USP diz que "o que está em jogo neste momento não é apenas a perda de poder aquisitivo de funcionários e professores. É também a deterioração da qualidade da universidade pública no estado de São Paulo, seu sucateamento através de arrocho salarial e redução de verbas”. O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp e a Associação dos Docentes da Unicamp disseram que vão lutar “contra a proposta de reajuste zero reapresentada pelo Cruesp na reunião de negociação ocorrida no dia 21 (de maio)".
Para o Diretório Central dos Estudantes Livre da USP, que apoia a paralisação, “a proposta de reajuste de 0% para funcionários e professores é nada menos do que acintosa; trata-se de arrocho salarial, já que a proposta sequer cobre a inflação do período”.
O Cruesp informou que as três universidades apresentam altos níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento e, por isso, propôs a discussão da data-base para setembro ou outubro deste ano, o que não foi aceito pelos trabalhadores. Segundo o órgão, a USP gasta 105,33% dos seus repasses com a folha de pagamento, enquanto a Unesp tem 97,33% de sua folha comprometida e, a Unicamp, 97,33%.
Na tarde de hoje, a Assembleia Legislativa de São Paulo realiza uma audiência pública para discutir a crise financeira nas universidades estaduais paulistas. Professores, estudantes e funcionários participam da audiência.
Por meio de nota à imprensa, a reitoria da USP diz que um balanço preliminar de hoje indicou a paralisação “de pequena parcela de funcionários técnico-administrativos”, sem prejuízos às aulas de graduação e de pós-graduação. “Foram paralisados os serviços oferecidos pelos restaurantes universitários nos campi de São Paulo e de São Carlos. Em São Paulo, as creches foram fechadas e houve piquetes nos prédios da administração central e da prefeitura do campus. Os hospitais mantidos pela USP - Hospital Universitário e Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, em Bauru - estão funcionando normalmente”, informou a USP.
A Unicamp, por sua vez, informou que as atividades funcionam normalmente em 85% das 22 unidades de ensino e pesquisa da universidade e que os atendimentos de saúde seguem dentro da normalidade. “Nos outros 15%, houve adesão predominantemente de servidores técnico-administrativos”.
A Unicamp também informou que o Conselho Universitário, órgão máximo de deliberação da universidade, aprovou em reunião realizada hoje recomendação de seus membros para que o Cruesp reabra as negociações sobre índices salariais. Já a Unesp informou que 14 de suas 34 unidades estão parcialmente paralisadas.