domingo, 17 de novembro de 2013

COP19: pulo do desmatamento na Amazônia é banho de água fria

Via O ECO
Por André Ferretti
14.11.2013


Esfria o tempo em Varsóvia no dia em que Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente do Brasil, anunciou em Brasília (DF) um aumento de 28% nas taxas de desmatamento da Amazônia. Esse valor equivale a cerca de 584 mil hectares suprimidos, 127 mil a mais que no período anterior.
Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), lançado pelo Observatório do Clima há exatamente uma semana, em 08 de novembro, aponta que em 2012 o desmatamento da Amazônia gerou a emissão de 252,7 milhões de CO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente). Fazendo um paralelo entre os dados do SEEG e os dados do aumento do desmatamento, apresentados hoje pela ministra Izabella, estima-se que as emissões da Amazônia, de janeiro a dezembro de 2013, serão de aproximadamente 323, 4 milhões de CO2e. Assim, a  previsão é que haverá um aumento de emissões, por mudanças de uso do solo, também de cerca de 28% - o equivalente a 70,8 milhões de toneladas de CO2e em um único ano.
No Brasil, além de contribuir para as mudanças climáticas, o aumento no desmatamento da Amazônia gera perda direta de biodiversidade nas áreas afetadas, que são convertidas em outros usos. No mundo, estima-se que o desmatamento seja responsável por cerca de 10% das emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE). É importante destacar que as mudanças climáticas provocadas por eles são consideradas uma das três maiores causas globais de perda de biodiversidade. Continua.