sábado, 23 de agosto de 2014

Especialista recomenda revisão de normas sobre exposição a mercúrio

Via Jornal da Ciência/SBPC
Por Viviane Monteiro
20.08.2014

A exposição ao metal tóxico em níveis elevados pode provocar danos irreversíveis à visão, com prejuízos à retina

As normas internacionais relacionadas à exposição humana ao vapor do mercúrio em ambientes de trabalho estão ultrapassadas e precisam ser revisadas para conter casos de intoxicação de trabalhadores ao metal tóxico.

A recomendação é da pesquisadora Dora Ventura, do Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em palestra proferida nesta terça-feira, 19, no 2º Encontro Regional de Membros Afiliados da Academia Brasileira de Ciências (ABC), na unidade do Makenzie, em Higienópolis, São Paulo.

“O sujeito que está exposto cronicamente (ao mercúrio) fica numa situação em que as normas não são seguras. São ditas seguras, mas não são”, disse Dora que discorreu sobre o tema: Impactos da exposição ao mercúrio na visão humana.

Com base nos parâmetros internacionais, a legislação brasileira estabelece o limite de 35 microgramas por gramas de mercúrio (35 μg de Hg/g) na urina do trabalhador exposto ao metal tóxico no ambiente de trabalho.

Embora toda população esteja potencialmente exposta ao mercúrio encontrado no meio ambiente, o risco maior ocorre no ambiente de trabalho nas indústrias de cloro-álcali; aparelhos de medição de uso doméstico, clínico e industrial como termômetros (temperatura), esfignomanômetros (pressão sangüínea), barômetros (pressão); lâmpadas fluorescentes; interruptores elétricos e eletrônicos (interruptores de correntes); e instrumentos de controle industrial (termostatos e pressostatos).

Continua!