quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cientistas não se veem representados no documento da Rio+20


JC e-mail 4526, de 26 de Junho de 2012.
Cientistas não se veem representados no documento da Rio+20


O portal SciDev fez um balanço do resultado da conferência e ouviu a opinião de representantes de entidades científicas, entre eles a presidente da SBPC, Helena Nader.

Um documento não-detalhado, que não prima pela urgência em enfrentar as ameaças ao planeta nem valoriza o conhecimento científico como forma de alcançar o desenvolvimento sustentável. Essas foram algumas críticas que cientistas fizeram ao texto 'O Futuro que Queremos', resultado da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável - Rio+20, que terminou na última sexta-feira (22).

Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), se diz "desapontada" e afirma que o documento de 53 páginas é "fraco, sem foco e não preenche lacunas importantes". Ela classifica o texto como "um passo para trás" e diz que ele não reflete o enorme trabalho investido nele.

"A ciência praticamente inexiste no texto", lamenta Helena. "Simplesmente não compreendemos por que o documento não tem uma seção dedicada à ciência. Essa ausência é uma mensagem lamentável à comunidade científica e seus investidores", completa Steven Wilson, diretor executivo do International Council for Science (ICSU).

Contudo, a avaliação do SciDev lembra que o documento reuniu "informações e avaliações dispersas" e que pode ajudar a encurtar o processo entre o desenvolvimento da ciência e as ações políticas, dando como exemplo a previsão de fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma, ou Unep, na sigla em inglês).

Veja a matéria na íntegra em inglês: