quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Barack e a revolução de ser presidente
Via o ECO - 20.01.2009
Sérgio Abranches
Com Barack Obama presidente, os Estados Unidos entram no Século XXI. Troca o pensamento dos anos 60 do século passado, de confronto ideológico e de desprezo ambiental, por uma visão contemporânea, de cooperação global para a paz e para a governança do clima. George W. Bush foi um herdeiro fiel do passado. Suas limitações o fizeram contemporâneo de Dick Cheney, que vinha da equipe de seu pai. Foram oito anos de economia fóssil, de uma superada atitude bélica, de disposição das reservas naturais para o uso da mineração e do petróleo.
Bush censurou a Ciência, manipulou relatórios, negou suas evidências. Obama colocou a Ciência no centro das decisões de seu governo. O primeiro foi o presidente do petróleo e do carvão. O de agora governará com a Ciência. O núcleo definidor das suas políticas públicas será o da energia renovável, que terá no seu comando um Prêmio Nobel de Física, pesquisador avançado de energias alternativas, Steven Chu. Sua diretora da Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês), Lisa Jackson, na sabatina no Senado, para confirmação de seu nome para o posto, disse que pretende restaurar a Ciência e a lei no comando das decisões da agência ambiental.
Bush foi intimado pela Suprema Corte a obedecer ao Clean Air Act e controlar as emissões de carbono. Obama tem repetidamente manifestado seu respeito pela Ciência. Após um encontro com Al Gore, em que estava também o seu vice, Joe Biden, disse que “nós todos acreditamos no que os cientistas vêm nos dizendo anos a fio, que essa [a mudança climática] é matéria de urgência e de segurança nacional e tem que ser tratada com seriedade”. Seu governo foi montado para ser coerente no campo econômico-ambiental: seus secretários de Energia, Agricultura e Comércio têm as mesmas idéias sobre energia, biocombustíveis, preservação da biodiversidade e mudança climática. De qualquer forma, montou um sistema de governança que concentra poderes de decisão estratégica na Casa Branca e seu desenho mostra, com toda clareza, que energia e mudança climática serão os parâmetros de definição de todas as decisões. Continua
Sérgio Abranches
Com Barack Obama presidente, os Estados Unidos entram no Século XXI. Troca o pensamento dos anos 60 do século passado, de confronto ideológico e de desprezo ambiental, por uma visão contemporânea, de cooperação global para a paz e para a governança do clima. George W. Bush foi um herdeiro fiel do passado. Suas limitações o fizeram contemporâneo de Dick Cheney, que vinha da equipe de seu pai. Foram oito anos de economia fóssil, de uma superada atitude bélica, de disposição das reservas naturais para o uso da mineração e do petróleo.
Bush censurou a Ciência, manipulou relatórios, negou suas evidências. Obama colocou a Ciência no centro das decisões de seu governo. O primeiro foi o presidente do petróleo e do carvão. O de agora governará com a Ciência. O núcleo definidor das suas políticas públicas será o da energia renovável, que terá no seu comando um Prêmio Nobel de Física, pesquisador avançado de energias alternativas, Steven Chu. Sua diretora da Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês), Lisa Jackson, na sabatina no Senado, para confirmação de seu nome para o posto, disse que pretende restaurar a Ciência e a lei no comando das decisões da agência ambiental.
Bush foi intimado pela Suprema Corte a obedecer ao Clean Air Act e controlar as emissões de carbono. Obama tem repetidamente manifestado seu respeito pela Ciência. Após um encontro com Al Gore, em que estava também o seu vice, Joe Biden, disse que “nós todos acreditamos no que os cientistas vêm nos dizendo anos a fio, que essa [a mudança climática] é matéria de urgência e de segurança nacional e tem que ser tratada com seriedade”. Seu governo foi montado para ser coerente no campo econômico-ambiental: seus secretários de Energia, Agricultura e Comércio têm as mesmas idéias sobre energia, biocombustíveis, preservação da biodiversidade e mudança climática. De qualquer forma, montou um sistema de governança que concentra poderes de decisão estratégica na Casa Branca e seu desenho mostra, com toda clareza, que energia e mudança climática serão os parâmetros de definição de todas as decisões. Continua