sexta-feira, 4 de março de 2016
Aquecimento global pode provocar 500 mil mortes adicionais até 2050
JC-Notícias/SBPC
03.03.2016
Estudo publicado hoje na revista The Lancet é o primeiro a avaliar o impacto das alterações climáticas na dieta e no peso das populações e a estimar o número de mortos até 2050 em 155 países
O aquecimento global pode provocar 500 mil mortes adicionais no mundo até 2050 devido às alterações na alimentação e no peso das populações, impulsionadas pela queda da produção agrícola, diz estudo divulgado hoje (3) na revista The Lancet.
O trabalho é o primeiro a avaliar o impacto das alterações climáticas na dieta e no peso das populações e a estimar o número de mortos até 2050 em 155 países.
Até agora, os “vários estudos centraram-se na segurança alimentar, mas poucos estudaram os efeitos na saúde e produção agrícola”, disse Marco Springmann, da Universidade de Oxford (Reino Unido), que coordenou o estudo.
O aquecimento global provoca principalmente fenômenos climáticos extremos, como chuvas ou secas, com impacto devastador na produção agrícola.
Se não forem tomadas medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, as alterações climáticas podem reduzir em “cerca de um terço” a quantidade de comida disponível em 2050, alertam os pesquisadores.
Em nível individual, será em média uma redução de 3,2% na quantidade de alimentos disponíveis, de 4% no consumo de frutas e vegetais e de 0,7% da carne vermelha em relação a 2010, prevê o estudo.
“As mudanças podem ser responsáveis por cerca de 529 mil mortes adicionais em 2050”, acrescenta.
Em um cenário sem alterações climáticas, o aumento do volume de alimentos e do consumo poderia evitar 1,9 milhão de mortes.
“O estudo mostra que mesmo uma queda modesta na quantidade de comida disponível por pessoa pode levar a mudanças no conteúdo energético e na composição dos alimentos e as alterações vão ter consequências na saúde”, disse Springmann.
Os países mais afetados, segundo o estudo, são os de baixo rendimento, incluindo a Região Oeste do Pacífico e o Sudeste Asiático.
Agência Brasil
Leia também:
Valor – Aquecimento global extremo piorará dengue e agricultura no Brasil
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03.03.2016
Estudo publicado hoje na revista The Lancet é o primeiro a avaliar o impacto das alterações climáticas na dieta e no peso das populações e a estimar o número de mortos até 2050 em 155 países
O aquecimento global pode provocar 500 mil mortes adicionais no mundo até 2050 devido às alterações na alimentação e no peso das populações, impulsionadas pela queda da produção agrícola, diz estudo divulgado hoje (3) na revista The Lancet.
O trabalho é o primeiro a avaliar o impacto das alterações climáticas na dieta e no peso das populações e a estimar o número de mortos até 2050 em 155 países.
Até agora, os “vários estudos centraram-se na segurança alimentar, mas poucos estudaram os efeitos na saúde e produção agrícola”, disse Marco Springmann, da Universidade de Oxford (Reino Unido), que coordenou o estudo.
O aquecimento global provoca principalmente fenômenos climáticos extremos, como chuvas ou secas, com impacto devastador na produção agrícola.
Se não forem tomadas medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, as alterações climáticas podem reduzir em “cerca de um terço” a quantidade de comida disponível em 2050, alertam os pesquisadores.
Em nível individual, será em média uma redução de 3,2% na quantidade de alimentos disponíveis, de 4% no consumo de frutas e vegetais e de 0,7% da carne vermelha em relação a 2010, prevê o estudo.
“As mudanças podem ser responsáveis por cerca de 529 mil mortes adicionais em 2050”, acrescenta.
Em um cenário sem alterações climáticas, o aumento do volume de alimentos e do consumo poderia evitar 1,9 milhão de mortes.
“O estudo mostra que mesmo uma queda modesta na quantidade de comida disponível por pessoa pode levar a mudanças no conteúdo energético e na composição dos alimentos e as alterações vão ter consequências na saúde”, disse Springmann.
Os países mais afetados, segundo o estudo, são os de baixo rendimento, incluindo a Região Oeste do Pacífico e o Sudeste Asiático.
Agência Brasil
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