09.08.2014
O Globo
Moradores que ocupam casas dentro da área do Jardim Botânico fizeram, nesta sexta-feira, uma manifestação pela permanência no local e invadiram a sede administrativa do instituto de pesquisas. O ato durou quase sete horas, das 11h30m às 18h, chegando a haver um pequeno tumulto. A polícia foi acionada, e a presidente do Jardim Botânico, Samyra Crespo, e outros dirigentes da instituição tiveram de deixar o prédio. Procurada, por e-mail e através de sua assessoria, Samyra não se pronunciou.
Uma moradora de comunidades do Horto que é favorável ao reassentamento das famílias disse ter ficado perplexa com a invasão desta sexta-feira:
“Estou realmente sem saber onde esse povo vai parar. O parque tem que rever a segurança. Tenho medo do que poderá vir a acontecer, já que a segurança do parque não deu para conter a invasão”, disse a moradora, em e-mail que encaminhou, anexando fotos, para líderes comunitários do bairro.
As terras do Jardim Botânico foram delimitadas e cedidas pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para o instituto. No momento, corre o prazo fixado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para que a área seja incluída no Registro Geral de Imóveis. Dentro do terreno do Jardim Botânico estão 520 casas que terão de ser desocupadas. Outras 101 famílias, que moram na comunidade Dona Castorina, permanecerão no local.
