domingo, 25 de janeiro de 2009

O Fórum Social Mundial e a crise global

Via Carta Maior - 24.01.2009




Pessoas desumanizadas e entidades fantasmáticas antropomorfizadas: este foi, e ainda, é o clima mental regressivo da globalização proposta no alvorecer do novo milênio. Embora díspare em seus objetivos e alvos de interesse, o altermundialismo conseguiu claramente impor uma agenda (ainda que precária) a governos, instituições multinacionais e grandes empresas. Com ele, a chamada “opinião pública mundial” passou a ser também um ator global. A análise é de Francisco Carlos Teixeira.
Francisco Carlos Teixeira




A Recusa ao Império:
No imediato pós-Guerra Fria. Desde 1991, quando o então Presidente George Bush (sênior) declarou - no day after da vitória na primeira Guerra do Golfo (1990-1991) - a emergência de uma nova ordem mundial colocou-se a questão da natureza deste mundo surgido de mais uma vitória.
As mazelas da Guerra Fria (1947-1991) eram por demais evidentes. Em primeiro lugar o risco de aniquilação termonuclear total, expressa na condição MAD/Mútua Destruição Assegurada. Era o equilíbrio do terror. Na periferia do sistema de poder mantido pelas então superpotências – EUA e URSS – explodiam guerras violentas e cruéis, como na Coréia, nos anos ‘50; no Vietnã, nos anos ’60 e em Angola nos anos ’70. O corolário da “Bipolaridade” era o tremendo antagonismo entre os dois sistemas que se queriam validos universalmente, capitalismo e comunismo. Continua