28.01.2012
O Globo
Quase três dias depois do desabamento de três prédios no Centro do Rio, tragédia que deixou 15 mortos, seis feridos e sete desaparecidos, o jogo de empurra entra em cena.
Representantes da administração do Edifício Liberdade, da empresa TO Tecnologia Organizacional — dona das salas onde eram realizadas as obras suspeitas de comprometerem a estrutura do prédio de 20 andares — e, ainda, o dono de uma empresa que teria sido chamada para dar um parecer técnico, passaram o dia dando versões antagônicas sobre suas responsabilidades.
O único ponto em comum entre elas é o fato de que as obras no nono pavimento do edifício começaram há oito dias, sem projeto, sem registro e até mesmo sem qualquer engenheiro responsável.
O advogado Beire Simões, que representa o administrador do prédio, Paulo Renha, informou que a TO Tecnologia Organizacional foi notificada para que apresentasse os documentos, incluindo a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e o laudo técnico sobre as duas obras — do terceiro e nono pavimentos — e também o tubo coletor de entulho.
Nenhum documento sobre a obra do nono pavimento, no entanto, foi apresentado.
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