Por LOLA ARONOVICH
12.04.2014
Faz uma semana que estou me comunicando com o Genis, o coletivo feminista da Unesp de Botucatu. O que elas me contam sobre os trotes violentos realizados na cidade é impressionante.
Botucatu é famosa pelos trotes. Esta notícia é de 1997. As coisas parecem não ter mudado muito nesses últimos dezessete anos. Em 2012, quando publiquei um post contra trotes, uma aluna da Unesp de Botucatu narrou sua experiência nos comentários. Ela diz que, depois do que passou, largou a faculdade "sem olhar pra trás".
No entanto, a Unesp tem uma resolução de 1999 que proíbe os trotes. Esta é a resolução no. 86, artigo terceiro: "não será tolerado qualquer tipo de ato estudantil que cause, a quem quer que seja, agressão física, moral ou outras formas de constrangimento, dentro ou fora do espaço físico da Universidade". Mas os trotes vem ocorrendo sem a menor punição.
Há também um disque-trote (14 3815-9000), mas o Genis testou o telefone e constatou que é o da guarda do campus, que só atende casos de trote dentro da faculdade. O coletivo reclamou disso numa reunião com a congregação da Unesp. Parece que nenhum dos diretores sabia, e prometeram mudar o número. Até agora, não aconteceu.
Comentário básico:
Ex-aluna da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB)