sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Suspeita de negligência: prédio que desabou tinha obras sem licença // Fiscalização de obras é falha em todo o País, diz Crea-RJ

Via blog do Noblat
27.01.2012

O Globo

Negligência. Uma única palavra pode ser o ponto de partida para explicar a tragédia que se abateu sobre o Centro, na quarta-feira à noite, quando três prédios desabaram, matando seis pessoas e deixando seis feridos. Há ainda 20 desaparecidos que mobilizam equipes de resgate no coração da cidade.

Mal começa a baixar, a cortina de poeira revela um cenário de destruição, mas também os primeiros indícios de que a lei foi, mais uma vez, ignorada. No Edifício Liberdade, no número 44 da Avenida Treze de Maio, que foi o primeiro a ruir, estavam sendo realizadas duas reformas de grande porte no terceiro e no nono andares, mas nenhuma delas tinha registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ). A última obra de que se tem notícia por ali é de 2008.

— São obras irregulares, com certeza — disse o presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea, o engenheiro Luiz Antonio Cosenza. — Já entramos em contato com a empresa para que informe quem eram os engenheiros responsáveis e que obras eram essas.

Os dois andares em questão eram ocupados pela empresa TO Tecnologia Organizacional. Sem o conhecimento de órgãos técnicos, a empresa só poderia fazer discretas intervenções.

Não é o que estaria acontecendo. Há relatos de que quase todas as paredes de um dos andares haviam sido retiradas, o que pode ter sido crucial para o abalo estrutural. Porém, o advogado da TO, Jorge Willians Soares, garante que os serviços executados se limitavam à troca de carpetes antigos e à pintura de paredes

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Suspeita de negligência:
prédio que desabou tinha obras sem licença


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Via Portal Terra
27.01.2012


Fiscalização de obras é falha em todo o País, diz Crea-RJ


Uma obra ilegal seria a mais provável causa do desabamento que levou ao chão três prédios no centro histórico do Rio de Janeiro, na última quarta-feira. Entre mortos e feridos, fica a triste lembrança de mais um desastre causado pela falta de fiscalização do poder público. Desastres como este, a explosão no restaurante Filé Carioca, em outubro do ano passado e a morte de uma menina com a queda de um brinquedo em um parque de diversões em Vargem Grande, em agosto, poderiam ser evitados caso o governo pudesse arcar com uma fiscalização eficiente e livre da corrupção.


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