Por NATALY COSTA
22.01.2012
Aualizado: 25.01.2012
Aos 55 anos, Tadeu Chiarelli veio para SP aos 18 e dirige o museu desde 2010
Chiarelli, na nova sede do museu: plano de ter sempre em exposição obras do acervo permanente. (Foto: CLAYTON DE SOUZA/AE) |
Enquanto isso e até sábado, o MAC-USP tem funcionado em dois espaços que, juntos, não dão conta de exibir nem 5% de seu acervo: um na Cidade Universitária, outro no terceiro andar da Bienal, no Ibirapuera. Nos oito andares mais hall, varanda e anexo do "novo" edifício, espera-se que as obras tenham mais espaço.
"Esse é um lugar já imantado por si. É uma obra de Niemeyer, chama a atenção. Quero devolver esse espaço público para a população de São Paulo", diz Chiarelli. O tempo que levou para isso acontecer não o assusta. "Depois de ficar sabendo que alguns museus levaram mais de dez anos para serem entregues, fiquei mais tranquilo", completa, citando como exemplo o Maxxi Museu em Roma, de arte e arquitetura.
Um dos curadores mais respeitados do País, Chiarelli nasceu em Ribeirão Preto e se mudou aos 18 anos para São Paulo para cursar Artes Plásticas na USP, onde dá aula até hoje. Faz questão de dizer que o museu, mesmo com a mudança de endereço, vai continuar com a sigla da universidade no nome. "Ser o MAC-USP é o que faz a diferença no museu. Projetos de curadoria, pesquisas, exposições, tudo vai sempre estar ligado a essa natureza acadêmica, de formação."
Permanente. Para a inauguração, 17 peças serão expostas no térreo. Chiarelli não tem pressa. Quer ter tempo para se familiarizar com o espaço, sem preocupação com o "happening", sem auê. Em março, mais obras virão. Em julho, devolverá à Prefeitura o espaço no terceiro andar da Bienal e levará a exposição Modernismo no Brasil para o MAC principal. A filial da USP vai continuar existindo, com poucas obras e como um espaço principalmente acadêmico, para cursos de arte.
Uma preocupação é que o museu no prédio novo tenha sempre uma boa exposição de obras do acervo permanente. Vai ser o chamariz para que o paulistano - e não só o turista - visite o museu. "Se você vier um dia para ver A Negra, da Tarsila do Amaral, estará aqui. Se tiver vontade de ver novamente daqui a seis meses, pode voltar que ela continuará aqui. Isso é tornar público o que é público."
A entrada será gratuita e o museu fechará às segundas-feiras. Nos planos ainda para este ano estão uma livraria, um restaurante e um café. E com preços, digamos, menos paulistanos. "Meu parâmetro é o universitário. Quero que ele se sinta à vontade de sentar no café e comer. Para isso, o preço tem de ser acessível."
Público diversificado. Por enquanto, a entrada do museu será pela Avenida Doutor Dante Pazzanese - no futuro, o acesso principal vai ser pela Avenida Pedro Álvares Cabral, facilitando a entrada dos pedestres e usuários de ônibus.
"Falam que aqui é difícil, que só dá para chegar de carro. Mas olha quantas linhas de ônibus passam aqui em frente", diz Chiarelli. "Não pode ser um museu apenas para o público dos Jardins."
Presente para a cidade
ANDREA MATARAZZO
SECRETÁRIO ESTADUAL DE CULTURA
“Tadeu é um entusiasta do museu, um curador e historiador de respeito, perfeitamente adequado para o cargo. O Museu de Arte Contemporânea tem um dos mais importantes acervos da América Latina e forma um complexo cultural com o Ibirapuera, a Bienal, o Museu de Arte Moderna. Devolvê-lo à cidade é um presente.”
Serviço
NOVO MAC-USP
AVENIDA DANTE PAZZANESE, S/Nº, NA FRENTE DO PARQUE DO IBIRAPUERA. A INAUGURAÇÃO SERÁ NO DIA 28 (SÁBADO), ÀS 11 HORAS. O MUSEU FICARÁ ABERTO À VISITAÇÃO DE TERÇA A DOMINGO, DAS 10H ÀS 18H, E FECHARÁ ÀS SEGUNDAS. ENTRADA GRATUITA.
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Comentário básico:
Viva o meu irmão!!!!
Viva a Vila Tibério!!!!