sábado, 25 de outubro de 2008
Organizados para saquear a natureza
24.10.2008 - 08:00 - Site O ECO
Daniel Mello*
Investigador da EIA examina uma pele de
leopardo em Nagchu (Tibet).
(Foto: Debbie Banks EIA/WPSI)
Crimes ambientais não são cometidos só dentro das fronteiras de cada país, redes organizadas internacionalmente movimentam dezenas de bilhões de dólares por ano, em todo o mundo. Mas como esses delitos, em geral, são percebidos como “sem vítimas”, acabam sendo deixados em segundo plano nas ações dos governos e nas demandas das comunidades. Esses são alguns pontos do relatório Crimes Ambientais: Uma ameaça ao nosso futuro, lançado pela Agência de Investigação Ambiental (EIA, sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos fundada na Inglaterra em 1984.
A extração ilegal de madeira é um dos destaques. A atividade causa um prejuízo de 15 bilhões de dólares por ano aos países em desenvolvimento, de acordo com estimativa do Banco Mundial citada pelo documento. “O tráfico de madeira envolve crimes maiores, não só o desmatamento ilegal, mas também a aquisição irregular de autorizações para extrair árvores, sonegação de impostos, transporte ilegal, uso de documentos forjados, declarações falsas aos clientes, suborno e corrupção de agentes oficiais e o suporte a outros crimes sociais e financeiros”, afirma o estudo.
Para ilustrar o problema, foi usado o caso da Indonésia, onde 80% do desmatamento é ilegal e acontece a um ritmo de 300 campos de futebol por hora. Estimativas do governo local apontam que esse processo de destruição das florestas custa 4 bilhões de dólares por ano ao país.
O relatório afirma que a maior parte dos lucros da destruição florestal fica com os grandes atravessadores, que levam o produto para consumidores finais em países como Estados Unidos e Inglaterra. O preço pago pelo metro cúbico de madeira nas comunidades que fazem a extração é de 11 dólares, mas o valor para o equivalente de material beneficiado no varejo norte-americano chega a 2.288 dólares. A matéria continua
Via O ECO
Daniel Mello*
Investigador da EIA examina uma pele de
leopardo em Nagchu (Tibet).
(Foto: Debbie Banks EIA/WPSI)
Crimes ambientais não são cometidos só dentro das fronteiras de cada país, redes organizadas internacionalmente movimentam dezenas de bilhões de dólares por ano, em todo o mundo. Mas como esses delitos, em geral, são percebidos como “sem vítimas”, acabam sendo deixados em segundo plano nas ações dos governos e nas demandas das comunidades. Esses são alguns pontos do relatório Crimes Ambientais: Uma ameaça ao nosso futuro, lançado pela Agência de Investigação Ambiental (EIA, sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos fundada na Inglaterra em 1984.
A extração ilegal de madeira é um dos destaques. A atividade causa um prejuízo de 15 bilhões de dólares por ano aos países em desenvolvimento, de acordo com estimativa do Banco Mundial citada pelo documento. “O tráfico de madeira envolve crimes maiores, não só o desmatamento ilegal, mas também a aquisição irregular de autorizações para extrair árvores, sonegação de impostos, transporte ilegal, uso de documentos forjados, declarações falsas aos clientes, suborno e corrupção de agentes oficiais e o suporte a outros crimes sociais e financeiros”, afirma o estudo.
Para ilustrar o problema, foi usado o caso da Indonésia, onde 80% do desmatamento é ilegal e acontece a um ritmo de 300 campos de futebol por hora. Estimativas do governo local apontam que esse processo de destruição das florestas custa 4 bilhões de dólares por ano ao país.
O relatório afirma que a maior parte dos lucros da destruição florestal fica com os grandes atravessadores, que levam o produto para consumidores finais em países como Estados Unidos e Inglaterra. O preço pago pelo metro cúbico de madeira nas comunidades que fazem a extração é de 11 dólares, mas o valor para o equivalente de material beneficiado no varejo norte-americano chega a 2.288 dólares. A matéria continua
Via O ECO